Parques eólicos do NORDESTE atrapalham a vida dos moradores e prejudicam o MEIO AMBIENTE

A energia eólica, tratada como uma possível solução para a emissão de gases poluentes, já pode ser considerada como um verdadeiro inferno na vida dos moradores pobres do Nordeste brasileiro.

As chamadas fontes de energia “limpas e renováveis” são uma grande bandeira de governos de esquerda - e isso se aplica, é óbvio, ao governo Lula. Trata-se de mais uma camada daquele típico papo de ambientalista melancia - que é verde por fora, mas vermelho por dentro. Segundo a matemática simplista desse pessoal, basta trocar a geração de energia elétrica por meio da queima de combustíveis fósseis pelas matrizes solar e eólica e - voilá! O problema do aquecimento global está resolvido!

É óbvio que a coisa está longe de ser tão simples assim; mas isso não impede o governo brasileiro, muito chegado a mentir sobre absolutamente tudo, de embarcar no discurso ambientalista. Na verdade, o governo PT tem propagandeado a capacidade do Brasil em produzir energia elétrica “limpa” como um grande diferencial competitivo. O próprio Lula afirmou isso, no fim do ano passado: “Se a Arábia Saudita é o país mais importante na produção de petróleo e de gás, daqui a dez anos, o Brasil será chamado de Arábia Saudita da energia verde e renovável” - diz o Molusco.

A verdade é que o Brasil, atualmente, já possui uma matriz energética bastante limpa, uma vez que quase metade de toda a produção de energia elétrica nacional provém de fontes limpas e renováveis. Isso é, basicamente, mais do que o triplo da média mundial. Além disso, em termos relativos, o Brasil é o sexto maior produtor de energias ditas “renováveis” no mundo! Só que esse tipo de informação não ajuda muito no discurso, não é mesmo? É preciso criar um problema imaginário, para combatê-lo com políticas mais do que questionáveis.

Pois bem: chegamos, assim, à questão da energia eólica - uma das grandes promessas das energias renováveis, em todo o planeta. O Brasil já possui uma considerável capacidade de produção de energia por meio da força dos ventos - sendo que a região Nordeste concentra a maior parte dos parques eólicos do Brasil, cerca de 80% do total nacional. Isso parece algo muito bom, num primeiro olhar, não é mesmo? Mas e se a coisa não for tão positiva assim?

A realidade é bastante diferente daquilo que a propaganda política faz crer. A verdade é que os parques eólicos são pouco produtivos, custam grandes fortunas para serem construídos, geram poluição visual e sonora e prejudicam o meio ambiente. Ou seja: o saldo, ao que tudo indica, é bastante negativo. E, como sempre acontece nesses casos, são os mais pobres que pagam a fatura.

A instalação de parques eólicos no Nordeste brasileiro tem trazido grandes prejuízos e sofrimento para o povo daquela região. Embora muitas turbinas tenham sido instaladas no litoral, a região da Caatinga termina por ser mais procurada pelas empresas, por conta de seus fortes ventos. E é aí que começa o castigo dos moradores do sertão nordestino.

Os problemas partem da própria instalação das pás eólicas, e de sua proximidade com as casas dos sertanejos. Veja, por exemplo, que diversos países europeus estabeleceram distâncias mínimas para a operação de usinas eólicas, em relação às residências. Na França, essa distância é de 500 metros, enquanto que na Alemanha ela é de 1 km. Já o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), aqui do Brasil, recomenda uma distância de 400m, mas sem impedir qualquer instalação fora desse padrão.

Contudo, é um fato bem documentado que existem turbinas eólicas instaladas a meros 100 metros das casas dos moradores, no sertão do Nordeste. E essas turbinas fazem um ruído realmente alto - descrito pelos moradores como sendo o de uma turbina de avião que nunca desliga. A situação fica ainda pior à noite, quando o barulho extremo causa grandes prejuízos para o sono dos moradores. Estamos falando de noites mal dormidas, por anos a fio.

Alguns moradores relatam os transtornos. Veja, por exemplo, este depoimento: “crianças de 8, 9, 5 e 6 anos, para dormirem, têm que ser à base de medicamentos, e a gente não dorme, a gente cochila e acorda com aquele barulho terrível”. E, como é fartamente documentado, a falta de sono causa uma série de problemas de saúde, inclusive psicológicos. É por isso que os sertanejos afetados por esse problema relatam, para além de danos à audição, com um persistente zumbido, também a ocorrência de ansiedade e depressão.

Mas a coisa não para apenas no desconforto para as comunidades próximas: as turbinas eólicas também causam uma série de problemas ambientais. Estima-se que, até o fim de 2022, pelo menos 4 mil hectares da Caatinga já tenham sido desmatados para a instalação de parques eólicos. Como a estimativa é de que cada hectare de vegetação da Caatinga seja capaz de capturar 4,5 toneladas de CO2 por ano, isso equivale a 18 mil toneladas de CO2 que deixam de ser retiradas da atmosfera anualmente.

Só que essa supressão da cobertura vegetal não prejudica apenas a atmosfera - ela também tem elevado as temperaturas na região. Próximo dos parques eólicos, a temperatura chega a ser 5ºC mais elevada. Todo esse calor também prejudica os açudes da região, dos quais depende boa parte da população. Casos de assoreamento das fontes de água, por conta do desmatamento, e de poluição açudes, com morte de peixes, têm sido relatados com frequência. As empresas responsáveis pelas turbinas, é claro, tiram o corpo fora.

Inclusive, a política Nevinha Valentim, ligada a ONGs que tratam do tema na região, afirmou o seguinte, a respeito da instalação das pás eólicas: “Quando chega em larga escala, devastando dunas, manguezais. Quando tem um modo de agricultura de produção familiar, então isso é uma coisa devastadora”.

Mas, afinal de contas, o que causa esse cenário? Como essa situação tão prejudicial aos moradores locais pode ser tolerada? Temos, nesse caso, uma clara interferência estatal: trata-se do governo forçando a barra para que essas instalações eólicas sejam feitas. Os moradores locais se sentem coagidos a fazer parte desse modelo prejudicial para suas vidas, e que envolve o arrendamento de suas terras por preços irrisórios, com pouca ou nenhuma compensação pelo desmatamento. Depois disso, sobra o total abandono, por parte do poder estatal que, supostamente, deveria apoiá-los.

Bem, é isso o que a maioria espera de um governo, não é mesmo? Que apoie as pessoas mais pobres e vulneráveis, contra os capitalistas exploradores, e coisas do tipo. Só que, para o governo brasileiro, isso não faz muita diferença: o importante, mesmo, é ter um discurso bonitinho para levar para o exterior. Se ficar evidente para todos que as pás eólicas, na prática, são inviáveis, então esse discurso ambientalista vai todo por água abaixo. Por isso, o governo brasileiro tem feito vistas grossas, protegendo o agressor, em prejuízo dos mais vulneráveis.

É desnecessário dizer que, num livre mercado, a coisa seria bem diferente. Em primeiro lugar, empresas que causassem tais prejuízos para os moradores seriam obrigadas a indenizá-los, seja pelos danos diretos à propriedade, seja pelas externalidades negativas - como o barulho ensurdecedor. Nessas circunstâncias, não existiria um papai estado disposto a proteger as grandes empresas, às custas das pessoas pobres.

A verdade, porém, é que, numa sociedade livre, talvez ninguém investisse realmente em energia eólica, porque essas usinas não são necessariamente viáveis, ou eficientes. Para efeito de comparação: uma usina de gás natural, com capacidade para produzir 200 MW, ocuparia o espaço de um quarteirão; já um parque eólico com essa mesma capacidade ocuparia 36km2. Portanto, muita terra tem que ser ocupada, com prejuízo para os locais, para o meio ambiente, e para todo mundo, de forma geral.

Ou seja, não se trata apenas do CO2 que deixa de ser emitido: os impactos precisam ser mensurados em mais detalhes. Mas o estado não se importa com isso: o que realmente importa é fazer valer a propaganda globalista de preservação ambiental, que existe, apenas, para dar mais poder para os políticos. E isso não se restringe apenas ao Brasil. Ao redor do mundo, diversas usinas eólicas têm sido erguidas em zonas de preservação ambiental, em terras de pessoas pobres e em territórios indígenas. Protestos têm sido realizados, em vários países por conta desses problemas. Por isso, já existem projetos para instalação de usinas eólicas em alto-mar; mas seus impactos, que certamente existem, ainda são desconhecidos.

A verdade é que, de forma geral, é exatamente assim que todas as medidas anti-carbono funcionam: elas são um estorvo para os mais pobres, somente para justificar o discurso dos políticos. Na prática, os prejuízos, quase sempre, superam os benefícios que podem ser obtidos com essas medidas. Desde a extinção de carros por combustão, até a instalação das horríveis pás eólicas no sertão nordestino, estamos falando do mesmo fenômeno: uma propaganda política que não busca resolver os problemas, mas sim, aparecer bem na foto. Ainda que às custas das pessoas mais pobres! No fim das contas, você continua sendo o carbono que eles querem eliminar.

Referências:

https://epbr.com.br/os-10-maiores-parques-eolicos-do-brasil/

https://www.cartacapital.com.br/politica/lula-defende-que-brasil-seja-arabia-saudita-da-energia-verde-em-dez-anos/

https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/sustentabilidade/qual-o-potencial-de-energia-limpa-no-brasil/

https://www.hojeemdia.com.br/geral/comunidades-que-vivem-perto-de-torres-de-gerac-o-de-energia-eolica-reclamam-de-barulho-excessivo-1.956399

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2023/03/26/Por-que-ambientalistas-protestam-contra-alguns-parques-e%C3%B3licos