O governo Chinês diz agir em nome da segurança do povo Chinês, mas todos nós sabemos o que isso, realmente, significa: mais controle estatal na vida do indivíduo.
Não é de hoje que o estado Chinês aumenta seu tamanho para intensificar a repressão contra o povo Chinês. Exemplos claros como a política do filho único, o sistema de créditos sociais e diversas outras políticas implementadas pelo Partido Comunista tem o objetivo de crescer o estado cada vez mais, não se importando com a lógica ou a ética.
Apesar de ter se reformulado após Mao Tsé-Tung morrer, continua sendo o mesmo partido, com as mesmas intenções de se manter no poder por tempo indeterminado. Isto entra em conflito com o desejo da população, que é mais liberdade de se expressar e viver.
Antigamente, quando não havia a descentralização da informação, era muito fácil para o partido controlar a opinião popular através do controle da mídia, censura e repressão a elementos de mídia que não concordavam com as diretrizes impostas à sociedade Chinesa.
A China se encontra em um momento de crise, que está ficando cada vez mais aparente à população, sendo este o motivo de fechar o cerco cada vez mais à liberdade, tanto do povo quanto do setor privado no geral. A grande verdade, porém, é dura e é algo que o próprio Partido Comunista ainda não percebeu.
Historicamente falando, a informação e conhecimento foram sempre muito escassos e disponíveis em locais onde havia concentração de poder. Isto levava o estado a ser o meio onde as decisões eram tomadas. Por exemplo, os reis eram ensinados, desde sua infância, aos valores corretos e educação de qualidade para reinarem de forma sábia. Apesar de nunca deixar de ter a natureza de um estado, tal sistema perdurou por muito tempo.
Porém, a informação descentralizada e distribuída quebra este paradigma ao dar acesso a qualquer fato ou conhecimento de qualquer parte do mundo. Tal desenvolvimento também permite com que as pessoas possam divulgar livremente suas ideias e pensamentos, mesmo com que elas estejam indo contra as leis arbitrárias estatais, que são nada mais do que papéis rabiscados por políticos.
O que estamos vendo é o lento colapso de um sistema que se provou falho, não apenas o planejamento central à moda Chinesa, mas o estado como um todo, pois a internet, que serve como um remédio contra a falta de conhecimento do povo, é um veneno letal a qualquer estado.
Como no Brasil, onde o Gilmar Mendes afirma que a tecnologia é uma ameaça ao estado, o Partido Comunista tem a mesma ideia de aumentar cada vez mais a censura e repressão contra sua população. Aplicativos como o Telegram e o WhatsApp de fato vão fazer falta ao Chinês comum por serem importantes para a comunicação eficiente, mas não ajudam o estado de forma efetiva, pois sempre há maneiras de burlar as leis do estado.
Neste caso, é possível o uso de uma VPN, por exemplo, mas também o uso da Deep Web ou a criação de novos apps de mensagens. No fim, sempre há uma maneira de burlar uma lei estatal, coisa que os poderosos fazem de forma frequente por serem amigos do rei, e isto não é de hoje, pois sempre houve corrupção no estado de forma a permitir com que certos atores no cenário político possam ter carta-branca para fazer o que bem entenderem a seu bel prazer.
O desaparecimento do estado sempre foi inevitável devido à tendência do progresso tecnológico, com máquinas fazendo o serviço de forma mais eficiente que seres humanos, por exemplo. Neste caso, a informação que antes era apenas passada ao povo pela mídia tradicional passa agora a ser papel da internet. Engana-se também quem pensa que isto é importante para garantir a segurança do povo Chinês. Pelo contrário, o estado não representa os interesses de nenhum Chinês, a não ser aos burocratas do partido e aos entes privados alinhados a seus interesses.
O estado nada mais é que uma abstração que não existe, pois não há um ser físico chamado China, e sim uma hierarquia de funcionários públicos e políticos que dedicam todo o seu tempo a fazer coisas inúteis e roubar a população local. O motivo da censura agora é claro para o espectador: impedir o povo de perceber a verdade de que o estado é um ente parasitário que só serve para sugar toda a riqueza gerada por eles.
Todos que perceberem isso automaticamente se tornam ameaça ao estado, pois não mais concordam em seguir as arbitrariedades desta entidade, cuja própria essência é a agressão. Segundo a ética libertária, a única agressão permitida é a legítima defesa devido ao princípio da não-agressão. Isto significa que você não pode usar de violência a não ser para evitar ser agredido. Isto é uma ética absoluta, pois é a única verdadeira, e é o oposto da natureza do estado, pois ele é o agressor principal.
A única forma do estado sobreviver é forçando a sociedade a pagar impostos. Um ladrão comum, pelo menos, te agride sem usar discursos mentirosos, ao contrário do estado, que diz que este é o preço que se paga por viver em sociedade, novamente mentindo como se o estado fizesse parte da sociedade. Os que não percebem isto vivem em uma síndrome de Estocolmo, defendendo seu agressor de forma ininterrupta e criando teorias para defender seus argumentos.
A grande verdade, porém, é mais profunda, pois o estado não existiu sempre. Em uma época distante, o ser humano vivia sem estado, e ele surgiu por meio de coerções de certos atores violentos em suas sociedades locais, expandindo até se tornarem grandes o suficiente em sua região, como o Egito Antigo ou Roma, por exemplo.
A ética do estado é errada, pois pune quem faz agressões ao mesmo tempo que agride toda a população, e isto dá legitimidade à agressão, pois cria um paradoxo de dois pesos e duas medidas. Ao proibir a agressão cometida por indivíduos, mas legitimando a agressão feita pelo estado, se cria um paradoxo onde no final qualquer agressão é permitida. Isto é um problema vivenciado não apenas aqui, mas em outros lugares onde o povo tem acesso a cada vez mais informações sobre a real natureza do estado.
Esta medida só vai servir para evidenciar cada vez mais que o governo Chinês, assim como qualquer estado que já existiu, nunca teve, tem ou terá os interesses da população como seus. Apesar de serem naturalmente mais voltados ao trabalho e à comunidade no geral, o cidadão Chinês irá sempre sofrer até que a entidade parasitária comunista desapareça, pois o estado não é natural, e a tendência é o seu desaparecimento ao longo do tempo.
Outra tendência é a de o ser humano sempre querer ser livre para escolher o que quer e não se prender a dogmas impostos por terceiros, como falácias de apelo à autoridade, por exemplo. Por sermos racionais e querermos nosso próprio bem, quando o indivíduo percebe que suas necessidades não estão satisfeitas pela entidade que supostamente deveria servir-lhe e, ao contrário, ela está se servindo dele, começa a questionar e criticar. Isto automaticamente leva o estado a censurar o povo, especialmente se o país em questão for uma ditadura comunista, como no caso da China.
Por fim, a única solução para os problemas humanos e para vivermos de forma pacífica é a sociedade de leis privadas por meio do PNA e de todos os axiomas derivados desta pedra angular do libertarianismo. Ainda que demore, o estado irá, um dia, desaparecer e ficar nos livros de história libertários como um grande erro que não deve ser nunca mais repetido.
https://www.tudocelular.com/seguranca/noticias/n220326/apple-remove-whatsapp-telegram-signal-china.html
https://ajn1.com.br/mundo/china-determina-remocao-de-whatsapp-e-threads-de-sua-loja-de-aplicativos/