Você acha que o mundo está dividido entre esquerda e direita? A verdade é muito pior! Uma nova aliança de ditadores está surgindo para desafiar o Ocidente. E eles querem impor um modelo de controle que fará você sentir saudades da tirania atual.
Enquanto as discussões políticas no Ocidente se perdem em debates circulares, um grande movimento acontece do outro lado do mundo. Políticos e a mídia tradicional pouco falam sobre isso. Preferem manter a população distraída com narrativas simplistas. Mas a realidade é muito mais complexa e perigosa. Recentemente, líderes de alguns dos regimes mais autoritários do planeta se reuniram no Cazaquistão. O encontro foi a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX). E a mensagem foi clara: eles estão construindo uma "nova ordem mundial".
Para o espectador desatento, o discurso parece nobre. Falam em "multipolaridade", "cooperação" e "desenvolvimento". Criticam o que chamam de "hegemonia" e "bullying" do Ocidente. Mas o que se esconde por trás dessas palavras? Qual é a verdadeira natureza dessa aliança? A verdade é que estamos testemunhando a formação de um cartel entre governos poderosos. Trata-se de um clube que compartilha um profundo desprezo pela liberdade individual. Eles não querem um mundo mais livre; querem um mundo onde seu poder seja incontestável.
A OCX é liderada pela China, aquele país que muitos socialistas chamam de República Popular. Ao seu lado está a Rússia. O grupo ainda inclui Índia, Paquistão, Irã e nações da Ásia Central. Juntos, representam uma parcela significativa da população e do território mundial. A cúpula deste ano foi marcada por discursos inflamados contra as potências ocidentais. Xi Jinping, o líder do regime chinês, pediu uma "governança global mais justa e equitativa". Mas o que isso significa na prática?
(Sugestão de Pausa)
Quando um tirano fala em "justiça", devemos duvidar de suas palavras. A "justiça" de Xi Jinping é a da censura, do controle absoluto e do crédito social. É a de um regime que escraviza seu próprio povo. É o monitoramento constante nas redes sociais e na internet, com punições para quem ousa pensar diferente. A "nova ordem" que eles propõem não é, de forma alguma, uma alternativa libertária à ordem atual. É a troca de um conjunto de controladores por outro, potencialmente muito pior. É a substituição de uma coerção mais sutil por uma opressão explícita e brutal.
A análise libertária dessa situação precisa ir além da superfície. Não se trata de torcer por um lado ou por outro no grande tabuleiro geopolítico. Todo Estado, por sua própria natureza, é uma organização coercitiva. Ele vive da violação dos direitos de propriedade por meio dos impostos. Impõe sua vontade pela força, através do monopólio da violência. A disputa entre a OCX e o bloco ocidental não é uma luta do bem contra o mal. É uma briga entre gangues rivais pelo controle de territórios e populações.
O que a OCX realmente busca é consolidar um modelo de Estado aliado a poderosas corporações e grupos, para controlar setores estratégicos da economia. Por um lado, admiram a capacidade produtiva do capitalismo, mas rejeitam a liberdade que o acompanha. Querem a riqueza gerada pelo mercado, pelo menos em parte, mas sem os direitos de propriedade, a livre expressão e a soberania do indivíduo. É a fórmula perfeita para a tirania: um Estado com recursos quase ilimitados para oprimir seus cidadãos.
Durante a cúpula, foram anunciados planos para fortalecer a cooperação econômica e de segurança. Eles querem criar um Banco de Desenvolvimento da OCX. Querem aumentar o uso de moedas locais no comércio para reduzir a dependência do dólar. À primeira vista, a diversificação monetária pode parecer positiva. Mas, vinda desses regimes, a intenção é outra. O objetivo não é dar mais liberdade aos indivíduos, mas fortalecer o poder de seletas elites financeiras e políticas. Desejam, com essas alianças, criar um sistema financeiro imune a sanções de países ocidentais como os Estados Unidos e a União Europeia. Um sistema que lhes permita manter políticas autoritárias sem sofrer consequências.
(Sugestão de Pausa)
A verdadeira face da OCX se revela quando olhamos para seus membros. A China é um exemplo claro. O regime comunista mantém campos de concentração em Xinjiang. Milhões de pessoas da etnia uigur são submetidas a trabalho forçado, doutrinação e esterilização. Em Hong Kong, a promessa de "um país, dois sistemas" foi destruída. A liberdade de expressão foi esmagada pela Lei de Segurança Nacional. Qualquer um que critique o governo pode ser preso. Esse é o modelo de "governança" que Xi Jinping quer exportar para o mundo.
A Rússia não fica muito atrás. O governo persegue opositores políticos, jornalistas e qualquer voz dissidente. Organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional, foram fechadas no país. A liberdade de imprensa simplesmente não existe. A economia é dominada por oligarcas ligados ao poder estatal. A propriedade privada só é respeitada enquanto for conveniente para o governo.
E o que dizer do Irã, o mais novo membro pleno da OCX? Um regime teocrático que impõe leis religiosas brutais. Mulheres são tratadas como cidadãs de segunda classe. Minorias religiosas e sexuais são perseguidas e executadas. A liberdade de expressão é um crime punido com a morte. Este é o tipo de "parceiro" que China e Rússia estão trazendo para sua "nova ordem mundial".
Os países da Ásia Central que compõem o grupo, como Cazaquistão, Uzbequistão e Tajiquistão, seguem o mesmo padrão. São ditaduras ou autocracias disfarçadas de repúblicas. A corrupção é endêmica. As eleições são uma farsa. E os direitos humanos são sistematicamente violados. A OCX não é uma aliança para o desenvolvimento; é um sindicato de ditadores, um pacto de ajuda mútua para garantir que todos permaneçam no poder.
(Sugestão de Pausa)
Do ponto de vista anarcocapitalista, a ascensão da OCX é um lembrete sombrio. Um lembrete de que a ameaça à liberdade não vem apenas de um governo, mas da própria ideia de Estado. A competição de poder entre governos extremamente bélicos não leva à liberdade; leva a guerras, opressão e destruição. Os indivíduos são sempre as vítimas. Somos nós quem pagamos os impostos para financiar seus exércitos. Somos nós que somos enviados para morrer em suas guerras. E somos nós que sofremos sob suas leis tirânicas.
A narrativa de uma "ordem multipolar" é uma armadilha. Ela nos faz acreditar que devemos escolher um lado. Que devemos apoiar o "mal menor" e que algum governo pode proteger a humanidade. Mas um libertário não escolhe entre senhores de escravos. Um libertário luta pela abolição da própria escravidão. A solução para a hegemonia de um Estado não é a hegemonia de outro. A solução é um mundo sem Estados. Um mundo baseado na cooperação voluntária, no livre mercado e no respeito absoluto aos direitos individuais.
A expansão da OCX também representa uma ameaça econômica direta. Esses regimes são hostis à liberdade econômica. Segundo o Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, países como China, Rússia e Irã estão entre os mais reprimidos do mundo. O Estado controla os principais setores da economia. A burocracia sufoca o empreendedorismo. E os direitos de propriedade são frágeis. O "desenvolvimento" que eles promovem é o desenvolvimento do poder estatal, não da prosperidade individual.
Eles buscam criar um bloco econômico fechado. Um espaço onde suas empresas estatais possam operar sem a concorrência do mercado global. Onde o comércio seja usado como arma política. Isso significa menos inovação, menos prosperidade e menos oportunidades para todos. A autarquia, o sonho de todo planejador central, sempre leva ao empobrecimento.
(Sugestão de Pausa)
A liberdade de expressão é outro alvo claro dessa aliança. Todos os membros da OCX têm um histórico terrível de censura. Controlam a internet, bloqueiam redes sociais e prendem quem ousa criticá-los. A tecnologia que a China desenvolve para monitorar sua própria população está sendo exportada para outros regimes autoritários. A "cooperação em segurança" da OCX inclui o compartilhamento de técnicas de vigilância e repressão. Eles estão aprendendo uns com os outros a melhor forma de controlar as pessoas.
Portanto, quando você ouvir um político ou analista elogiando a "nova ordem multipolar", desconfie. Pergunte a si mesmo: que tipo de mundo essas pessoas estão construindo? É um mundo com mais ou menos liberdade? É um mundo onde o indivíduo é soberano ou onde o Estado é tudo? A resposta é óbvia. A ascensão da OCX é um passo na direção de um futuro distópico. Um futuro onde a tirania estatal tem alcance global.
A conclusão para um libertário é clara. A nossa luta não é geopolítica. Não é sobre qual bandeira tremula no topo do mastro. A nossa luta é filosófica. É a luta do indivíduo contra ideologias coletivistas nefastas. Da liberdade contra a coerção. Do mercado voluntário contra o planejamento central. A cúpula da OCX é apenas mais um sintoma da doença. A doença é a crença de que algumas pessoas têm o direito de governar outras.
Não podemos cair na armadilha de apoiar o estatismo ocidental como alternativa. Os governos do Ocidente também expandem seu poder e nos oprimem. Também nos taxam, nos regulam e violam nossos direitos individuais. A diferença é apenas de grau, não de natureza. A solução não é fortalecer um Estado para combater o outro. A solução é enfraquecer todos os aparatos estatais, tirando-lhes o dinheiro do controle. E hoje existe alternativa para isso: o Bitcoin. Devemos sempre expor sua natureza ilegítima e mostrar às pessoas que podemos viver em paz e prosperidade sem eles.
(Sugestão de Pausa)
O surgimento de um bloco de poder explicitamente antiliberdade como a OCX deve servir de alerta. Ele mostra o caminho que o mundo pode tomar se as ideias de liberdade não prevalecerem. A batalha das ideias é mais importante do que nunca. Precisamos defender o individualismo, o livre mercado e os direitos de propriedade com mais força. Precisamos mostrar que existe uma alternativa real à tirania estatal, seja ela ocidental ou oriental. A alternativa é a liberdade. A liberdade total e sem concessões.
https://jornal.unesp.br/2025/09/08/presidente-da-china-aproveitou-cupula-com-lideres-da-asia-e-da-russia-e-desfile-militar-comemorativo-para-transmitir-mensagens-ao-mundo/
https://veja.abril.com.br/mundo/em-cupula-xi-critica-bullying-e-putin-culpa-ocidente-por-guerra-na-ucrania/
https://www.chinahoje.net/china-sedia-maior-cupula-da-organizacao-de-cooperacao-de-xangai/
https://www.assbrasiljornalistas.org/maior-cupula-da-historia-da-ocx-convergencia-estrategica-em-meio-a-turbulencia-global/
https://www.youtube.com/watch?v=X47KslfotA8
https://monitormercantil.com.br/cupula-da-ocx-mostra-a-washington-nova-realidade/