Enquanto Israel combate o terror do Hamas, civis pagam o preço de uma guerra imposta por extremistas.
Os Médicos Sem Fronteiras divulgaram um relatório devastador sobre a situação em Gaza, denunciando o que chamam de “massacre orquestrado” nos pontos de distribuição de alimentos. Entre 7 de junho e 24 de julho, foram atendidas 1.380 vítimas da guerra, incluindo 71 crianças feridas por balas, em clínicas próximas aos locais administrados pela Fundação Humanitária de Gaza. O documento pinta um quadro terrível de sofrimento humano na região, mas comete um erro fundamental ao ignorar o contexto que tornou essa tragédia inevitável: a estratégia deliberada do Hamas de usar civis palestinos como escudos humanos em sua guerra genocida contra o povo de Israel.
Não podemos analisar a situação em Gaza sem entender que Israel não escolheu essa guerra, mas foi forçado a entrar nela pelo ataque terrorista mais brutal da história moderna em 7 de outubro de 2023. Mais de 1.200 cidadãos israelenses foram massacrados, mulheres foram abusadas sistematicamente, bebês foram brutalmente assassinados e famílias inteiras foram queimadas vivas. O Hamas não somente cometeu esses crimes hediondos, mas também continua mantendo mais de 50 reféns israelenses em cativeiro, dentre os quais há crianças e idosos. Israel tem o direito fundamental de se defender e de proteger seus cidadãos. Qualquer país do mundo faria o mesmo se enfrentasse uma ameaça terrorista dessa magnitude. A tragédia é que o Hamas deliberadamente opera a partir de hospitais, escolas, mesquitas e áreas residenciais em Gaza, transformando civis palestinos em verdadeiros escudos humanos. Essa é uma estratégia calculada para maximizar baixas civis e gerar propaganda internacional contra Israel.
O relatório dos Médicos Sem Fronteiras, embora bem-intencionado em sua preocupação humanitária, é falho ao não reconhecer essa realidade fundamental. Quando terroristas se escondem entre os civis e usam infraestrutura civil para armazenar suas armas e lançar seus ataques, qualquer resposta militar inevitavelmente resultará em tragédias. A responsabilidade por essas mortes recai sobre quem escolheu usar civis como escudos, não sobre quem está apenas se defendendo. Israel tem feito esforços extraordinários para minimizar as baixas civis, incluindo avisos antecipados de ataques, corredores humanitários e pausas operacionais para permitir a distribuição de ajuda. Poucos exércitos na história tomaram tantas precauções para proteger civis inimigos durante operações militares. Mas quando o Hamas deliberadamente coloca lançadores de foguetes em hospitais e túneis de comando sob escolas, não há como evitar completamente o sofrimento civil.
A tragédia em Gaza representa um dos exemplos mais claros de como grupos terroristas causam sofrimento massivo ao usar táticas que violam todas as leis internacionais de guerra. O Hamas não somente comete crimes contra israelenses, mas também contra seu próprio povo ao transformá-los em escudos humanos. Essa estratégia cínica causa danos profundos que vão muito além das baixas imediatas. Há o trauma psicológico devastador infligido às crianças palestinas. Crescer em um ambiente onde terroristas usam sua escola como depósito de armas e sua casa como base de operações cria uma geração inteira traumatizada. Essas crianças são duplamente vitimizadas, seja pelo Hamas, que as coloca em perigo, seja pela guerra que inevitavelmente resulta dessa estratégia.
O uso de escudos humanos também perpetua o ciclo de violência ao garantir que qualquer resposta de Israel, se converta em imagens chocantes que podem ser usadas para propaganda. O Hamas sabe que cada civil morto acaba se tornando uma ferramenta de relações-públicas contra Israel. É uma estratégia diabólica que transforma o sofrimento humano em capital político. A comunidade internacional, incluindo organizações como os Médicos Sem Fronteiras, inadvertidamente contribui para o sucesso dessa estratégia, ao focar exclusivamente nas consequências da resposta israelense sem abordar adequadamente as causas. Isso incentiva o Hamas a continuar usando táticas que garantem máximo sofrimento civil, sabendo que Israel será culpado pelas consequências.
Há também o dano econômico massivo causado pela estratégia do Hamas. Gaza poderia ter se tornado uma próspera zona econômica, aproveitando sua localização estratégica e a disposição israelense de cooperar economicamente. Mas o Hamas escolheu investir bilhões de dólares em túneis terroristas e foguetes em vez de hospitais e escolas. Cada dólar gasto em terrorismo é um dólar roubado do desenvolvimento palestino. A estratégia de escudos humanos também corrompe instituições civis palestinas. Quando o Hamas opera a partir de hospitais, esses locais perdem sua neutralidade e se tornam alvos militares. Isso destrói a confiança na infraestrutura civil e impossibilita manter serviços básicos durante conflitos.
Do ponto de vista libertário, a situação em Gaza ilustra perfeitamente por que o direito à autodefesa é fundamental e inalienável. Israel, como qualquer nação livre, tem não somente o direito, mas a obrigação moral de se proteger contra ataques terroristas. O princípio da não-agressão, central ao pensamento libertário, foi brutalmente violado pelo Hamas em 7 de outubro, justificando plenamente a resposta israelense. O libertarianismo reconhece que a responsabilidade moral por violência recai sobre quem a inicia, não sobre quem responde em legítima defesa. Quando o Hamas escolheu massacrar civis israelenses e usar palestinos como escudos humanos, assumiu total responsabilidade pelas consequências. Culpar Israel por defender-se é como culpar uma vítima de estupro por resistir ao agressor.
A perspectiva libertária também enfatiza a importância da responsabilidade individual e institucional. Sabemos que o correto seria a ausência completa de todo o tipo de estado, mas nesse caso, a entidade terrorista é pior que um governo estatal, pois além de achar que tem direitos sobre seus cidadãos, ainda acredita que pessoas pacíficas são inimigas e devam ser exterminadas. Por isso, o Hamas, como organização terrorista, deve ser responsabilizado por suas ações. Isso inclui não somente os ataques diretos contra Israel, mas também o uso deliberado de civis palestinos como escudos humanos. Qualquer análise que ignore essa responsabilidade fundamental está moralmente falida.
A solução libertária para Gaza não passa por pressionar Israel a aceitar ataques terroristas, mas por eliminar a capacidade do Hamas de cometer violência. Isso significa desmilitarização total de Gaza, remoção de todas as armas e infraestrutura terrorista, e estabelecimento de um governo civil que renuncie à violência. O libertarianismo também reconhece que a paz verdadeira só é possível quando ambos os lados respeitam os direitos fundamentais do outro. Israel já demonstrou sua disposição para a paz mediante retiradas unilaterais de Gaza e ofertas generosas de acordos de paz. O Hamas, por outro lado, tem em sua carta fundacional o objetivo explícito de destruir Israel e matar todos os judeus. Não há equivalência moral entre essas posições.
A perspectiva libertária sobre ajuda humanitária também é relevante aqui. Embora seja louvável que organizações queiram ajudar civis palestinos, essa ajuda não pode ser usada para perpetuar o conflito ou proteger terroristas. Qualquer ajuda humanitária deve ser condicionada à desmilitarização dos bandidos e ao fim do uso de escudos humanos. Por fim, o libertarianismo reconhece que a liberdade individual só é possível em sociedades que rejeitam a violência como meio de resolver disputas. O Hamas representa tudo que o libertarianismo rejeita: autoritarismo, violência contra inocentes, uso da força para impor ideologia. Israel, apesar de suas muitas imperfeições, é superior ao Hamas em valores fundamentais: direitos individuais, economia de mercado e pluralismo religioso.
A tragédia em Gaza só terminará quando o Hamas for completamente derrotado e substituído por uma liderança que aceite a coexistência pacífica. Até lá, Israel tem não somente o direito, mas a obrigação moral de continuar se defendendo, independentemente das críticas de organizações que falham em entender a realidade fundamental do conflito.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2025-08/massacre-orquestrado-denuncia-medicos-sem-fronteira-sobre-aza
https://www.msf.org.br/noticias/gaza-msf-pede-fim-de-esquema-letal-e-desumano-de-entrega-de-alimentos-bancado-por-eua-e-israel/
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2025/08/palestinos-foram-abatidos-como-se-fossem-animais-em-centros-de-distribuicao-de-ajuda-diz-relatorio-da-msf.shtml