Rumble saiu do Brasil - estamos ameaçados?

A liberdade de expressão é o alicerce de sociedades livres, um direito fundamental que capacita as vozes individuais a moldar o futuro e fortalecer a diversidade de ideias. E é sobre isso que se trata a nossa luta.

Recentemente, o CEO do Rumble, Chris Pavlovski, alegou discordância com as decisões judiciais no Brasil que resultaram no bloqueio de criadores de conteúdo, como Bruno Aiub, conhecido como Monark.


Chris anunciou sua decisão de encerrar as operações no Brasil enquanto eles contestam a decisão do judiciário brasileiro. Essa rede social que acolheu aqueles que fugiam da censura é uma plataforma canadense de compartilhamento de vídeos sediada em Toronto, fundada em 2013 por Chris, um empresário de tecnologia canadense. Curioso destacar que dois dias antes do anúncio do bloqueio da plataforma no Brasil, o Rumble chegou a remover de forma parcial o canal Terça Livre do ar para cumprir uma ordem do ministro Alexandre de Moraes. O canal Terça Livre, como sabemos, foi um dos primeiros alvos de censura no Brasil e seu dono, Allan dos Santos, está exilado nos Estados Unidos.


A contagem mensal de usuários do Rumble experimentou um rápido crescimento desde julho de 2020, saltando de 1,6 milhão de usuários mensais para 31,9 milhões no final do primeiro trimestre de 2021. Já em 2022, a plataforma chegou aos 71 milhões de usuários, um aumento expressivo. Esses números foram impulsionados devido às suas políticas de moderação mais flexíveis em comparação com o concorrente administrado pelo Google que, cá entre nós, tem censurado muitos assuntos polêmicos.


Nos primeiros sete anos, o conteúdo do Rumble consistia principalmente em vídeos virais e notícias de fontes da mídia convencional. No entanto, em agosto de 2020, o representante Devin Nunes acusou o YouTube de ser excessivamente censurador em relação ao seu canal e começou a postar seus vídeos no Rumble. Outros conservadores proeminentes, como Dinesh D'Souza, Sean Hannity e o deputado Jim Jordan, logo seguiram o exemplo.


Após a eleição presidencial de 2020 nos Estados Unidos, muitos usuários conservadores das principais plataformas de mídia social, como Twitter e Facebook, migraram para o Rumble. Conforme a Fortune, antes dessa migração, o site era um "clone do YouTube" cheio de gravações caseiras.


Embora ainda não haja uma representação oficial do Rumble no Brasil, a empresa já havia manifestado interesse em iniciar suas operações no país. O anúncio de Pavlovski menciona desacordos com a Justiça brasileira, que solicitou a remoção de usuários e conteúdos da plataforma. O CEO afirma que pretende contestar essas decisões, ao declarar:

"Recentemente, os tribunais brasileiros exigiram que removêssemos certos criadores do Rumble. Como parte de nossa missão de restaurar uma internet livre e aberta, comprometemo-nos a não alterar as metas de nossas políticas de conteúdo. Os usuários com opiniões impopulares são livres para acessar nossa plataforma nos mesmos termos que nossos milhões de outros usuários. Dessa forma, decidimos desabilitar o acesso ao Rumble para usuários no Brasil enquanto contestamos a legalidade das demandas dos tribunais brasileiros."


A rede social canadense havia sido alvo de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em janeiro de 2023, exigindo o bloqueio do perfil de Bruno Aiub, o podcaster conhecido como Monark. Caso não cumprisse a decisão, a empresa estava ameaçada de multa diária de R$ 100 mil, um valor absurdo. Monark havia assinado um contrato de exclusividade para produção de conteúdo com o Rumble, mas o contrato foi desfeito em agosto após o STF negar o recurso contra a decisão.


Chris Pavlovski afirmou que não será intimidado pelas exigências de governos estrangeiros para censurar os criadores de sua rede social. Além disso, ele enfatizou que a empresa é a única a defender a "liberdade de expressão e os valores americanos". Ele expressou o desejo de que um dia as grandes empresas de tecnologia se juntem a eles nessa luta pela liberdade de expressão. Essa é, com certeza, a melhor forma de combater a tirania que se instalou no Brasil, pois os congressistas ficariam receosos de aprovar leis que expulsem todas as grandes redes socais de uma só vez.


Os criadores de conteúdo, como o já mencionado Bruno Aiub e o escritor Reginaldo Ferreira da Silva, conhecido como Ferréz, foram os primeiros brasileiros a ganhar notoriedade usando a plataforma. Após sair do Flow Podcast, Monark estreou no dia 4 de abril de 2022, o podcast chamado "Monark Talks", com o primeiro convidado sendo o criador de conteúdo do YouTube, Eduardo Faria, conhecido como Venom Extreme. A primeira entrevista do canal já conta com 228 mil visualizações, e o canal conseguiu mais de 53 mil inscritos em pouco mais de 9 horas desde o lançamento.


Atualmente, a famosa empresa de vídeos, o YouTube, tem a pior avaliação dos usuários no Reclame Aqui e é classificada como "Não recomendada" pela empresa. As reclamações são distribuídas em 16% por suspensão e banimento, 20% por conteúdo e 26% por sites e portais. A plataforma de compartilhamento de vídeos é o segundo site mais popular a partir de 2017, segundo a Alexa Internet. Conforme a página de comunicados à imprensa da empresa, o YouTube possui mais de um bilhão de usuários, e esses usuários assistem a mais de um bilhão de horas de vídeo todos os dias.


A censura, infelizmente, é uma realidade que continua acontecendo em muitos países ao redor do mundo, embora geralmente seja possível acessar o site por meio de VPN ou servidor proxy, para evitá-la. A questão da censura nas plataformas de vídeos na internet é abordada de maneira diferente por cada empresa.


Uma VPN, ou Rede Virtual Privada, é uma ferramenta útil para proteger sua privacidade e segurança online. Para instalá-la, primeiro você precisa escolher um provedor de VPN confiável e se inscrever em um de seus planos. Alguns navegadores de internet já disponibilizam servidores de VPN até de forma gratuita. Mas você pode baixar o aplicativo VPN compatível com seu dispositivo, seja um computador, smartphone ou tablet, que inclusive são oferecidos em pacotes de serviços de antivírus.

Geralmente, você precisará escolher um servidor em um local de sua preferência. Uma vez configurada, a VPN criptografará seus dados e redirecionará sua conexão através desse servidor remoto, ocultando seu endereço IP real. Agora, você pode navegar na internet com segurança, mantendo sua privacidade online e protegendo-se contra ameaças cibernéticas, como hackers e rastreamento de dados por terceiros. Mas é importante você estar sempre estudando sobre o assunto para entender as diferentes tecnologias e recursos que possam te manter protegido de hackers e outras ameaças. Se manter protegido na internet é algo que envolve o uso de diferentes métodos e ferramentas de segurança.
Enfim, certifique-se sempre de desconectar a VPN quando não precisar mais dela para retornar à sua conexão de internet padrão.


Os casos mais frequentes de uso de VPN envolvem geralmente a busca por privacidade e segurança online. Para muitos, a VPN também desempenha um papel crucial no acesso a redes corporativas de forma segura e na manutenção da privacidade enquanto navegam na internet. Essa ferramenta protege contra o rastreamento de atividades online por empresas de publicidade e motores de busca. Portanto, a privacidade, a segurança e a acessibilidade são os casos mais comuns e frequentes de uso de VPN. Essa rede de comunicações torna-se uma alternativa para muitos usuários de países com restrições por parte do Governo, como várias ditaduras espalhadas pelo mundo e, agora, os brasileiros estão precisando desse meio para escapar da censura.


No caso do YouTube, em alguns países, ele está completamente bloqueado, seja por uma proibição permanente de longo prazo ou por períodos limitados, como durante distúrbios, antes das eleições ou em resposta a aniversários políticos iminentes. Em outros países, o acesso ao site permanece aberto, mas o acesso a vídeos específicos é restrito. Em casos em que o site inteiro é proibido devido a um vídeo específico, o YouTube geralmente concorda em remover ou restringir o acesso a esse vídeo para restaurar o serviço. Desde setembro de 2012, os países com proibições nacionais permanentes do YouTube incluem China, Irã, Paquistão e Turcomenistão.


Os Termos de Serviço do YouTube proíbem a publicação de vídeos que violem direitos autorais, contenham pornografia, atos ilegais, violência injustificada ou discurso de ódio, este último um conceito bastante vago. Mas isso nos mostra ao menos que as redes socais tem seus próprios métodos de evitar violência explícita e crimes na internet, portanto, qualquer desculpa governamental de criar novas leis oculta uma intenção de censura. Os vídeos publicados por usuários que violam esses termos podem ser removidos e substituídos por uma mensagem que indica: "Este vídeo não está mais disponível devido à violação dos Termos de Serviço do YouTube".


O ponto central aqui é a censura, que está se fortalecendo e aumentando no Brasil em todas as esferas, e está sendo encoberta com discursos de combate ao ódio. Isso inclui a proibição de autores que se posicionam contra Governo atual, sua exclusão das discussões e o receio de trazê-los para o debate público. Essa situação é semelhante a períodos históricos em que os interessados buscavam autores proibidos de forma quase clandestina. Hoje, uma parte dos censurados também busca alternativas fora das plataformas convencionais. Enquanto se queimavam livros na Alemanha nazista antigamente, hoje, o que acontece é um completo cancelamento digital daquele jornalista ou pensador que faz críticas contundentes ao regime no poder. Ainda não começaram as caçadas de livros em bibliotecas, escolas e nas casas das pessoas, mas essa é uma possibilidade que não se pode duvidar que será implementada no futuro.


Em um mercado verdadeiramente livre, ideias, opiniões e informações circulam livremente, permitindo que os consumidores tomem decisões informadas. A competição e a inovação florescem quando diferentes pontos de vista são considerados, e a concorrência é impulsionada pela diversidade de opiniões. A liberdade de expressão faz parte não só de uma sociedade livre, mas contribui com um mercado variado de conteúdos como livros, filmes, documentários, artigos e matérias jornalísticas. Tudo isso permite um ambiente onde pessoas possam fazer críticas ao governo ou debater ideias políticas e criticar outras tantas ideias ultrapassadas. E se você não gostou de alguma opinião ou crítica, é só não consumir o conteúdo daquele autor. Afinal, você não precisa de concordar com ninguém, mas não tem o direito de impedir essa pessoa de se expressar.


A capacidade de expressar livremente opiniões e críticas também é essencial para manter a transparência e a prestação de contas das empresas e instituições, o que é crucial para a confiança dos consumidores.


Em resumo, a liberdade de expressão não apenas fortalece o livre mercado, mas também é essencial para o progresso social. Ao permitir que as pessoas compartilhem suas opiniões, essa circulação de ideias tem influência no curso das sociedades, da ciência e dos mercados de maneira construtiva. Afinal, só é possível desmascarar falácias, se as pessoas tiverem a liberdade de falar sobre elas. Como você irá identificar pessoas problemáticas e violentas, que pregam ideias horríveis e anti-humanas, se elas não puderem se expressar? Deixemos os idiotas livres para se manifestarem, assim, é mais fácil se distanciar deles.


Como diria Sigmund Freud: "Onde há proibição, nasce o desejo." Isso também se aplica às ideias, já que as restrições muitas vezes estimulam o interesse por diferentes pontos de vista e perspectivas em relação à política e sobre a realidade como um todo. Sobre isso, deixamos como recomendação o vídeo: O regime COMUNISTA na ROMÊNIA abalado pelo CINEMA NORTE-AMERICANO, o link está na descrição.

Referências:

https://es.wikipedia.org/wiki/Censura_de_YouTube

Visão Libertária - O regime COMUNISTA na ROMÊNIA abalado pelo CINEMA NORTE-AMERICANO:
https://youtu.be/yNU4uYUlbi0

https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/rumble-anuncia-saida-do-brasil-em-protesto-contra-censura-imposta-a-usuarios/#:~:text=O%20Rumble%2C%20concorrente%20do%20Youtube,presidente%20do%20Rumble%2C%20Chris%20Pavlovski.

https://pleno.news/entretenimento/plataforma-rumble-sai-do-brasil-por-discordar-do-judiciario.html