O vexame da especialista em segurança pública: Jaqueline Muniz

A segurança pública no Brasil é tragicômica: “especialistas” de gabinete que ganham bem para nada fazer, policiais na linha de fogo virando alvo de militantes e manchetes, e você no meio, que paga impostos escandinavos para receber segurança venezuelana.

Todo mundo está falando sobre essa figura estranha de cabelo laranja e óculos bastante peculiares nas redes sociais. A antropóloga e professora da Universidade Federal Fluminense, autoproclamada “especialista” em segurança pública, Jaqueline Muniz, decidiu pedir ingresso no Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos — uma cena, sejamos francos, no mínimo irônica.
Ela também ganhou notoriedade ao protagonizar um embate com o delegado Palumbo no programa apresentado pelo jornalista Paulo Mathias. Em pouco tempo, trechos desse debate começaram a circular nas redes sociais, impulsionando ainda mais a polêmica.
Naturalmente, os libertários condenam qualquer tipo de ameaça, física ou virtual. O princípio de não agressão não é seletivo: ele vale até para aqueles que realmente acreditam que criminosos armados até os dentes se desarmam com empatia, diálogo e, quem sabe, uma pedra bem lançada. Ninguém merece ser intimidado — nem mesmo quem nos irrita profundamente.
(Sugestão de Pausa)
Desde que trechos de sua participação circularam nas redes sociais, Jaqueline Muniz tornou-se alvo de críticas e deboches. Sua fala viralizou especialmente pelo trecho em que sugeriu que um sujeito portando um fuzil poderia ser neutralizado com uma pedra — uma afirmação que, previsivelmente, gerou reação imediata e um festival de ironias online.
“O criminoso tá com o fuzil na mão, ele é facilmente rendido por uma pistola, até por uma pedra na cabeça. Enquanto ele tá tentando levantar o fuzil e colocar o fuzil para atirar, alguém joga uma pedra e já derrubou o sujeito”, disse em entrevista.
Os críticos, por sua vez, afirmam que Muniz repete um mantra marxista de manual — a velha ladainha da “humanização do oprimido”. Ainda que o “oprimido” em questão esteja carregando um AK-47, ou armas até mais potentes, e impondo a lei do terror sobre comunidades inteiras. Mas quem somos nós para julgar? Afinal, para a cartilha progressista, todo criminoso é um revolucionário incompreendido, injustiçado pela sociedade — isso até o bandido roubar o celular ou o carro desses hipócritas de esquerda.
Embora o brasileiro médio jamais tenha ouvido falar de Jaqueline Muniz, a professora é bastante apreciada nos círculos iluminados da esquerda acadêmica e política.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro decidiu conceder a ela o Prêmio Marielle Franco. Motivo: sua “meritória e destacada atuação” na área de segurança pública e direitos humanos. Claro, porque se tem algo que a segurança pública do Rio simboliza, é mérito e sucesso.
Muniz, coerente com o currículo típico do especialista que adora teorizar sobre o Estado enquanto mora no ventre dele, ocupou cargos burocráticos em governos. Foi diretora da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro. Depois, virou coordenadora de segurança pública no Ministério da Justiça — apresentando “soluções práticas” que, no fim, são apenas relatórios infinitos, assinatura de portarias e invenção de novas siglas.
(Sugestão de Pausa)
Em resposta, o delegado Palumbo saiu em defesa da operação. Segundo ele, os agentes vivem numa realidade levemente diferente da sala climatizada onde nascem teses sobre “segurança pública”. São mal remunerados, criticados pelos setores progressistas e pela imprensa. Atuam num ambiente imprevisível e de alto risco.
“Quando a gente vai cumprir uma operação, não sabe o que vai vir. Pode ser um drone com uma bomba, uma emboscada”, disse Palumbo.
Ele ainda ousou apontar o óbvio: a academia ignora a realidade das ruas.
Palumbo então apertou o modo sinceridade. Segundo ele, “é difícil discutir quando se fala só de método e número. Enquanto isso, os policiais estão morrendo no morro. Você não tem a menor noção do que é subir o morro. Fica cagando regra aí.”
Em outras palavras: enquanto uns brincam de estatística e escrevem papers sobre “sensibilidade social do armamento ilegal”, tem gente tomando tiro de verdade.
Nada mais típico dos agentes estatais — especialistas que nunca viveram a realidade criando normas para quem vive nela diariamente. Em qualquer outro ramo, isso se chamaria charlatanismo. No setor público, chama-se carreira acadêmica.
Diante desse teatro em que burocratas lecionam moralidade a quem toma tiro e acadêmicos juram que criminosos armados são, na verdade, vítimas incompreendidas, precisamos fazer a pergunta absolutamente proibida nos círculos estatistas: e se o Estado não só falha em combater o crime, mas é justamente a causa primordial de sua existência e perpetuação?
(Sugestão de Pausa)
O Estado brasileiro, suposto guardião da ordem, consegue simultaneamente produzir o crime, proteger criminosos e punir honestos. Em vez de permitir que cidadãos defendam sua vida e propriedade, desarma-se o homem de bem e, em troca, promete-se que o Leviatã vai cuidar de tudo. Resultado: criminosos armados, população amarrada e o aparato estatal pedindo mais verba, mais leis, mais poder. Porque, obviamente, desta vez vai funcionar.
Para a ética libertária, o ponto de partida é simples e brutalmente lógico: crime é toda agressão à propriedade privada — e isso inclui a vida, a liberdade e os bens. Onde há violação desses direitos, há crime. A resposta civilizada, portanto, não é uma punição abstrata ditada por burocratas ou uma estadia prolongada em um hotel público com grades; é a restituição direta à vítima. O agressor deve reparar o dano que causou — não virar custo permanente para quem já foi prejudicado.
O problema, porém, é que o Estado não apenas falha em garantir isso: ele sabota o processo desde o início. Ao monopolizar a segurança e a justiça, cria exatamente o ambiente onde o crime prospera. Afinal, quando a mesma entidade que se diz protetora tem o poder de violar direitos sem consequências, qual o incentivo real para proteger alguém? O resultado é previsível: impunidade, ineficiência crônica e uma classe política que promete salvação enquanto fabrica o caos que vende.
(Sugestão de Pausa)
A solução, em contraste, passa por reconhecer o óbvio que os estatistas e comunistas de iPhone se recusam a admitir: segurança deve ser privada, descentralizada e sujeita à concorrência. Em uma ordem natural, comunidades e proprietários livremente associados têm tanto o dever quanto o direito de defender suas vidas e seus bens — e de excluir quem insiste em ameaçá-los. Quando quem provê proteção pode ser responsabilizado por falhar, as pessoas finalmente têm um sistema que funciona.
Numa sociedade decente, onde a propriedade privada é absoluta e os contratos são voluntários, o criminoso não recebe proteção institucional. Ele deve compensar o dano, trabalhar até pagar e, se insistir na vida criminosa, será eliminado. Comunidades livres têm o direito e o dever de excluir quem ameaça a paz. As sociedades florescem quando parasitas são removidos e homens de bem, honestos, pacíficos e produtivos podem viver tranquilos.
No Brasil, porém, o modelo vigente é o oposto: o cidadão honesto precisa justificar por que quer portar uma arma, enquanto o bandido carrega um arsenal completo. Os intelectuais, naturalmente, culpam a “desigualdade social”, o “racismo estrutural”, a “misoginia”, o “machismo tóxico” — ou qualquer outra moda acadêmica. O criminoso, que fez suas escolhas como ser racional, nunca é o culpado. Já o Leviatã estatal, com seus agentes incompetentes e cínicos, aproveita o caos para aumentar seu poder. Afinal, quanto mais medo o povo tem, mais disposto está a entregar liberdade em troca de promessas que nunca se cumprem. É a engenharia social do fracasso que, no fim, só dá mais poder ao governo.
(Sugestão de Pausa)
O caminho óbvio, mas politicamente incorreto, é simples: devolver às pessoas o direito de se defender e responsabilizar diretamente quem ataca a vida, a liberdade e a propriedade. Nada de transformar bandidos com fuzis em vítimas. Um país onde o homem pacífico é livre e o criminoso teme as consequências de seus atos não precisa de “megaoperações”, nem de sociólogos televisivos distribuindo lições de humanidade aos que morrem no asfalto. Precisa apenas de liberdade, propriedade e coragem moral — três coisas que o Estado faz de tudo para impedir que floresçam.

Referências:

https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/75266/delegado-equotrasgaequot-o-diploma-de-uma-suposta-especialista-veja-o-video
https://www.brasilparalelo.com.br/noticias/quem-e-jacqueline-muniz-especialista-em-seguranca-publica-que-virou-meme