O PIB brasileiro vai CRESCER 3% em 2024, mas isso é uma ENGANAÇÃO do GOVERNO LULA

Os dados do PIB apresentados pelo Governo Lula têm sido motivo de festa para o Molusco e para seus asseclas. Mas será que dá pra confiar nesses números?

Fernando Haddad, vulgo Taxadd, ministro da Fazenda do Brasil, passou os últimos dias comemorando, efusivamente, os resultados do crescimento econômico brasileiro, apresentados pelo IBGE. Se, no começo do ano, as estimativas do PIB do Brasil giravam na casa de 1,5%, agora, todos os agentes econômicos parecem situar esse crescimento na faixa dos 3%. A título de exemplo: a agência de classificação de risco Fitch elevou sua projeção da expansão da economia brasileira de 1,7% para 2,6%, nos últimos dias. Parece um excelente resultado, não é mesmo?

Bom, pelo menos é assim que o Haddad vê a coisa. É certo que, do ponto de vista econômico, o governo do Molusco quase não tem o que comemorar, então, sem dúvidas, o poste do Molusco não deixaria essa oportunidade passar. Segundo Haddad, o crescimento da economia brasileira é fruto do bom trabalho do governo atual. Ou, nas palavras menos polidas de Geraldo Alckmin, o vice da Janja, “foguete não tem ré”. Mas será que a coisa é realmente tão boa assim?

A resposta para essa pergunta é incisiva: não. De fato, diversos especialistas da área econômica já teorizam a respeito dos motivos que levaram a esse não previsto crescimento do PIB brasileiro. Basicamente, são duas as razões que o explicam, sendo apenas uma delas motivada pelo governo atual. E detalhe: não é positiva. A outra se devido a governos anteriores.

Comecemos por este último ponto, então. A verdade é que, durante os governos Temer e Bolsonaro, importantes reformas foram adotadas, como as reformas trabalhista e previdenciária. Embora ambas tenham sido mais tímidas do que o esperado, elas, de fato, deram ao menos um bom recado para os investidores: o de que, naquela época, o Brasil ainda tinha alguma chance de dar certo.

Neste momento, é importante fazer um adendo: como libertários, somos contrários a qualquer tipo de intervenção estatal na economia. Em primeiro lugar, porque o estado sequer deveria existir, por ser um ente ilegítimo e antiético. E, em segundo lugar, porque intervenções estatais, além de representarem uma violência contra indivíduos pacíficos, distorcem a economia e, quase sempre, representam um empobrecimento geral da população.

Dito isso, precisamos lidar com a realidade: o Brasil é um país latinoamericano medíocre que oscila entre intervenção estatal extrema e intervenção estatal exagerada. Nesse sentido, qualquer redução do estado, ainda que moderada, representa um ganho para o povo brasileiro. Dessa forma, as citadas reformas foram, sim, um respiro para a economia do Brasil, e seus resultados positivos ainda podem ser vistos. Pena que essa tendência durou pouco, quase nada.

Ainda assim, o mais curioso a se notar é que os bons frutos de necessárias reformas estruturantes demoram a aparecer. Geralmente, quem aproveita o sucesso das mudanças econômicas é o sucessor de quem as estabeleceu. Sim, o Lula está surfando na onda do Temer e do Bolsonaro, assim como ele fez, no passado, com o FHC. Não há muito o que se fazer, aí: esse é um dos vários problemas do nosso sistema democrático republicano. Calma, Xandão, não precisa se empolgar! Ninguém está questionando a vaca sagrada da democracia aqui!

Pois bem: chegamos, assim, ao segundo fator que causa o aumento do PIB brasileiro em 2024. E este, de fato, é um fenômeno puramente petista. Estamos falando, é claro, da expansão fiscal, ou, em outras palavras, do governo gastando dinheiro como se não houvesse o amanhã. Esse é um padrão não apenas do governo Lula, mas de todo governo populista, e por duas razões. Em primeiro lugar, a expansão fiscal permite ao governo gastar até o que não tem, para fazer picaretagem demagógica e assistencialista. E, é claro, para encher os bolsos dos amigos do rei, os quais são os maiores beneficiários de tais governos. Em segundo lugar, esse gasto desenfreado gera a falsa impressão de que a economia está crescendo. A verdade, contudo, é que isso não passa de IMPRESSÃO mesmo, no caso, de dinheiro.

E é aí que chegamos ao grande problema do uso do PIB como medida econômica, sendo mais bem compreendido quando entendemos o cálculo por trás desse indicador. Basicamente, chega-se ao montante do PIB de um país realizando a soma dos seguintes fatores: consumo das famílias + investimentos das empresas + saldo da balança comercial + gastos do governo. Sim, essa é uma análise superficial, mas é suficiente para fundamentar nosso ponto.

É na última das variáveis da equação que está o pulo do gato: quanto mais dinheiro o governo gasta, maior é o PIB daquele país, pelo menos num primeiro momento. Essa é, inclusive, a sina do Brasil governado pelo PT: vive-se um crescimento fajuto motivado pela gastança estatal, com uma subsequente e inevitável correção dos erros cometidos pelo mercado. Ou, em outras palavras: trata-se do voo da galinha.

Só que esse fenômeno traz, consigo, outro agravante que costuma não ser percebido: as políticas expansionistas de um governo populista servem, também, para dilapidar as boas medidas econômicas tomadas pelos governos anteriores. Pense, por exemplo, que a reforma previdenciária de Bolsonaro deu lugar, no governo Lula, a um gasto previdenciário sem precedentes, que provavelmente baterá 1 trilhão de reais no próximo ano. Já a reforma trabalhista do Temer foi atacada pelo Lula desde sua campanha eleitoral e, agora, tem sido constantemente bombardeada no STF.

Por outro lado, o arcabouço fiscal, um filho deformado parido por Lula e Haddad, piorou de forma considerável o antigo sistema, o teto de gastos que, embora frágil em alguns pontos, conseguiu controlar o avanço da dívida pública brasileira. Agora, sem essa trava fiscal, o governo Lula conseguiu a proeza de aumentar a dívida pública brasileira em 1 trilhão de reais. Basicamente, estamos gastando como se estivéssemos no fecha tudo do bichinho chinês, só que sem o fecha tudo. Sim, amigo: em matéria de governo petista, os gastos são tratados na casa dos trilhões.

Sabe o que isso significa, na prática? Mais dinheiro sendo impresso do nada para custear essa gastança. Ou seja, mais inflação. Em algum momento, essa montanha de dinheiro chegará à ponta final da economia, ao consumidor, causando aumento generalizado de preços. E esse filme já nos é bem conhecido: elevação da taxa de juros para conter a escalada de preços, negócios sendo encerrados e o poder aquisitivo do brasileiro despencando. Em outras palavras: é o mesmo cenário da crise dos governos petistas anteriores, acontecendo no atual governo petista. Isso se tivermos aumento dos juros, afinal, o próximo presidente do BACEN, o Galipolo, é mancomunado com o cachaceiro, que já disse que as taxas de juros no Brasil, estão muito altas para a realidade do tupiniquim médio.

Se o Brasil, de fato, tiver um crescimento nominal do PIB na ordem de 3%, isso representará cerca de 350 bilhões de reais a mais de riqueza circulando no país. Como vimos, o cálculo do PIB é enganoso, por considerar o gasto estatal como geração de riqueza. Mas apenas pense por esse lado: o governo Lula gastou 1 trilhão de reais para gerar apenas ⅓ desse valor em riqueza para a sociedade, pelo menos, segundo a equação do PIB. Isso parece ser um bom negócio, para você?

Não é por outro motivo, inclusive, que todas as previsões econômicas pioraram para 2025 em todos os aspectos. Primeiro, espera-se que o PIB cresça abaixo de 2% no próximo ano, significando, sem dúvidas, a galinha caindo de cara no chão. Também se prevê uma taxa oficial de inflação persistentemente alta e os juros elevados por ainda um bom tempo. Como cereja do bolo, o dólar seguirá nas alturas, porque o real tem sido desvalorizado pelo governo Lula, para criar um PIB ilusório.

Não se engane, meu amigo: não existe crescimento econômico criado pelo governo, ou dele decorrente. O estado apenas destrói a riqueza e o potencial de crescimento de uma nação. Por meio de sua burocracia, da sua violência institucionalizada e, é claro, através dos impostos, o estado assalta a população, promove e perpetua crises e, no final de tudo, ainda culpa o mercado pelos seus erros. Duvida? Pois aguarde as cenas dos próximos capítulos deste governo Lula 3.0, para conferir se as coisas não vão seguir dessa forma! Quem realmente promove o crescimento da economia e a riqueza dos povos é o mercado, ou seja, milhões de agentes econômicos independentes, atuando, de forma autônoma, na sociedade. Esse movimento espontâneo e descentralizado garante a melhor alocação de recursos e a busca pelo crescimento econômico. Não por razões populistas, mas porque isso é o melhor para cada indivíduo. E quanto mais livre for este mecanismo, quanto menor for a intervenção estatal, mais rapidamente toda a sociedade colherá os frutos do crescimento econômico.

No fim das contas, a numerologia estatal, que tem o seu ápice no cálculo do PIB, serve, apenas, para fazer propaganda para o governo. Todos os que estão na economia real, a do mercado, não na economia fajuta do estado, conseguem perceber que algo não vai bem no Brasil do Lula e do Haddad. E, o pior de tudo: muitos já nutrem aquela sensação de déjà vu, por saber que as coisas deram muito errado, no passado, quando os governos petistas seguiram por esse mesmo caminho.

Contudo, Lula e Haddad vão continuar apostando nesses mesmos erros, expandindo os gastos para mascarar os graves problemas estruturais da economia brasileira. Mal saímos da crise petista anterior, e já mergulhamos na próxima recessão. Ainda assim, os jornais continuarão a propagar a mentira de que o Brasil do PT voltou a crescer, mesmo sabendo que, mais uma vez, estamos testemunhando um triste voo da galinha. Talvez, a realidade só atinja a grande mídia, quando o tal foguete do Alckmin despencar mais uma vez.

Referências:

https://www.estadao.com.br/economia/pib-entenda-em-seis-graficos-o-que-explica-o-desempenho-da-economia-brasileira/

https://www.infomoney.com.br/guias/pib-produto-interno-bruto/