Senado aprova candidato de Lula para presidência do Banco Central

A autonomia do Banco Central ainda é uma realidade ou já foi sacrificada no altar do populismo? Com um novo indicado do governo Lula, é difícil pensar que a autarquia monetária será bem comandada.

A recente nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central do Brasil é um claro reflexo do complexo jogo de interesses políticos e econômicos que permeia o Brasil. Sob o falso pretexto de manter a estabilidade monetária e combater a inflação, além de promover justiça social, o governo Lula apresenta Galípolo como a figura-chave para a nova fase de controle econômico. Mas qual é o real objetivo dessa manobra? A busca por um Banco Central mais alinhado aos interesses dos petistas revela o desejo de um controle ainda mais profundo sobre a economia brasileira. Neste vídeo, faremos uma análise que expõe as falácias por trás dessa nomeação e suas consequências devastadoras para a liberdade econômica.
O Banco Central do Brasil foi criado em 31 de dezembro de 1964 pela Lei nº 4 595 e iniciou suas atividades em março de 1965. É uma autarquia federal autônoma integrante do Sistema Financeiro Nacional. Antes da criação dessa instituição monetária, o Brasil contava com múltiplas instituições responsáveis pela política monetária, como a Superintendência da Moeda e do Crédito, o Banco do Brasil e o Tesouro Nacional.
Em 1985, reformas estruturais iniciaram a transição dessas funções para o Banco Central, que, a partir da Constituição de 1988, ganhou um papel crucial na emissão de moeda e na centralização financeira do país. Com a Lei Complementar n° 179, de 2021, o Banco Central se tornou uma autarquia independente, com o objetivo, segundo a elite estatal, de garantir a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido.
Em meio a essas mudanças, em 2019, o Banco Central anunciou o desenvolvimento do Pix, um novo sistema de pagamentos que prometia revolucionar a forma como os brasileiros realizam transações. Contudo, ao contrário do que muitos poderiam imaginar, o Pix não utiliza tecnologia blockchain; em vez disso, opera em uma estrutura centralizada.
Essa escolha levanta questões sobre segurança e privacidade, uma vez que muitos associam a blockchain a descentralização e transparência. A aprovação de Gabriel Galípolo pelo Senado, com um número recorde de votos favoráveis, pode soar como um sinal de confiança nessa figura muito prestigiada pelo governo Lula. No entanto, essa aparente tranquilidade esconde uma realidade muito mais sombria. Galípolo, que se comprometeu a trabalhar em prol da autonomia do Banco Central, entra em cena em um momento em que essa autonomia é constantemente ameaçada pelas pressões do governo petista.
É preciso lembrar que a autonomia da poderosa autarquia monetária não é apenas uma questão de comando; é uma questão de princípios que garantem a estabilidade econômica e evita ingerência política. Ao optar por um economista alinhado com as diretrizes de Lula, o governo tratora a necessidade de um Banco Central verdadeiramente independente que possa resistir à pressão populista.
Galípolo começou sua trajetória na vida pública em 2007 como Chefe da Assessoria Econômica da Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, durante a gestão de José Serra. Em 2008, assumiu a direção da Secretaria Estadual de Economia e Planejamento.
Com um histórico notável, foi presidente do Banco Fator entre 2017 e 2021 e professor na PUC-SP, onde se formou e obteve mestrado. Coautor de obras relevantes sobre economia, seu trabalho reflete um profundo engajamento com a realidade econômica brasileira.
No atual mandato do governo Lula, o ministro taxador Fernando Haddad o nomeou secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Em maio de 2023, Galípolo tornou-se presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil, mas foi exonerado em junho do mesmo ano, sendo sucedido por Dario Durigan.
Também em maio de 2023, Galípolo foi indicado como Diretor de Política Monetária do Banco Central do Brasil, cargo que assumiu após ser aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Uma das críticas centrais que emergem do debate sobre a autonomia do Banco Central diz respeito ao controle político sobre as decisões monetárias.
Quando um presidente busca influenciar a política monetária em benefício de interesses eleitorais, o resultado é um cenário de incertezas. A redução artificial da taxa de juros, como já tentado por Lula, traz riscos que vão além da simples questão econômica; trata-se de um jogo arriscado que pode desestabilizar toda a economia nacional.
Os governos que priorizam ganhos de curto prazo às custas da saúde da economia estão fadados a colher os frutos amargos da inflação descontrolada. Lula, com sua visão populista e uma história de intervenções prejudiciais na economia, demonstra uma clara aversão à independência do Banco Central. Não é de hoje que Lula sempre quis o controle total sobre a economia; por isso, tem estado em atrito com Roberto Campos Neto. Os petistas sabem que só conseguem criar seus voos de galinha e a falsa impressão de que as coisas estão melhorando, se eles adotarem um controle da taxa de juros e injetarem crédito barato na economia.
Sua insistência para que Campos Neto adotasse uma política monetária mais frouxa, reflete a fragilidade do compromisso com a autonomia da instituição. E aqui surge um dilema: se Galípolo ceder à pressão e reduzir os juros, ele não estará apenas comprometendo sua própria credibilidade, mas também colocando em risco a estabilidade econômica do Brasil.
A autonomia do Banco Central é um conceito conquistado a duras penas, especialmente após as crises econômicas que o Brasil enfrentou ao longo das últimas décadas, sobretudo na gestão Dilma Rousseff. A lei sancionada em 2021, que assegurou a autonomia operacional da instituição, era um passo fundamental para afastar a política monetária das amarras do populismo e da intervenção estatal.
No entanto, com a chegada de Galípolo ao comando do BC, a pergunta que nos resta é: até que ponto essa autonomia será mantida? O histórico do PT, que sempre buscou expandir o papel do Estado na economia, levanta sérias dúvidas sobre a real intenção de Lula em “preservar” a independência do Banco Central.
Um BC independente é vital para garantir que as decisões sobre a política monetária sejam mais baseadas em dados técnicos e não em conveniências políticas. Essa independência não apenas ajuda a conter a inflação, mas também fortalece a credibilidade do país no cenário internacional.
No entanto, a incessante pressão por cortes de juros e o aumento de gastos públicos vão de encontro a essa necessidade. O desafio que Gabriel Galípolo enfrentará em sua nova posição é monumental: resistir à pressão de um governo que tem um histórico de não se importar com as consequências de suas ações.
A história econômica recente é repleta de exemplos de como políticas populistas e intervenções estatais resultaram em crises severas. O Brasil não está imune a esses fenômenos, já que tivemos décadas marcadas pela hiperinflação. Mesmo assim, um olhar para a Argentina, que se afundou em um ciclo de inflação desenfreada sob governos peronistas, serve como um aviso claro para nós. Foi preciso levar o povo argentino a mais cruel miséria para que eles trocassem os populistas e exigissem mudança real na gestão do governo.
As promessas de crescimento por meio de empréstimos e gastos públicos irresponsáveis levaram o país a um beco sem saída. E agora, com Galípolo assumindo uma posição chave, as lições do passado devem ser cuidadosamente consideradas.
Lula e seu governo tentam, de todas as formas, manter uma narrativa de estabilidade e proteção econômica, mas o que está em jogo é o poder de compra do povo brasileiro que tem caído ano após ano. Haddad e o molusco de nove dedos sabem que o povo brasileiro está empobrecendo, mas isso tudo faz parte dos planos. Eles precisam de pobres e miseráveis para criar dependentes e aumentar o curral eleitoral do PT.
Cada tentativa de controle sobre a política monetária representa um passo em direção à desgraça econômica. Se Galípolo se deixar levar por essas pressões, ele não só comprometerá sua posição, mas também alimentará um ciclo vicioso de insatisfação popular, inflação e instabilidade econômica. Se isso acontecer, nosso futuro não será diferente da Venezuela
O libertarianismo, particularmente em sua vertente anarcocapitalista, se opõe frontalmente à ideia de um governo centralizador e intervencionista. As intervenções do governo, em qualquer forma que assumam, geralmente resultam em ineficiência e prejuízos à liberdade individual. Isso porque somente os indivíduos sabem o que é melhor para si e tem as informações necessárias para agir em busca de seus objetivos.
É claro que, para nós, a solução não está em ceder à pressão estatal, mas em promover a liberdade econômica e a responsabilização pessoal. Mas também é notório que países, mesmo sob o julgo de um Estado, são capazes de obter certa prosperidade por meio do caminho de mínima intervenção na economia, e não podemos deixar de mencionar a Suíça. A história mostra que a liberdade econômica, nesse caso sob a ótica do minarquismo, embora não seja a solução definitiva e ideal, é a base de sociedades prósperas na história recente. À medida que Galípolo assume o cargo de presidente do Banco Central, a sociedade brasileira deve estar atenta aos perigos que podem nos acometer. O economista flerta com o governo Lula e é uma cria de professores de economia que defendem o controle estatal.
A pressão para baixar os juros e aumentar os gastos do governo aumentará ainda mais após a mudança na cúpula do Banco Central. O verdadeiro desafio reside em promover uma economia que não se baseie em promessas vazias de prosperidade, mas em uma abordagem que valorize a liberdade e a responsabilidade, sempre respeitando o direito inviolável à propriedade privada.
Para que o Brasil alcance um futuro de desenvolvimento econômico, é imperativo que os cidadãos se mobilizem e exijam um compromisso real com a autonomia do Banco Central. E mais: que as pessoas se conscientizem da melhor alternativa à moeda fiduciária, o dinheiro mais escasso de todos que é o Bitcoin.
A escolha de Galípolo pode muito bem ser um divisor de águas. Para alguns otimistas, ele tem a oportunidade de manter a independência da autarquia monetária e trabalhar por uma política monetária que realmente beneficie a população. A alternativa, no entanto, é um caminho de ruína, marcado por inflação, endividamento e perda de poder de compra.
Em declaração aos senadores, Galípolo afirmou que Lula foi "enfático" a respeito de sua autonomia à frente da instituição em todas as oportunidades nas quais se reuniu com o petista. 
O economista declarou:
"Toda vez que me foi concedida a oportunidade de encontrar o presidente Lula, escutei de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões e que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro. Cada ação e decisão deve unicamente ao interesse do bem-estar de cada brasileiro".
É difícil imaginar um cenário de respeito entre o atual governo e o presidente do Banco Central. Vide que em todas as oportunidades que teve, o presidente mais honesto do Brasil proferiu toda sorte de declarações críticas e perversas contra Campos Neto.
As lições do passado são claras e não podem ser ignoradas. O futuro econômico do Brasil depende da capacidade de resistir às investidas do controle estatal e da preservação das liberdades individuais. Se Galípolo realmente valoriza a autonomia do Banco Central, ele precisará se alinhar com os princípios libertários que promovem a verdadeira liberdade econômica e o bem-estar da população. Mas isso, infelizmente, é algo muito difícil de imaginar para um economista que sequer lê os pensadores da Escola Austríaca de Economia.
Esperamos que esta nova fase na política monetária brasileira seja marcada pela continuidade da resistência à pressão do governo e pela determinação em manter a estabilidade econômica. O futuro do Brasil depende disso. Neste momento de tensão política e econômica, cabe a nós, cidadãos conscientes, defender um modelo que priorize a liberdade e a responsabilidade, mantendo um olhar crítico sobre as decisões que afetam nossas vidas.
A autonomia do Banco Central não é apenas uma necessidade econômica, mas um imperativo ético em um mundo onde o controle estatal é uma ameaça constante à liberdade individual. O verdadeiro teste para Galípolo será manter a poderosa autarquia monetária independente das pressões políticas, resistindo aos assédios e ataques dos políticos populistas e garantindo uma política monetária responsável. Mas será que dá para confiar mesmo que um indicado pelo próprio Lula terá essa responsabilidade? É difícil de imaginar, mas torcemos para o melhor do país. De qualquer forma, não confie no governo e nos seus asseclas e propagandistas; a solução para sua vida nunca virá do estado brasileiro, e por isso, você precisa buscar formas de prosperar e de se tornar independente do leviatã. 
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Referências:

https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/10/08/senado-aprova-gabriel-galipolo-para-a-presidencia-do-banco-central.ghtml
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-10/senado-aprova-gabriel-galipolo-para-presidir-banco-central
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Central_do_Brasil

Visão Libertária: Como o bitcoin funciona?
https://youtu.be/NoZFWnHMZ48
Visão Libertária: Renato Trezoitão e Bitcoin Red Pill: PROTEJA seu PATRIMÔNIO antes que seja TARDE
https://youtu.be/vMLo_2Inlls