Como todo falso deus que busca veneração, a democracia receberá um monumento em sua homenagem em Brasília. Mas qual vai ser o conteúdo desse museu?
Todos nós sabemos sobre os atos que aconteceram no dia 8 de janeiro do ano passado, onde manifestantes invadiram o congresso e acabaram por depredar uma grande quantidade do patrimônio público. Independentemente da falta de responsabilidade do Governo Federal e do Ministério da Defesa nessa história, é inegável que a grande mídia e o governo Lula usaram e abusaram desse evento para alardearem de que eram Bolsonaristas tentando dar um golpe de estado com apoio dos Militares.
As histórias são tantas que chegam a ser absurdas, com o próprio Alexandre de Moraes afirmando recentemente de que haveriam planos dos ditos "golpistas" para o prender, jugar e até o enforcar em praça pública. Porém, sem apresentar nomes ou provas de suas acusações, o que comprova o baixo nível de seriedade que temos na justiça brasileira.
E agora, um ano após o ocorrido, o governo atual planeja estender a narrativa da tal tentativa de golpe de Bolsonaro no dia 8 de janeiro até não poder mais. Para isso, foi confirmado agora um plano para criarem um "Museu da Democracia", com um terreno da união já sendo cedido para tal construção.
A obra que já tem orçamento maroto de 40 milhões de reais que serão retirados do seu bolso, pretende ser um lugar para "conscientizar o povo" sobre do suposto direito democrático que eles têm e sobre a importância de proteger esse deus fracassado, o Estado, como ironizado por Hans Hermann Hoppe em seu livro "Democracia: O Deus que falhou". Nós libertários não ficamos nem um pouco surpresos de imaginar que será somente uma propaganda barata da esquerda, afinal para eles, a democracia só é alcançada quando eles ganham o poder.
Mas dada toda a história do Brasil, podemos nos perguntar e imaginar: Quais serão as coisas que serão expostas nesse tal Museu da Democracia? Quando começou, no Brasil, essa tal de democracia e como ela é usada na narrativa do estado?
Quando o Brasil se tornou independente sob Dom Pedro I, foi proclamado como o "Império do Brasil", sendo mais uma monarquia constitucional por demanda das elites da época, mesmo concedendo diversos poderes abusivos ao próprio imperador.
Com o reinado de Dom Pedro II, a política se expandiu, embora ainda existisse o monarca, os deputados eram eleitos por voto popular, e isso tudo durou até o golpe da república em 15 de novembro de 1889, sendo feito pelos militares com o apoio das elites agrárias que estavam revoltadas com a monarquia após a abolição da escravatura. Os primeiros anos dessa nova república não foram democráticos e foram bastante bagunçados até ser escolhido o primeiro presidente democraticamente eleito do Brasil, Prudente de Morais, em 1° de março de 1894, o qual existe uma grande chance de você nunca ter ouvido falar durante a época da escola.
A partir daí e nas primeiras décadas de 1900, o Brasil seguiu uma república com uma democracia dominada pelas elites oligárquicas de São Paulo e Minas Gerais, formando o período conhecido como "república do café com leite", pelo café ser o maior produto de São Paulo e o de Minas Gerais ser o leite. As duas elites regionais faziam alianças e revezavam o poder entre os candidatos, bastante parecido com o que o PT queria fazer com o PSDB aqui no Brasil, no que ficou conhecido como “O Teatro das Tesouras”, que simulava uma falsa oposição.
Porém, perto de 1930, as duas elites se desentenderam e começaram a brigar entre si, com Minas Gerais apoiando um rio-grandense para a presidência, conhecido como Getúlio Vargas, o qual, mesmo após ter perdido a eleição, deu um golpe em 1930 e se tornou um ditador, governando por decretos. As elites até se arrependeram do erro e tentaram restaurar a ordem com a Revolução de 32, porém a elite mineira novamente traiu São Paulo e não se juntou à revolução, o que fez com que ela fracassasse.
Vargas havia se tornado um ditador em tudo, exceto em nome, até 1936, quando foi declarado oficialmente o "Estado Novo". E seguiu assim até 1945, quando o gordinho nanico deixou o poder, voltando ao poder alguns anos depois e prometendo consertar o Brasil, o qual havia governado por 15 anos e deixado o poder alguns anos antes, bem semelhante ao próprio Lula mesmo. Mas no final de seu mandato, com sua rejeição, Vargas ‘cancelou-se’.
Daí se segue os governos de Juscelino Kubitschek, João Goulart e Jango, os quais, no contexto da época com a Guerra Fria, criaram um medo nos militares sobre uma ameaça comunista no país, com eles tomando o poder e dissolvendo a assembleia em 1964, começando o período da Ditadura Militar no Brasil. Um período bastante violento e estatista.
Por fim, com a cultura militar tendo mudado ao longo do tempo e o povo reclamando pelas "Diretas Já!", João Figueiredo, o último presidente militar, começou por abrir as votações regionais, com as primeiras eleições presidenciais democráticas, após a ditadura, ocorrendo em 1985, com Tancredo Neves sendo eleito o primeiro presidente do novo regime democrático Brasileiro. Este que, por ironia do destino, nunca nem assumiu a presidência e morreu alvo de uma bala dentro de uma igreja. Um relato pessoal do autor desse conteúdo sobre esse evento: “o meu tio avô que era militar ligou para a família com medo, avisando para correrem ao mercado para estocar comida, pois o Presidente havia sido baleado e encerrou a ligação. Um pouco depois a TV da época anunciou somente que o presidente havia passado por complicações de órgãos e que estava internado no momento.”
Depois das coisas se normalizarem e passado um tempo, foi eleito Fernando Collor de Melo, tão famoso por seu péssimo governo, confiscando a poupança de milhares de brasileiros. Acabou sendo o primeiro presidente impichado da nova democracia.
A Partir daí, a história é muito mais familiar, Lula foi eleito em 2002, tivemos o boom das commodities, que o governo soube aproveitar bem como propaganda, os casos de corrupção apareceram e Dilma Rousseff (a mulher sapiens) foi a sucessora de Lula em 2012, sendo o segundo caso de impeachment da história, tudo isso em menos de 30 anos.
Após uma breve passagem do Conde Drácula, Bolsonaro foi eleito sob a incansável propaganda da esquerda de que ele queria dar um golpe militar, tivemos a pandemia e então Lula foi eleito em 2022, com Bolsonaro deixando o poder e ocorrendo enormes protestos feitos pela população na frente de quartéis para pedir socorro aos militares. Imaginando, de maneira ingênua, que eles estariam interessados em deter essa nova ameaça comunista, que a muito tempo cooptou todo aparato estatal e agora está fazendo a festa e estourando as despesas públicas com todos os luxos que a aristocracia pode ter.
Dado todo esse breve resumo da história recente do Brasil, o que tivemos de governos democráticos sem contar as oligarquias de café com leite? 37 anos? E isso sem nem pensar sob a atual aristocracia pública em que vivemos hoje! Ou como Javier Milei chama lá na Argentina, as "castas políticas".
Vendo tudo isso, podemos imaginar o que estará nesse museu da democracia. O Governo atual pode colocar estátuas heróicas, ao estilo soviético, em homenagem aos ‘todos poderosos do STF’ e seus membros por combaterem a tal ‘conspiração golpista no 8 de janeiro’. E também relembrar a tal crise democrática que dizem ter havido com um golpe na Dilma e a restauração da tal democracia com a volta de Lula ao poder. Ao afirmar que precisam reconstruir o Brasil que Bolsonaro destuiu e ter a pachorra de colocar o lema de seu governo como "União e Reconstrução", podemos enfim concluir que será só colocar uma lona, e esse museu virará um circo. Será que no museu veremos a foto do bolo fecal sobre a mesa do Xandão? Será que nesse museu veremos, finalmente, as imagens das câmeras de segurança que o Dino até agora não revelou?
Bem, não temos certeza ainda sobre o que será mostrado nesse museu, a única coisa que sabemos é que você e eu, somos os palhaços desse picadeiro, pagando a conta da farra do desgoverno Lula com nosso dinheiro.
https://www.riosdenoticias.com.br/em-brasilia-sera-construido-museu-da-democracia-com-investimento-de-r-40-milhoes/