DIGA ADEUS ao seu CHURRASCO: PREÇO da CARNE BOVINA vai SUBIR 16% em 2025 no BRASIL DO LULA

O seu churrasco, que já estava ficando mais caro em 2024, vai se tornar ainda mais proibitivo em 2025. Diga adeus para a picanha!

Se você frequenta o supermercado ou o açougue com alguma regularidade, tem certamente percebido que o preço da carne bovina tem subido de forma considerável, nas últimas semanas. Na verdade, todos os cortes, dos mais populares aos mais sofisticados, sofreram aumentos substanciais de uns dois meses para cá, com os preços das carnes mais nobres tendo se tornado, praticamente, proibitivos. As análises referentes ao mês de outubro, inclusive, já elegem a carne vermelha como a grande culpada pela inflação astronômica do mês.
Contudo, o que já está ruim sempre pode piorar. Afinal de contas, isso aqui é Brasil: o país do futuro mais sem futuro que existe. Economistas da XP Investimentos estimam que, até o final deste ano, a carne bovina terá acumulado uma alta de 12,5%, em valores médios, em comparação aos preços de 2023. Mas a situação não vai parar por aí: em 2025, essa alta poderá alcançar inacreditáveis 16,1% – caso todos os fatores se mantenham. Ou melhor, ceteris paribus, em bom economês.

Se esses números alarmantes se confirmarem, estaremos diante do segundo pior aumento anual no preço da carne de boi na história do real, perdendo apenas - adivinhe só - para 2020, o ano da pandemia. Ou seja, nem dá para comparar. Só que a coisa é ainda pior do que parece: no atual cenário, estaremos diante de dois anos consecutivos de encarecimento considerável do preço da carne. Veremos a mágica dos juros compostos acontecendo na nossa frente, mas no sentido de inviabilizar o nosso churrasquinho do fim de semana.
É claro que, assim como eu, você se lembra bem daquelas promessas demagógicas do Lula, na época da campanha presidencial. A dupla “picanha & cerveja” era tema frequente em seus discursos, sendo que essa promessa fajuta foi feita, inclusive, no Jornal Nacional, ao vivo e em horário nobre! Obviamente, essa história de carne barata nunca passou de mera retórica populista para ganhar eleição, sem que isso representasse, em nenhum momento, um compromisso real assumido pelo Lula. Agora, o passar do tempo nos mostra que, na verdade, estamos no caminho oposto.
Mas, afinal de contas, o que está realmente causando todo esse aumento? O que justifica essa disparada dos preços da carne bovina, que aconteceu em tão pouco tempo, e que parece que vai se arrastar por ainda muitos meses? É certo que acontecimentos tão drásticos não se devem a apenas uma causa. E, de fato, neste caso, estamos diante de pelo menos três fatores que, agindo em conjunto, criaram a tempestade perfeita que afastou de vez a picanha da mesa do brasileiro pobre.
Em primeiro lugar, temos o natural ciclo da pecuária brasileira - um fruto até previsível da lei da oferta e da demanda. Como nos ensina a mais correta teoria econômica que temos à disposição, os preços variam conforme a relação entre a quantidade de itens ofertados e a demanda do público por esses itens. Quando a demanda sobe, os preços também sobem - é uma relação diretamente proporcional, mais simples de entender.
Já a oferta, por sua vez, mantém uma relação inversamente proporcional com os preços: estes tendem a subir quando a disponibilidade de produtos cai. Porém, os preços forçados para baixo, em contrapartida, tendem a provocar uma redução na oferta, uma vez que preços menores representam menores margens de lucro - algo que, naturalmente, reduz o interesse do produtor em investir naquele setor.
No Brasil, a produção de carne bovina segue um padrão já bastante conhecido. Durante alguns anos, a produção aumenta, através da aquisição de maiores rebanhos e de investimentos pesados, por parte dos pecuaristas. Esse aumento na disponibilidade de carne faz com que os preços, obedecendo à lei da oferta e da demanda, comecem a cair. Isso, por sua vez, reduz as margens de lucro, fazendo com que produtores comecem a se desfazer de suas matrizes e reduzem seus rebanhos. Com a queda da oferta, os preços invertem a tendência e sobem por longos meses, até que os lucros mais atrativos começam a atrair novos produtores - e o ciclo se repete.
O Brasil passou por cerca de dois anos de aumento da oferta, com consequente queda geral nos preços da carne bovina. Isso fez com que os rebanhos fossem reduzidos nos últimos meses - algo que, inevitavelmente, elevaria os preços. O problema é que essa parte do ciclo “casou” com uma seca recorde - algo que, por sua vez, prejudicou os pastos e, por consequência, os rebanhos. A oferta, já reduzida devido aos preços baixos, ficou ainda mais prejudicada devido às condições climáticas adversas. A soma desses dois fatores tornou o problema do preço da carne ainda mais sério.
Só que esses dois efeitos estão longe de ser os piores da lista – porque, afinal de contas, estamos vivendo mais uma Era Lula. O atual desgoverno detém, por completo, a responsabilidade pelo pior dos fatores: a brutal alta do dólar frente ao real em 2024. Na verdade, a moeda brasileira já se desvalorizou quase 20% em relação ao dólar neste ano, sendo a 7ª pior moeda mundial nesse quesito, perdendo apenas para a Argentina e alguns países africanos.
Ok: mas o que isso tem a ver com o preço da carne? Afinal de contas, o Brasil não é importador de boi, mas sim exportador! Bem, é justamente aí que mora o problema: com o real cada vez mais desvalorizado, fica mais fácil para os gringos acessar os produtos brasileiros - inclusive a carne bovina. E é exatamente isso o que temos visto, nos últimos meses: a demanda externa pela carne brasileira cresceu de forma considerável. O brasileiro está, basicamente, competindo com o gringo pela mesma carne.
Aí, o que já estava ruim, piorou de vez. O ciclo da pecuária e a seca reduziram fortemente os rebanhos brasileiros - ou seja, a oferta. Isso, por si só, aumentou os preços da carne por aqui. Só que, com a desvalorização do Real frente ao dólar, a carne brasileira, na verdade, ficou mais barata - não para os brasileiros, mas para os gringos. Ou seja: a demanda externa subiu - algo que também eleva os preços. Temos, aí, a tempestade perfeita: os brasileiros, cujo dinheiro vale cada vez menos, estão competindo pela carne brasileira que, para os estrangeiros, ficou muito mais barata.
O problema é que, conforme previsto pelo pessoal da XP, esse fenômeno não será algo passageiro - pelo menos, não nos próximos 12 meses. Aliás, o mercado financeiro, de forma quase unânime, tem cravado o palpite de que o dólar vai continuar se valorizando frente ao real, e de que a inflação vai continuar subindo, aqui no Brasil. Então, a tendência é que sim, os preços da carne bovina continuem subindo - atingindo os tais 16% projetados pela XP.
Mas, será que a coisa vai parar por aí? É claro que não! Afinal de contas, a sólida ciência econômica também nos ensina que as relações de oferta e demanda não moldam apenas os preços: elas moldam, também, as escolhas dos consumidores. De forma bastante simples, o que se vê, num cenário de aumento de preços de determinado item, é a substituição desse item por outro que seja, de alguma forma, semelhante, mas que tenha um preço mais acessível.
É por isso que, sem dúvidas, veremos o preço de outras fontes de proteína também subirem, porque sua demanda vai aumentar. Como a carne de boi está se tornando proibitiva para a maioria da população brasileira, o cidadão tende a trocá-la por, talvez, carne de porco ou de frango, geralmente mais baratas. Mas, como a produção desses itens não aumentou, essa transferência de demanda da carne bovina para as opções suínas e aviárias levará a um aumento de preços também nesses itens. 
E, quando o pobre deixar a carne de vez para ir para os ovos ou para a soja - bem, você também já sabe o que vai acontecer com os preços desses itens. E quer ver como isso ainda vai piorar? Pois se lembre de que, com o Real desvalorizado, não apenas a carne bovina ficou mais barata para o gringo: qualquer outra coisa produzida no Brasil se tornou mais acessível para os estrangeiros. O brasileiro também vai competir com o chinês e o americano por itens substitutos ao acém e à costela com osso. Porque a picanha - bem, essa nunca deu as caras na mesa do brasileiro pobre mesmo!
A verdade é que esse papo de carne de qualidade barata e acessível para todos não passa de demagogia política - é a reciclagem do “público, gratuito e de qualidade”, que nunca existiu, e nunca existirá. A carne é um bem como qualquer outro, comercializado no mercado e que, portanto, sempre estará sujeita às leis da economia. Seu preço poderá oscilar para cima ou para baixo, com maior ou menor intensidade. E os fatores que levam a esse cenário são tantos, e tão variados, que político algum - ainda que quisesse, o que, definitivamente, não é o caso do Lula - seria capaz de controlar.
Por outro lado, a solução para os altos preços reside justamente no mercado. Na verdade, o caminho para os preços baixos são mesmo os preços altos - uma vez que estes incentivam o aumento da produção e a entrada de novos players no mercado, elevando a oferta e reduzindo os preços, no médio prazo. Isso, é claro, se o estado não tentar interferir, no melhor estilo José Sarney. Ou, pior ainda: se o estado não destruir a moeda brasileira completamente, arruinando as finanças dos mais pobres - exatamente o que os senhores Lula e Haddad parecem dispostos a fazer.

Referências:

https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/post/2024/11/carnes-podem-subir-161percent-no-ano-que-vem-veja-o-que-vai-acontecer-com-alimentos-da-sua-mesa.ghtml

https://www.poder360.com.br/poder-economia/real-e-a-7a-moeda-que-mais-se-desvalorizou-no-mundo-em-2024/

https://revistaoeste.com/economia/preco-da-carne-dispara-e-puxa-inflacao-de-alimentos/

https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/como-funciona-o-ciclo-pecuario-que-explica-gangorra-nos-precos-da-carne/