Alunos brasileiros não sabem o BÁSICO de Matemática

Realmente, a fórmula de Bhaskara não serve para nada mesmo!

Recentemente, os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o PISA 2022, revelaram um cenário preocupante: 73% dos estudantes brasileiros estão abaixo do nível básico em matemática. Essa estatística alarmante nos convida a refletir profundamente sobre os desafios educacionais no Brasil pós-PISA 2022, e questionar as abordagens atuais.


O contraste dos resultados brasileiros com os dos países membros da OCDE nos fornece uma perspectiva valiosa. Enquanto a média da OCDE em matemática foi de 479 pontos, o Brasil alcançou apenas 379, colocando-nos em uma posição desafiadora no cenário educacional global. Essa diferença não apenas destaca o impacto da centralização no desempenho educacional, mas também levanta questões críticas sobre as abordagens pedagógicas e as políticas educacionais vigentes no país. É um convite à reflexão sobre como as estruturas centralizadas e burocráticas podem estar limitando nosso potencial educacional, já que cada aluno tem necessidades talentos diferentes.


Além disso, ao observarmos as áreas de leitura e ciências, embora as diferenças sejam menos acentuadas em comparação com matemática, ainda assim, percebemos uma tendência preocupante de resultados abaixo do básico de conhecimento. Esses resultados nos levam a questionar: quais são as limitações do nosso sistema educacional atual? Como podemos utilizar a inovação pedagógica e a autonomia escolar para não apenas enfrentar, mas superar esses desafios?


A liberdade de escolha na educação não é apenas sobre oferecer opções, mas sobre capacitar estudantes, pais e educadores a buscar e criar ambientes de aprendizado que melhor atendam às suas necessidades individuais. Esta liberdade, quando combinada com a competitividade educacional saudável, tem o potencial de impulsionar a inovação e elevar os padrões de qualidade, levando a melhores resultados de aprendizagem.


Uma alternativa educacional ao sistema vigente é o homeschooling, ou ensino domiciliar, que tem ganhado reconhecimento global como uma forma válida e eficaz de educação. Essa modalidade permite uma abordagem mais personalizada e adaptada às necessidades individuais de cada criança e adolescente. O ensino domiciliar oferece aos pais a oportunidade de estar diretamente envolvidos no processo educacional de seus filhos, promovendo um ambiente de aprendizado mais flexível e muitas vezes mais alinhado com os interesses e ritmos de aprendizagem das crianças. Aqueles que decidiram adotar essa modalidade de ensino conseguem proporcionar muitas vezes um ambiente mais seguro e acolhedor, atendendo a necessidades que as escolhas falham, e sem a típica doutrinação estatal.

No entanto, no Brasil, o homeschooling ainda enfrenta grandes desafios legais e sociais, sendo frequentemente encarado com ceticismo e resistência, além da rejeição dos sindicatos da educação pública. A prática é muitas vezes vista como uma forma de evasão da educação formal e é praticamente criminalizada, devido à falta de uma legislação clara que regulamente esta modalidade de ensino. Essa postura reflete uma tensão entre a tradição do sistema educacional centralizado na burocracia do MEC, e a crescente demanda por abordagens educacionais alternativas. Infelizmente, a criminalização ou a falta de reconhecimento legal desse modelo limita as opções educacionais disponíveis para as famílias, restringindo assim a liberdade de escolha e a capacidade de buscar uma educação que melhor.

Sendo assim, resta a via da competitividade educacional, muitas vezes vista como um tabu, mas que deveria ser uma força positiva. Ela incentiva as escolas a se destacarem, a oferecerem programas e métodos de ensino inovadores, e a buscarem continuamente a excelência. Em um sistema onde a escolha é valorizada, as escolas são motivadas a adaptar-se às demandas e necessidades em constante evolução dos estudantes. Isto cria um cenário onde a qualidade educacional é impulsionada por uma busca contínua pela excelência e relevância no ensino.
Além disso, a autonomia escolar desempenha um papel crucial nesta equação.

Quando as escolas têm a liberdade de inovar e adaptar seus currículos e métodos de ensino, elas podem responder de forma mais eficaz às necessidades específicas de seus alunos. Isso não apenas melhora o desempenho acadêmico, mas também nutre habilidades cruciais para o século 21, como pensamento crítico, criatividade e adaptação às mudanças. A autonomia escolar, portanto, não é apenas sobre controle, mas sobre permitir que cada instituição de ensino seja um laboratório de aprendizagem, experimentação e crescimento.


A Suécia, reconhecida por seu sistema educacional inovador, oferece um exemplo notável de como a autonomia pode ser implementada na educação. Neste país nórdico, as escolas desfrutam de uma liberdade considerável no que diz respeito a currículos, métodos de ensino e gestão. O governo sueco fornece diretrizes gerais e financiamento, mas são as próprias escolas que decidem como atingir os objetivos educacionais. Esta abordagem resultou em uma variedade de escolas, cada uma adaptando seu ensino às necessidades específicas de seus alunos. Há escolas de música, matemática, artes e demais áreas. A autonomia escolar na Suécia é complementada por um sistema de "voucher" educacional, que permite aos pais escolherem a escola para seus filhos, incentivando assim a diversidade e a inovação no setor educacional.


Um componente chave dessas reformas é o uso da tecnologia para personalizar a educação. A tecnologia tem o poder de revolucionar a maneira como ensinamos e aprendemos, oferecendo ferramentas para um aprendizado mais adaptativo e individualizado. Na matemática, por exemplo, softwares e aplicativos podem ajudar a identificar as lacunas de conhecimento de cada aluno e fornecer recursos personalizados para atender às suas necessidades específicas. Isso representa uma mudança do modelo tradicional 'tamanho único' para um enfoque mais personalizado e eficaz.


Por isso, é essencial que consideremos o papel do empreendedorismo e da inovação no setor educacional. O incentivo à criação de novas soluções educacionais, seja por startups de tecnologia educacional ou de novos modelos pedagógicos, pode trazer uma nova vida ao sistema educacional brasileiro. Estas inovações, alimentadas pela criatividade e pelo desejo de atender às necessidades emergentes dos alunos, podem ser a chave para superar as barreiras atuais e abrir caminho para um futuro de sucesso educacional.


No entanto, é fato que o Brasil caminha no sentido contrário. Embora as reformas educacionais, como a do ensino médio e a expansão dos colégios públicos integrais tenham sido propostas com boas intenções, é crucial examinarmos seus impactos e limitações. A reforma do ensino médio, por exemplo, tem sido criticada por sua abordagem um tanto rígida e uniforme. Ela não é capaz de considerar a diversidade de interesses e necessidades dos estudantes, adotando um modelo que pode não se adequar a todos. Portanto, enquanto os burocratas do MEC insistirem em criar currículos rígidos e ignorarem as diferenças entre cada aluno, eles não estarão permitindo a adoção das melhores abordagens de ensino.


Além disso, a implementação dos colégios públicos integrais, embora visando melhorar a qualidade educacional, enfrenta desafios significativos. A extensão da jornada escolar, sem uma reestruturação adequada do currículo e dos métodos pedagógicos, pode resultar em uma experiência educacional exaustiva e pouco estimulante para os alunos. Isso destaca a necessidade de uma abordagem mais flexível e adaptativa na educação; uma que realmente atenda às diversas realidades dos estudantes brasileiros e não apenas prolongue o tempo passado em sala de aula. Além disso, cabe mencionar que a educação precisa ser algo voluntário, do total interesse do aluno, então não adianta o governo insistir num sistema compulsório e achar que está melhorando algo. O ser humano só aprende algo de fato quando ele desenvolve uma curiosidade genuína num determinado assunto, e esse modelo de martelar informação na cabeça dos alunos, infelizmente, tem sido uma verdadeira tortura.


Em suma, a jornada através da educação brasileira e sua interseção com as ideias de liberdade de escolha, competitividade educacional e reformas baseadas no mercado revela um cenário complexo. Os desafios apresentados pelos resultados do PISA 2022, juntamente com as críticas às reformas do ensino médio e aos colégios públicos integrais, nos levam a uma reflexão profunda sobre o futuro da educação no Brasil. É claro que soluções inovadoras, descentralizadas e personalizadas são cruciais para abordar as lacunas em nosso sistema educacional e garantir que a educação no Brasil seja eficaz e adaptada às necessidades dos alunos. E isso só é alcançado através do livre mercado; por meio dele surgem os serviços inovadores que refletem as demandas das pessoas e do mercado de trabalho.


Portanto, enquanto olhamos para o futuro, é essencial que continuemos a explorar e implementar abordagens que valorizem a autonomia escolar, a constante inovação e a redução da participação do governo. Certamente, os alunos teriam um desempenho melhor do que esse apresentado no PISA-2022 – pois, claro, é praticamente impossível ter um desempenho pior do que esse com tanto dinheiro investido. Viva ao sistema público, gratuito e de qualidade.

Se quiser saber mais sobre o problema do controle do estado sobre o setor educacional, deixamos como recomendação os vídeos: “A falência da EDUCAÇÃO PÚBLICA brasileira” e “A educação estatal funciona perfeitamente”, links disponíveis na descrição.

Referências:

https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/2023/12/6665288-pisa-73-dos-estudantes-brasileiros-estao-abaixo-do-nivel-em-matematica.html

Visão Libertária - A educação estatal funciona perfeitamente:
https://youtu.be/bwy7ptt157Q

Visão Libertária - A falência da EDUCAÇÃO PÚBLICA brasileira:
https://youtu.be/Ua1FjI24VLU