POBRE NÃO COME GELADEIRA!

Sim, é o que você imaginou, o governo precisa de dinheiro e a sua geladeira é a próxima vítima!

Imagine você, um cidadão mediano, que sai de casa para trabalhar um longo dia, deixa seu filho com sua vizinha e vai buscar como sustentar sua casa, com o seu suado salário mínimo. Imaginou? Pois bem, agora visualize seu carro parcelado quebrando na rodovia esburacada e você precisando chegar em casa logo, faz uma gambiarra para o carro aguentar até a garagem.

Mas então, ao pegar seu filho, percebe a geladeira descongelada e o motor do refrigerador quebrado. Então você tenta "ajeitar" a geladeira, mas, infelizmente, não tem conserto, é muito antiga. Pois é, parece específica demais essa história, mas é algo que a maioria dos brasileiros vivem, nem que seja uma vez na vida.

E isso é algo bem conhecido por muitos de nós, já que mais de 60% dos brasileiros vivem com um salário mínimo ou menos e quando um dia ruim vem, ele costuma vir com força no mais pobre. Então, poderia ser a geladeira, o micro-ondas, o celular, a televisão, algum eletrodoméstico que quebraria no pior momento.

É a Lei de Murphy, não basta ser brasileiro, precisamos lembrar da frase “se algo pode dar errado, vai dar errado e no pior momento possível”. Mas essa frase não é para deprimir, é para nos manter alerta. É sobre evitarmos o pior, ou minimizarmos os efeitos e é aí que entra a notícia alarmante do vídeo. Imagine que essa pessoa que juntou um "pé de meia" de 5 mil reais, descobre que vai ter que gastar tudo no conserto do carro? É algo bem caro, né?

Agora, não queira nem pensar o que aconteceria se a geladeira nova fosse cinco mil reais? Pois é, infelizmente, não é preciso imaginar, já é uma realidade próxima com a mudança na regulamentação da indústria por parte do governo do amor. Já não basta o mar de impostos, burocracias e reclamações, agora teremos mais uma.

Apenas para dar o contexto do porquê dessa notícia é tão surpreendente, , mesmo vindo do Nove Dedos, conforme o Estadão, em julho deste ano, era cogitado a redução de imposto nos eletrodomésticos do país. Seria engraçado, se não fosse trágico, especialistas esperavam uma eventual redução de impostos para itens da conhecida “linha branca”, como máquinas de lavar e a geladeira.

No dia doze do mês de julho, como quem ganhou as eleições do Bananil, disse, nas palavras dele:
— Falei para o Alckmin: que tal a gente fazer uma “aberturazinha” para a linha branca outra vez?”

E o Haddad ainda completou dizendo que teria, na época, um despacho com o Jumento de Nove Cascos e esse seria o tema. Supostamente eles iriam buscar um espaço fiscal para a redução. Mas, claramente, hoje, vemos que o governo realmente queria por o pobre na pauta, só que não para ajudar e sim para deixar o dinheiro do pobre escoar para o governo.

Agora não basta o menos favorecido receber o dinheiro cheio de desconto, agora a regulação no mercado aumentou. E a origem é obviamente política, com o ESG e coisas assim girando ao redor na COP28, que caso você queira ver a presepada do Lula, o link está aqui na descrição.

Com essas demandas e proposições esquisitas que ele fez, uma das consequências foi o que nos trouxe aqui: a nova regra de eficiência energética, que basicamente tira do pobre a possibilidade de comprar o eletrodoméstico. Há alguns lugares em que promoções poderiam ter geladeiras novas abaixo dos mil, porém, com as novas medidas, é provável que o mercado não veja mais como viável vender essas geladeiras baratas.

Barato é um exagero, se retirassem os impostos de cima, ficaria muito melhor a situação dos preços, mas como não vão fazer isso, será difícil ver futuramente geladeiras com valor menor que 5 mil reais à mostra. Quem apertou as exigências foi o Ministério de Minas e Energia, que nem você nem eu temos certeza de quanto tempo tem de existência, porque existe uma loucura em números de ministérios. O Ministério de Alexandre Silveira apertou, tanto para as geladeiras quanto para os congeladores vendidos no país.

A Eletros, associação nacional de fabricantes de produtos eletroeletrônicos, criticou o rigor das regras. O ponto principal, além do preço, é o prazo que é curto, ainda mais para uma medida que mexe tanto no bolso do menos favorecido. A associação precisou alegar o óbvio, com a nova regulação: a comercialização de produtos passará a ser predominantemente de geladeiras de alto padrão. E a depender da marca, mais de quatro a seis salários mínimos para os novos produtos de entrada das empresas.

Imagine o mais pobre ter que parcelar uma geladeira de mais de sete mil reais em um “carnêzinho gostoso” de uma dessas varejistas maiores. Agora, claro, também vamos deixar evidente aqui que a saída é o comércio de geladeiras semi-novas e também a importação direta de países como o Paraguai apenas para evitar esses muros da regulação. Já que a cada novo muro, o mercado cria uma nova escada, elevador ou guindaste.

Só para ter uma noção do tamanho da bagunça, os novos índices de eficiência vão eliminar mais de 80% dos refrigeradores vendidos atualmente no Brasil. É o reveillon do amor! Como a oferta e a demanda será muito alterada, talvez a medida seja revista, mas enquanto isso não acontecesse, a insegurança jurídica e econômica só aumenta. Os desinvestimentos e demissões podem ocorrer em cascata e isso não foi ativamente considerado, como analisa o diretor da Eletros, Renato Alves.

Com a resolução, a nova regra pensada já valeria a partir de primeiro de janeiro, uma minúscula margem de manobra, já que a comercialização do estoque do modelo entre muitas aspas “inadequado”, será permitido até o fim de 2024, apenas. Ou até 2025 para os atacadistas e varejistas. Mas claro, quem compraria um estoque que não poderia ser vendido, sem um ágio maior?

É uma distorção horrenda do mercado que estará completa em janeiro de 2028. É uma mudança de apenas 17% de eficiência, mas que vai atrapalhar mais de 60% da população. Logo, você não pode ter sua geladeira, pois os políticos querem ficar bem na foto na próxima COP.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o novo Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores tem por objetivo economizar eletricidade e na conta de luz. E isso é tão bom que eles fazem questão de forçar goela abaixo, aparentemente, na lógica estatal. Mas, antes que perguntem, sim, existe um programa de metas para refrigeradores e sim, eles precisam de alguma coisa para fazer.

Se alguém desse um papel de colorir para esses políticos, metade dessas medidas nem seriam pensadas. Voltando às promessas milagrosas, eles querem economizar menos de 6 milhões de toneladas de gás carbônico até 2030 e energia equivalente a um ano dos gastos da região Norte do Brasil. Eles estão usando a desculpa da onda de calor, queimadas e outros problemas desse ano, para forçar regras rígidas e ainda alegam que foi amplamente discutido. Sim, claro, foi amplamente discutido pelos parasitas estatais que vivem do roubo de impostos! Assim, qualquer um seria a favor dessas regras, não é mesmo? Portanto, é fácil concluir que, pelo visto, para a reunião deles, o pobre não foi bem-vindo. E podem esperar, parafraseando o presidente Lula: o grosso vai entrar em 2024!

Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=9chsOI0n-IM

https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2021/12/13/calculadora-de-renda-90-brasileiros-ganham-menos-de-r-35-mil-confira-sua-posicao-lista.htm

https://www.infomoney.com.br/consumo/depois-dos-carros-eletrodomesticos-podem-ter-reducao-de-impostos-no-pais/