Preço dos combustíveis em CUBA vai subir 500%: esse é o preço do COMUNISMO

Tendo que lidar com as inevitáveis consequências econômicas de seus atos, o governo comunista cubano vai reajustar o preço dos combustíveis em inacreditáveis 500%.

A situação econômica e social está realmente feia em Cuba, o feudo particular da família Castro - mas a coisa, como bem sabemos, sempre pode piorar. O governo ditatorial da ilha-prisão afirmou que, a partir do dia 1º de fevereiro, o preço de todos os combustíveis terá um reajuste de 500% - e isso para todos os habitantes da ilha. De forma geral, essa é uma das várias medidas anunciadas como presente de Ano Novo para os cubanos por parte do governo comunista, no dia 09 de janeiro. A intenção dos burocratas cubanos é evitar o colapso total da economia da ilha, por conta da escassez generalizada de inúmeros itens básicos - como os combustíveis.

Só que a coisa não para por aí: outros preços, antes represados, também serão reajustados - como o da energia elétrica, que vai subir pelo menos 25%, e o do gás liquefeito, o GLP, que será reajustado em 1º de março. Segundo o Ministro das Finanças do país, Vladimir Regueiro, essas medidas visam corrigir um “grupo de distorções presentes na economia”. A verdade é que os preços praticados em Cuba são, na sua quase totalidade, maquiados pelos incontáveis subsídios concedidos pelo governo. Só que, ao que tudo indica, os recursos disponíveis finalmente chegaram à sua exaustão.

De acordo com dados oficiais do governo cubano, a economia do país despencou 2% em 2023 - o que implica dizer que, certamente, o número é ainda pior. Já a inflação, também de acordo com os números do governo, ultrapassou os 30% - e, bem, eu nem preciso questionar a veracidade desses dados. Como sempre acontece nesses casos, o governo cubano afirmou que a culpa dessa situação é do embargo americano, da inflação global, e dos impactos da crise sanitária no turismo. Mas o “mea culpa", ou melhor o "mea máxima culpa” continua passando longe dessa turma.

É certo que esse reajuste de 500% representa um número que assusta - precisamos assumir isso. Porém, é importante lembrar que percentuais sempre podem nos enganar. Portanto, vamos falar sobre os preços em si. Atualmente, o litro da gasolina na ilha-prisão custa 25 pesos cubanos (pouco mais de R$ 1, na cotação atual). Com esse novo reajuste, o preço vai subir para 132 pesos, o equivalente a R$ 5,37. A título de comparação: aqui, no Brasil, o preço médio da gasolina, no começo de 2024, estava em R$ 5,77. Então, a situação cubana não parece ser tão ruim assim. Só que, em se tratando de socialismo, o buraco é sempre mais embaixo.

Precisamos olhar a coisa pelo prisma correto - o do poder aquisitivo. Acontece que um assalariado cubano, vinculado ao governo, costuma ter uma renda mensal na faixa dos 3 mil pesos cubanos (o que equivale a míseros R$ 122). Já os aposentados recebem ainda menos do que isso - valores que giram ao redor dos 1.300 pesos, ou pouco mais de R$ 50. Ou seja, os novos preços dos combustíveis se tornarão proibitivos para a maioria da população da ilha.

Por isso, vai ser cada vez mais difícil, para o cubano médio, abastecer o seu Lada - ou qualquer carroça semelhante a essa. É claro que isso se aplica, obviamente, aos poucos cubanos que possuem um carro. Afinal de contas, a frota de automóveis em Cuba é pífia: são meros 650 mil veículos, o que dá uma média de 27,5 pessoas por carro. Para efeito de comparação: no Brasil, essa média é de 4,4 pessoas.

Só que, desse total de 650 mil carros, cerca de 300 mil pertencem ao governo. Ou seja: o que está efetivamente nas mãos do povão, é só o restante da frota - composto, tipicamente, por verdadeiras sucatas. Grande parte dos carros ainda em circulação em Cuba são relíquias norte-americanas da década de 1950, adquiridas antes do golpe comunista. Essas quinquilharias dependem do talento dos mecânicos cubanos para funcionar. Já os automóveis mais novos, comprados após a chegada de Fidel Castro ao poder, são as típicas latas-velhas importadas da União Soviética - como os carros da citada Lada.

Mas, afinal de contas, o que levou Cuba a ter que fazer um reajuste tão grosseiro no preço de seus combustíveis? Bem, essa é a consequência de uma cascata de problemas que vêm se sobrepondo, uns aos outros, nos últimos anos. O mais recente deles, sem dúvidas, é o problema do fornecimento de combustíveis em si. Nós já falamos em detalhes sobre esse tema no vídeo: “CUBA passa por GRAVE ESCASSEZ de COMBUSTÍVEIS, e precisa recorrer à RÚSSIA” - link na descrição.

Porém, de forma geral, podemos resumir a situação constatando que Cuba, por óbvio, não produz petróleo suficiente para sua demanda - na verdade, o país precisa importar mais da metade de seu consumo da commodity. Contudo, é cada vez mais difícil achar quem venda petróleo para Cuba, sabendo que vai levar calote. A Venezuela, durante muito tempo, supriu essa necessidade. Contudo, o país de Nicolás Maduro também está quebrado, sendo incapaz, no momento, de fornecer petróleo em quantidades suficientes para Cuba. Aí, tem-se um inevitável cenário de escassez.

Chegamos, assim, a um segundo problema - que já tem mais de três décadas de idade. Estamos falando, é claro, do fim dos repasses feitos pela União Soviética, no início dos anos 1990. Na verdade, o governo comunista de Cuba só conseguiu se manter por tanto tempo justamente por conta desses repasses. Quando a torneira secou, ficou muito mais difícil seguir em frente, com um regime fadado ao fracasso. De lá para cá, portanto, o governo de Cuba só fez mascarar o inevitável problema, que uma hora iria explodir. Parece que, de fato, essa hora chegou.

Temos, então, o maior de todos os problemas de Cuba: o comunismo - sempre ele. A verdade é que essa nefasta ideologia sempre deixa um rastro de violência, miséria e destruição econômica, onde quer que se instaure. Com Cuba, obviamente, a coisa não seria diferente. O comunismo foi capaz de transformar uma promissora ilha caribenha, com um alto potencial turístico, num país miserável e atrasado no tempo. Os prédios decadentes e os precários automóveis da década de 1950 são um verdadeiro monumento a essa tragédia comunista.

Ainda assim, todas as fartas provas que existem a esse respeito, o governo cubano e a grande mídia vão continuar culpando, como sempre, o embargo norte-americano. Essa é uma lorota mais do que conhecida, e que já foi desmentida em nosso vídeo: “As verdades não contadas sobre o embargo cubano” - link na descrição. Não: a culpa da tragédia cubana não está nos fatores externos. Os grandes erros econômicos, cometidos pelos governantes comunistas da ilha, são a real causa da atual situação trágica vivida pelo sofrido povo cubano.

As décadas de subsídios estatais, utilizados para mascarar a escalada dos preços no país, agora chegaram ao seu inevitável fim. Javier Milei tem feito isso na Argentina, recentemente, pelos mesmos motivos - e todos nós temos acompanhado o desenrolar dessa história. Mas ambos os casos são bastante diferentes: afinal de contas, estamos falando de um presidente libertário, contra um governo comunista atrasado no tempo. Depois de um período de purificação, a Argentina tende a se erguer, do ponto de vista econômico. Não é possível, contudo, afirmar o mesmo a respeito de Cuba.

A grande diferença reside, justamente, na ideologia dos dois governos. No caso cubano, a expectativa é de que o governo comunista continue cometendo os mesmos erros de sempre, agravando a pobreza e a dependência de seu povo. O que levou o país ao atual cenário foi o fechamento da economia, acompanhado de um rígido controle dos preços. Onde quer que essa tendência econômica seja levada a cabo, sempre teremos, como resultado, uma profunda escassez de bens e serviços. E é justamente isso que temos visto acontecer em Cuba, com uma notável escassez de itens como energia elétrica, medicamentos e, agora, combustíveis.

Agora, o governo cubano está tentando conseguir uma sobrevida, por meio do corte de subsídios. É comum vermos governos comunistas agindo dessa forma, renunciando a suas ideologias políticas para manter seu próprio poder. Temos acompanhado algo semelhante acontecendo na Venezuela, com o governo de Nicolás Maduro aceitando a circulação livre de dólares no país. Isso, contudo, não vai resolver o problema de forma definitiva.

A verdade é que, no caso de Cuba, o colapso é praticamente inevitável. Em algum momento, num futuro não tão distante, veremos isso acontecer diante de nossos olhos. Acontece que a economia é implacável: não há distorção econômica que não termine por cobrar o seu preço, mais cedo ou mais tarde. E, quanto maior for a intervenção estatal, maior é a distorção causada. Nesse cenário, a correção econômica tende a ser mais drástica e sofrida para o povo. Em muitos casos, o baque que se segue a essa recuperação termina por ser irrecuperável. Infelizmente, esse parece ser o destino de Cuba, caso os comunistas continuem governando a ilha-prisão, com mãos de ferro - disso todos nós sabemos. A única coisa que resta saber é: quando isso finalmente acontecer, em quem a grande mídia vai colocar a culpa pela tragédia?

Referências:

https://www.poder360.com.br/economia/gasolina-comeca-o-ano-035-mais-barata-etanol-recua-243/

https://via3.com.br/o-que-acontecera-com-o-mercado-automotivo-de-cuba/

https://autopapo.uol.com.br/noticia/fomos-para-cuba/

“CUBA passa por GRAVE ESCASSEZ de COMBUSTÍVEIS, e precisa recorrer à RÚSSIA”:
https://www.youtube.com/watch?v=qpaMJmaZ9oE&pp=ygUXdmlzw6NvIGxpYmVydMOhcmlhIGN1YmE%3D

“As verdades não contadas sobre o embargo cubano”:
https://www.youtube.com/watch?v=jwfqtd6iDY8&t=514s&pp=ygUXdmlzw6NvIGxpYmVydMOhcmlhIGN1YmE%3D