O governo gastou e continuará a gastar dinheiro como se não houvesse amanhã, mas agora parece que a conta está finalmente chegando, e é claro que quem vai pagar ela é você.
As desventuras econômicas perpetradas por Luiz Inácio e sua trupe vem causando incertezas no mercado desde sua posse em janeiro de 2023. Com sua gestão econômica não ortodoxa, o governo vem espantado qualquer um que ainda fosse maluco o suficiente para investir no Brasil. Nesses 2 anos o mercado e o povo vem presenciando gasto atrás de gasto, sem cortes, impostos atrás de impostos, sem qualquer consideração a saúde econômica do país.
Em um cenário de incertezas provocadas pelo governo do amor, que inclui uma taxa de câmbio depreciada e expectativas de inflação cada vez mais pessimistas, o Itaú Unibanco vê a necessidade de um ciclo que progrida ainda mais no território contracionista. Essa análise levou a instituição a aumentar sua previsão para a Selic de 15% para 15,75%, patamar que deve ser atingido ainda no primeiro semestre deste ano. Ainda em dezembro de 2024, o Banco Central aumentou a taxa Selic em 1 ponto percentual, atingindo 12,25% ao ano. O Banco Central também previu mais dois aumentos de 1 ponto percentual nas primeiras duas reuniões de 2025, que deverão elevar a taxa para 14,25% até março.
Desde aquele momento, as projeções de inflação do mercado para este e o próximo ano vêm se deteriorando. Com a retirada do teto de gastos, o governo vem elevando substancialmente suas despesas, sem fazer cortes, e recorrendo à arrecadação para tentar mitigar o déficit. Diante disso, os especialistas consultados pelo Banco Central estimaram que o IPCA, principal índice de inflação, crescerá 5,08% e 4,1% em 2025 e 2026, um novo revés no poder aquisitivo do brasileiro que fez o L.
No final de 2024, no último estudo divulgado antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), os especialistas projetavam uma inflação de 4,59% este ano e de 4% no próximo. No entanto, logo se viram obrigados a revisar suas previsões para um nível mais pessimista, com o dólar alcançando o recorde histórico de 6,26 reais. A situação atual contribuiu para piorar ainda mais a visão já pessimista do mercado sobre os indicadores macroeconômicos, apesar do dólar ter caído e se aproximado do nível de 6,00 reais nas semanas subsequentes.
Mário Mesquita, economista chefe do Itaú, destacou que: "A depreciação crescente do Real e as expectativas desanimadoras sugerem a necessidade de progredir ainda mais na direção contracionista. Se ocorrer uma nova rodada de depreciação da moeda e/ou piora das expectativas, não se pode excluir uma extensão do ciclo e, possivelmente, um adiamento dos cortes em 2026.” Todas as previsões apenas apontam aquilo que todos nós sabíamos que infelizmente iria acontecer, a conta da farra de gastos do governo iria chegar, e nós que vamos pagar o pato.
A taxa Selic é controlada pelo Banco Central do Brasil, uma instituição cuja autonomia foi garantida em 2021, mas que hoje enfrenta desafios políticos que podem colocar sua independência em xeque. Na prática, a taxa Selic representa o custo básico do dinheiro na economia, influenciando desde empréstimos e financiamentos até investimentos em empresas. O funcionamento da Selic reflete o equilíbrio entre oferta e demanda de crédito: quando a percepção de risco é alta, ou a inflação está em ascensão, o Banco Central eleva a Selic para desestimular o consumo e conter a escalada de preços. Por outro lado, quando o cenário é de estabilidade e confiança, a Selic pode ser reduzida, facilitando o acesso ao crédito, assim aumentando o consumo e o crescimento econômico.
Essa mecânica, porém, esconde uma complexidade maior: Juros altos não são apenas uma ferramenta para conter a inflação, eles são um reflexo das condições econômicas de um país. Bancos, por exemplo, preferem emprestar ao governo por meio de títulos do Tesouro, que oferecem rentabilidade garantida, a arriscar em pequenos empreendedores sem garantias claras de retorno. Para compensar os riscos, os bancos cobram juros exorbitantes, tornando o acesso ao crédito quase impossível para muitos.
Com a manutenção de juros elevados, a economia brasileira enfrenta um ciclo vicioso. Empresas veem o custo de capital aumentar, o que reduz investimentos e força cortes em despesas, frequentemente traduzidos em demissões. O consumidor, por sua vez, encontra dificuldades crescentes para financiar suas compras, diminuindo ainda mais a demanda. O resultado é um mercado retraído, empresas lutando para sobreviver e uma escalada do desemprego.
Esse cenário não surge do acaso. É uma resposta técnica do Banco Central às políticas econômicas erráticas do governo Lula, que, ao priorizar gastos excessivos e descartar a austeridade, elevou o risco percebido pelos mercados. A alta da Selic, apesar de seus efeitos colaterais, é uma tentativa de estabilizar a economia em um ambiente turbulento.
O aumento da taxa selic é uma consequência natural de um mercado em clima de desconfiança, porém, é apenas a ponta do iceberg de uma questão mais profunda. Lula não irá se contentar apenas em intervir na economia e gastos públicos, com certeza vão querer manipular a taxa selic também, gerando ainda mais caos econômico. Sua total irresponsabilidade fiscal e o aumento generalizado de tributos, já afetaram drasticamente a sua popularidade perante a população, fenômeno esse que só promete se agravar com a alta da Selic. Buscando salvar o que restou de seu apoio dentre o povo, Lula pode tentar pressionar Galípolo no sentido de abaixar na canetada a taxa de juros, promovendo uma curta e insustentável melhora econômica. Essa, infelizmente, não é uma possibilidade distante, já tendo sido tentada em vários países, resultando em tragédia, e até mesmo no Brasil, sendo impedida apenas pela independência do banco central.
Políticos populistas, muitas vezes de olho em ganhos imediatos, defendem cortes artificiais nos juros para estimular o consumo e criar a ilusão de prosperidade. Essa abordagem, no entanto, ignora os desastres econômicos que invariavelmente se seguem. Sob a gestão de Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro, o Banco Central resistiu a pressões do governo Lula para reduzir a Selic na marra. Agora, sob a liderança de Gabriel Galípolo, indicado por Lula, pairam dúvidas sobre sua autonomia, e se essa resistência continuará.
Se Galípolo ceder às pressões e seguir o caminho do populismo, os exemplos históricos são claros e assustadores. A Turquia e a Argentina são provas vivas de que baixar juros na marra é uma receita para o caos.
A história recente da Turquia ilustra os perigos dessa interferência estatal na política monetária. Em 2019, o presidente Erdoğan demitiu o chefe do Banco Central que insistia em juros altos para controlar a inflação. Sob pressão, o novo líder da instituição reduziu a taxa de juros drasticamente, de 25% para 8%. Essa política, longe de estimular o crescimento sustentável, resultou na desvalorização acelerada da lira turca. Para conter a crise cambial, o Banco Central turco queimou metade de suas reservas internacionais, o equivalente a quase 160 bilhões de dólares, tentando artificialmente manter o valor da moeda.
Mas a realidade econômica não pode ser ignorada por muito tempo. Em 2021, a lira turca perdeu metade de seu valor frente ao dólar, e a inflação alcançou absurdos 83,45% ao ano. Esse cenário devastador destruiu o poder de compra da população, encareceu produtos e serviços e mergulhou o país em uma crise de credibilidade.
Na Argentina, há pouco tempo atrás, nossos hermanos enfrentaram uma crise assustadoramente semelhante ao cenário em que a economia brasileira percorre. A política econômica irresponsável de Alberto Fernández gerou uma galopante inflação de quase 95% em 2022. Sem compromisso com o teto de gastos ou políticas monetárias austeras, o governo priorizou estímulos artificiais e aumentos salariais acima da inflação para a elite estatal, enquanto a população comum empobrecia. Comércios quebraram, investimentos evaporaram e o país tornou-se um exemplo clássico de como o populismo destrói economias.
Essas crises não surgiram do nada. Elas são frutos de uma mentalidade keynesiana que domina grande parte dos políticos. Ao priorizar o crescimento de curto prazo, por meio de estímulos artificiais, essas políticas desestabilizam a economia a longo prazo.
A realidade é que até um cego consegue enxergar a furada que é ignorar todas as regras que regem o mercado, achando que sua canetinha mágica consegue consertar o problema em um instante. Segundo a Escola Austríaca de Economia, a única que endereça o problema com assertividade e eficiência, a taxa de juros deve ser determinada exclusivamente pelo mercado, refletindo as expectativas naturais de risco e retorno. Governos, ao manipularem os juros, distorcem os ciclos econômicos e amplificam crises. Apenas um mercado livre pode garantir crescimento sustentável, baseado em poupança, comércio e investimentos reais.
No Brasil, a independência do Banco Central, conquistada durante o governo Bolsonaro, foi um marco muito importante. Ela permite que decisões técnicas, alinhadas ao mercado, prevaleçam sobre interesses políticos de curto prazo. No entanto, essa independência está longe de ser uma garantia de que teremos uma boa noite de sono sem preocupações. O risco de um Banco Central politizado ainda existe, especialmente quando sua liderança é indicada por governos com tendências populistas.
Para aqueles que buscam se proteger das mazelas do sistema fiscal atual, a saída não está nas políticas estatais, mas na revolução informacional liderada pelo Bitcoin. Com sua natureza descentralizada, o Bitcoin oferece imunidade às interferências do estado, servindo como um refúgio seguro contra inflação, desvalorização monetária e crises econômicas.
Quando a próxima crise global inevitavelmente surgir, e o Bitcoin alcançar maior popularidade, sua adoção massiva transformará o sistema financeiro global. Sua natureza deflacionária e limitada fará com que o valor de cada satoshi se multiplique exponencialmente. Quem começar agora, mesmo com pequenas quantias, estará na vanguarda de uma revolução que pode, finalmente, derrubar o poder do estado e emancipar os indivíduos.
Prepare-se para o futuro. Proteja seu patrimônio, invista em conhecimento e adote o Bitcoin como reserva de valor. Esqueça as shitcoins e suas promessas de valorização a curto prazo, o bitcoin é o único capaz de salvar as suas economias. Aqueles que agirem hoje serão os pioneiros de um mundo mais livre, justo e próspero. A verdadeira revolução não se dará através de uma turba sanguinária que pega em armas para derrubar o estado, ela será tocada pelo cidadão comum que, através dos subterfúgios do bitcoin, matará o leviatã pelo cansaço. O estado irá sucumbir pelo pesado fardo daquilo que já foi a sua maior arma de opressão: a sua própria burocracia.
https://valor.globo.com/financas/noticia/2025/01/20/ita-passa-a-projetar-selic-em-1575-pontos-percentuais-neste-ano-e-v-risco-de-ciclo-de-alta-de-juros-ainda-maior.ghtml
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/12/11/banco-central-selic.htm#:~:text=Banco%20Central%20eleva%20juros%20a,a%2014%2C25%25%20em%20mar%C3%A7o&text=O%20Copom%20(Comit%C3%AA%20de%20Pol%C3%ADtica,alta%20desde%20maio%20de%202022.