O tiro saiu pela culatra para os militantes. Quando a virtude é imposta à força, se torna um vício, e a sociedade, cansada da farsa, busca pela perdida autenticidade. As grandes empresas e Hollywood estão dando um basta à cultura woke.
Uma “onda anti-woke” está varrendo o Ocidente, e a gente vê a tal “diversidade” diminuindo em filmes e propagandas. Pelo menos é o que diz a imprensa internacional. O termo "woke", que antes significava ter consciência social e criticar supostas injustiças, virou um xingamento para o politicamente correto exagerado e para a imposição de ideias. Era uma palavra positiva, que agora é motivo de asco, assim como CLT virou xingamento para as novas gerações de pessoas que conseguem empreender na internet.
Mas será que a diversidade está mesmo sumindo, ou será que estamos apenas dando um basta em uma agenda que o Estado e certos grupos de pressão tentaram nos empurrar goela abaixo? Uma agenda que transformou a inclusão em uma ferramenta de controle e censura? A verdade é que estamos de saco cheio de ver o politicamente correto em tudo, e essa exaustão é uma reação natural à tentativa do governo e de poderosas empresas de ditar o que a gente pensa e como a gente se comporta. O "woke" virou moda na última década, impulsionado por movimentos sociais e, o que é mais importante, pela adesão de grandes empresas e instituições, muitas vezes sob a pressão de governos e órgãos reguladores.
O que começou como uma busca justa por justiça social, rapidamente virou uma patrulha ideológica. Se você ousasse sair da “linha” oficial, era e ainda é cancelado, excluído e perseguido. A liberdade de expressão foi sufocada em nome de uma “diversidade” imposta que, ironicamente, resultou em todo mundo pensando igual e na exclusão de quem ousasse discordar. O Estado, com suas políticas de “inclusão” e “equidade”, jogou lenha na fogueira, transformando a cultura em um campo de batalha ideológico.
(Sugestão de Pausa)
O caso da campanha da American Eagle com a atriz Sydney Sweeney é um exemplo claro. Inclusive, já existe um vídeo no canal em que comentamos de maneira profunda sobre esse assunto. Se ainda não viu, o título do vídeo é: Sydney Sweeney: a modelo ATACADA pelos MILITANTES HISTÉRICOS da tirania WOKE. A campanha gerou polêmica, com acusações de misoginia e eugenismo, mas, pasmem, as vendas da marca dispararam. O público, cansado de ser doutrinado, está reagindo. A tal “guerra cultural” não é invenção da imprensa, mas uma briga de verdade pela liberdade de pensar e falar. E essa guinada conservadora, que a imprensa internacional tanto lamenta, é, na verdade, um grito de liberdade contra a asfixia ideológica imposta por aqueles que acham que o Estado deve ser o dono da moral e dos bons costumes. A sociedade está voltando ao que era antes do politicamente correto, não porque está regredindo, mas porque está exausta de tanta hipocrisia e imposição que, diga-se de passagem, causou estragos profundos na sociedade. Ela minou nossa liberdade de expressão, secou nossa criatividade e dividiu a nossa união.
Primeiro, a liberdade de expressão levou uma surra. O "woke" criou um clima de medo e autocensura. As pessoas agora pensam duas vezes antes de falar, com medo de serem “ofensivas” ou “não inclusivas”. Isso mata o debate saudável, a troca de ideias e a busca pela verdade. Em vez de argumentar e convencer, os defensores do politicamente correto preferem rotular, calar e cancelar suas vítimas, transformando a conversa pública em um campo minado ideológico. A criatividade, em todas as suas formas, é a primeira a sofrer, porque a arte e a inovação só florescem na liberdade, nunca na conformidade. Além disso, a criatividade e a arte ficaram mais pobres. Filmes, séries, músicas e propagandas passaram a ser feitos não pela sua qualidade ou relevância, mas para seguir uma agenda ideológica. Personagens são criados só para preencher cotas de “diversidade”, histórias são distorcidas para se encaixar em dogmas, e a originalidade é jogada fora em nome da “representatividade”. O resultado? Uma produção cultural sem graça, previsível e, muitas vezes, rejeitada pelo público, que quer se divertir, não ser doutrinado. A queda na audiência e nas vendas de produtos “woke” é a prova de que o mercado está dando um chega pra lá nessa imposição. Quem não se lembra do último filme da Branca de Neve e do vexame de bilheteria que foi?
(Sugestão de Pausa)
Adicionalmente, a união social que existia foi para o espaço. O politicamente correto, em vez de unir, dividiu a sociedade em grupos identitários, cada um brigando para ser a maior vítima e ter mais privilégios. Todo mundo parece idoso tentando ver quem é o mais ferrado para ter mais espaço e lugar de fala. Passamos a dar mais valor às diferenças do que aos valores universais que nos unem. Isso gerou ressentimento, polarização e uma “guerra cultural” que impede qualquer diálogo. O Estado, ao abraçar e promover essas políticas identitárias, só fez aprofundar as divisões, transformando cidadãos em membros de tribos em constante briga. Concomitante a isso, temos a hipocrisia e a falsidade que viraram regra. Empresas e pessoas adotam o discurso "woke" não porque acreditam nele, mas por medo de serem “canceladas” ou para ganhar dinheiro. Isso cria uma cultura de faz de conta, na qual a autenticidade é sacrificada em nome da conformidade.
A sociedade vira um palco onde todo mundo finge acreditar em algo que não acredita, só para sobreviver nesse ambiente hostil. A onda anti-woke é uma reação a essa falsidade, um desejo de voltar a ser honesto e transparente. Finalmente, a imposição do politicamente correto é uma forma de o Estado controlar o que a gente pensa. Ao dizer o que pode e o que não pode ser dito, o que é “certo” e o que é “errado”, os políticos e seus aliados ideológicos tentam moldar a nossa mente, nos transformando em robôs que repetem slogans e dogmas. Isso é um ataque à nossa autonomia e à nossa capacidade de pensar por conta própria. A onda anti-woke é, no fundo, um movimento pela liberdade de pensamento e pela rejeição da engenharia social fomentada pelo Estado, com a ideia napoleônica de dividir para conquistar.
(Sugestão de Pausa)
Para nós, libertários, a onda anti-woke não é um retrocesso, mas um suspiro de alívio, uma reação saudável e necessária à tirania do politicamente correto. Essa tirania, no fundo, é uma forma de o Estado controlar a nossa cultura e o que a gente pensa. Em um anarcocapitalismo, ou uma sociedade de leis privadas, a liberdade de expressão seria sagrada, e a “guerra cultural” seria resolvida no mercado de ideias, sem a imposição de uma ideologia dominante pelo governo. Como o gigante Murray Rothbard, um dos maiores nomes do anarcocapitalismo, nos ensinou, a liberdade de expressão é a pedra angular de todas as liberdades. Sem ela, todas as outras liberdades são precárias. Essa frase é um farol para quem busca a verdadeira liberdade. Em um mundo libertário, não haveria Estado para empurrar o politicamente correto, nem para impor agendas de “diversidade” com leis e regulamentações. As empresas e as pessoas seriam livres para criar o que quisessem, sem medo de censura ou de serem “canceladas”. O público, com suas escolhas de consumo, decidiria o que é bom e o que não é. Se uma empresa resolvesse abraçar uma agenda “woke” e o público não gostasse, ela arcaria com o prejuízo, sem a proteção de dinheiro público, de uma narrativa oficial, ou dos subsídios governamentais.
Uma sociedade de leis privadas garantiria que a propriedade privada, incluindo nossas ideias e nossa reputação, fosse protegida contra ataques, mas não contra críticas ou discordâncias. A “cultura do cancelamento” não teria apoio do governo e seus militantes em tribunais, mas ela seria usada de outra forma: para sabotar aqueles que cometessem fraudes e estivessem envolvidos em escândalos sérios. Obviamente, teríamos os boicotes, que são belos e morais, mas que não causam danos jurídicos às empresas, apenas financeiros. As pessoas seriam livres para se juntar ou não a quem quisessem, mas não para calar ou destruir a vida de quem pensa diferente. O libertarianismo defende que a verdadeira diversidade nasce da liberdade, não da imposição. Quando as pessoas são livres para pensar, criar e expressar suas opiniões, um universo de ideias e perspectivas floresce naturalmente.
(Sugestão de Pausa)
Na sociedade que nós, defensores da liberdade, procuramos criar, a cultura seria um espelho da livre interação entre as pessoas, não da engenharia social governamental. A arte seria feita pela paixão e pela criatividade, não para seguir uma ideologia. E o debate de ideias seria forte e sem censura, permitindo que a verdade aparecesse por meio da competição e da persuasão, não da imposição. A onda anti-woke é um passo importante nessa direção, um sinal de que a sociedade está pronta para dizer não à tirania do politicamente correto e abraçar a liberdade em sua plenitude.
https://g1.globo.com/pop-arte/diversidade/noticia/2025/08/13/onda-anti-woke-a-diversidade-esta-desaparecendo-dos-filmes-e-da-publicidade.ghtml
https://mises.org/podcasts/asc-2006/economics-and-ethics-private-property
https://cdn.bookey.app/files/pdf/book/en/discrimination-and-disparities.pdf