A escola, que deveria ser um refúgio, virou palco de barbárie, de morte e de dor. Enquanto isso, o estado nega às famílias o poder de ensinar para seus filhos em casa, longe dessa carnificina.
Em uma realidade de crescente horror, a morte de Alícia Valentina, uma menina de somente 11 anos, após ser brutalmente espancada por colegas em uma escola municipal de Belém do São Francisco, no Sertão pernambucano, é um grito de alerta ensurdecedor. A menina foi agredida por cinco colegas, quatro meninos e uma menina, no banheiro da Escola Municipal Tia Zita. O motivo desse ato de barbáries é ter negado “ficar” com um dos agressores. O ataque foi selvagem. Ela sofreu traumatismo cranioencefálico, foi internada, liberada, voltou a piorar, e acabou tendo morte encefálica confirmada. Uma criança, espancada na escola porque não queria ficar com um garoto. Num lugar em que deveria estar protegida, foi brutalmente espancada! Alícia virou vítima de um sistema que falha em tudo. Seja em educar, seja em prevenir, seja em cuidar.
Este caso evidencia a consequência inevitável de um modelo de educação estatal que, longe de ser um farol de conhecimento, se transformou em um ambiente de risco, violência e negligência. Alícia foi atendida diversas vezes em unidades de saúde antes de morrer. Teve sinais claros de lesão, e mesmo assim foi liberada. Essas são as instituições públicas, que todos os dias falham em socorrer suas vítimas. A prefeitura diz que “não houve omissão”, o Ministério Público afirma que “não houve negligência médica”. Contudo, como pode não haver omissão quando uma criança de 11 anos é espancada até cair inconsciente na escola pública e ninguém intervém? Como pode não haver negligência quando ela entra e sai de hospitais, com sinais evidentes de trauma, e ninguém age a tempo? Se isso não é um exemplo de um estado que não protege, mas que cria um matadouro de crianças ao ar livre, não sabemos o que pode ser. E o pior é que esse tipo de tragédia não é raro. É cada vez mais comum. Escolas públicas no Brasil viraram zonas de conflito. Bullying, violência física, falta de disciplina e indisciplina generalizada. Já falamos sobre casos assim aqui no canal várias vezes. Meninas atacadas com tesouras, são violentadas, espancadas, enquanto a escola não faz nada para protegê-las. Em vez de aprender matemática, ciências ou português, alunos convivem com medo, e professores têm medo de punir e repreender. Diretores têm medo de processos, e o governo, em vez de impor ordem, impõe ideologia. Currículos são tomados por pautas políticas, doutrinação de gênero, guerras raciais inventadas, enquanto a segurança, o respeito e a disciplina são jogadas no lixo. Há quem diga que as escolas precisam ensinar mais para as crianças, que elas precisam ficar mais tempo nessas prisões muradas. Não há como alguém em sã consciência, sendo libertário, acreditar que ainda exista algum jeito desse modelo funcionar!
Alícia não morreu por acaso. Morreu porque estava presa em um sistema que não a via como indivíduo, mas como um número, como mais uma cordeirinha em uma escola pública, mais uma linha na planilha de Excel. E, no fim, como mais uma vítima do monopólio estatal sobre a educação. É interessante que os defensores de escolas públicas dizem que escolas privadas não dão conta da demanda dos indivíduos depauperados, mas esquecem que a história está aí para contar o contrário. No século XIX, na Inglaterra, antes da criação de escolas públicas obrigatórias, a educação era majoritariamente privada, financiada por pais, igrejas e associações comunitárias. Escolas como as Ragged Schools surgiram para atender crianças pobres, sem qualquer apoio estatal. Apesar das condições precárias, essas escolas tinham disciplina, moralidade e ensino funcional. Os pais, mesmo com pouco dinheiro, pagavam pequenas taxas ou contribuíam com trabalho. E, por isso, exigiam qualidade. Quando o governo britânico criou o sistema público de ensino em 1870, com a Forster Education Act, muitos desses modelos privados foram absorvidos ou eliminados. O resultado? Um sistema centralizado, burocrático, onde a qualidade despencou. A disciplina sumiu. A responsabilidade desapareceu. Porque, quando o serviço é gratuito e imposto, ninguém exige nada.
Em um mundo libertário, um caso como o de Alícia seria impensável. Escolas públicas não existiriam, o MEC não seria esse colosso abissal que foca em doutrinação em vez de educação, pois seria obliterado, e diversas opções existiriam. Claro, a maldade de algumas crianças ainda existiria, mas elas e seus responsáveis iriam responder por casos de vandalismo e agressão como o de Alícia. As escolas, todas privadas, poderiam ser processadas por serem complacentes com tais atos. Se uma escola permitisse violência sistemática, os pais retirariam elas de lá, rapidamente e sem discussão.
Além disso, centenas de opções à escola existiriam no ancapistão. Os pais teriam o poder real de escolha, optando por escolas com disciplina rígida, valores tradicionais, ensino religioso, educação técnica ou ao homeschooling, ou mesmo ao unschooling. Com a tecnologia que temos hoje, é possível que existissem escolas que utilizariam a IA para ensinar as crianças, enquanto professores iriam apenas guiar os pequenos pelo melhor caminho. Teríamos indivíduos que sairiam do ensino médio prontos para encarar o mundo com milhares de conteúdos aprendidos e com diversos níveis de conhecimento. Uma criança que tivesse vontade de aprender sobre o corpo humano poderia estar mais preparada que um estudante de medicina do terceiro ano atualmente. Um garoto que tivesse facilidade com matemática poderia estar no mesmo nível que um graduando em engenharia do primeiro ano.
Entretanto, como bem sabemos, no Brasil atual, isso é impossível. O governo monopoliza a educação, controla o currículo e impõe ideologias, proibindo inclusive o homeschooling. Criminaliza quem ousa sair do sistema, acusando os pais de abandono intelectual, e, no fim, entrega escolas vazias de conteúdo, cheias de problemas, onde a violência é rotina. Daí, quando uma menina como Alícia morre, as autoridades falam em “não haver omissão”, como se a omissão não fosse o cerne do problema. O estado omite proteção, fiscalização, responsabilidade e, principalmente, culpa. Ainda mais revoltante é ver que, enquanto isso, o MEC insiste em impor pautas ideológicas, manuais de gênero, combate à “desigualdade” com soluções que só aumentam a confusão. Ninguém fala em treinar professores para lidar com violência, em fortalecer a disciplina, em dar aos pais poder real sobre a educação dos filhos. Porque, no fundo, o estado não quer educar, mas doutrinar e controlar. E quanto mais caótico o ambiente, mais justificativa tem para expandir seu poder.
Em um mundo libertário, a responsabilidade desse crime seria sumária. Não haveria espaço para impunidade. Não haveria cargo público para proteger o incompetente. Em um sistema livre, o bullying e a violência seriam tratados com seriedade, com regras claras e consequências reais. Agressores seriam expulsos, e as vítimas teriam apoio psicológico voluntário, ou até mesmo pago, logicamente, com o dinheiro dos responsáveis pela agressão. No caso de Alícia, talvez nem tivesse chegado ao extremo. Professores alertariam, pais seriam informados, e os agressores seriam identificados e isolados. A escola, pressionada pela reputação, agiria rápido.
A solução para a violência dentro das escolas não é mais verba, detectores de metais, polícia militar dentro das instituições de ensino, ou mais burocracia com mais leis sendo produzidas ad nauseam pelos burocratas em Brasília. É menos estado, e mais liberdade para as famílias poderem escolher qual o modelo de estudo querem aplicar às suas crianças. É devolver aos pais o direito de escolher, decidir e defender. É permitir que a sociedade civil, não o governo, cuide da educação. É eliminar o monopólio. É tornar a escola em algo prazeroso, não algo que se suporta.
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/nordeste/pe/menina-morre-apos-ser-agredida-por-alunos-dentro-de-escola-no-sertao-do-pe
https://www.folhape.com.br/noticias/menina-de-11-anos-que-morreu-apos-ser-espancada-por-colegas-sera/436670
https://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2025/09/09/prefeitura-nega-omissao-e-diz-que-menina-que-morreu-apos-ser-espancada-em-escola-foi-levada-do-hospital-pela-mae-sem-autorizacao-medica.ghtml
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/09/recusa-a-ficar-com-colega-teria-levado-menina-de-11-anos-a-ser-espancada-no-interior-de-pe.shtml
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/nordeste/pe/menina-morta-apos-agressao-em-escola-e-enterrada-em-pernambuco