Sophie Scholl e o grupo Rosa Branca: uma batalha pela verdade

Os verdadeiros heróis, aqueles que entregaram a vida por ideais elevados, não podem ser esquecidos! Seus atos de bravura precisam ser lembrados e servem de exemplo a todos nós. Sophie Scholl nos ensina que vale a pena morrer pela verdade.

Muitos corajosos de internet se acham o máximo, quando alardeiam combater ideologias nefastas como fascismo, nacional-socialismo ou comunismo, fazendo textão em suas redes sociais. Mas essas pobres almas carentes de atenção e de sentido em sua vida, se limitam a proferir falsas virtudes na rede. Nunca trocaram um galão de água, quem dirá atuar em efetivo contra a ditadura que nos sufoca agora mesmo no Brasil. Por isso, nada melhor do que falar sobre a história de uma brava e corajosa mulher que foi um ícone da resistência contra o Terceiro Reich, liderado pelo bigodinho mais famoso da atualidade, talvez o ditador mais detestado do século XX - aquele que não pode ser nem nomeado aqui no Youtube.
O fato é que em 9 de maio de 1921, nasce Sophie Scholl na cidade alemã de Forchtenberg, que fica no estado de Baden-Wurttemberg, sendo a quarta filha de Robert e Lina Scholl. Robert Scholl era prefeito da cidade, já sua mãe era enfermeira comunitária, mas que agora cuidava da família e da casa. Desde cedo, seus pais valorizaram a educação dos filhos e Lina Scholl educava seus filhos baseada em valores cristãos. No total eram seis filhos: Sophie, Hans, Inge, Elisabeth, Werner e Thilde.

Sophie, aos 16 anos de idade, teve seu primeiro amor, Fritz Hartnagel, que era um aspirante a oficial do exército, e quatro anos mais velho que ela. Sabe-se que a vasta correspondência entre o casal de namorados revela o desenvolvimento de Sophie como uma pessoa atenciosa, mas que queria ser levada a sério com suas dúvidas e sua busca pela verdade. Com o passar do tempo, Sophie passou a desconfiar da propaganda do regime, que aparentava ser muito benéfica ao povo alemão num primeiro momento. Ela logo sentiu o peso da restrição à liberdade intelectual naquela Alemanha sufocada pelo totalitarismo nacional-socialista que impedia a circulação de certas obras. Ela era uma pessoa com espírito criativo e explorador, alguém que não combina com o estilo de vida ditatorial e sem brilho. Sophie adorava a arte e a literatura e não via com bons olhos o entendimento restrito que os ditadores do Terceiro Reich tinham em relação à arte. 

À medida que as notícias sobre os horrores da guerra chegavam ao conhecimento de Sophie, ela ficava cada vez mais indignada com aquela triste realidade e os rumos que o governo tirânico da Alemanha tomava. Assim, escreveu em uma carta ao seu namorado, Fritz Hartnagel: “Não consigo entender por que as pessoas estão sendo constantemente colocadas em perigo de vida por outras pessoas. Não consigo entender e acho isso terrível. Não digas que é pela pátria”. 

Mais tarde, ao se formar no ensino médio daquela época, ela se formou como educadora no Ginásio de Ulm. E nesse momento, o militarismo e o rigor do regime iriam afetar a sua vida quando ela se viu forçada a cumprir um ano de serviço militar obrigatório, longe da família e dos amigos, o que gerou uma crise na jovem. No ano de 1942, ela foi estudar Filosofia e Biologia em Munique, criando boas conexões com os amigos de seu irmão Hans, que também morava na cidade de Munique naquela época. Apesar de Sophie gostar da vida de estudante, ela não estava conseguindo aproveitar aquele momento ao máximo, pois o clima de guerra e o sufocante regime do Terceiro Reich estavam deixando a garota estressada. A partir daí, surge a necessidade de ter que fazer algo contra a tirania de Adolf e seus lacaios.

Foi entre junho e julho de 1942 que Hans, irmão de Sophie, escreveu seus primeiros folhetos, fundando assim o grupo Rosa-Branca, junto com seu amigo Alexander Schmorell. Os textos conclamavam à resistência contra aquele império de mentiras e censura. Naquele momento, no auge da guerra e das atrocidades cometidas pelos seguidores do Fuhrer alemão, Sophie teve a certeza de que ela também se envolveria nos atos de resistência, pois o futuro de liberdade e justiça falavam mais alto em seu coração.

Usando um mimeógrafo, que era uma máquina comum e de baixo custo para produzir cópias sem necessidade de uma gráfica, espalharam panfletos com mensagens contra o Terceiro Reich. Incrível como esses jovens conseguiram produzir e distribuir vários panfletos. Não foi uma tarefa fácil conseguir essa máquina em plena ditadura, além dos materiais necessários para a impressão, já que esses produtos eram restritos pelas autoridades do governo. Especula-se que Hans e seu amigo Alexander Schmorell conseguiram essa máquina de forma clandestina. Alguns historiadores sugerem que eles compraram com alguém ou pegaram emprestada por meio de certos contatos que tinham na universidade, ou de algum conhecido que se opunha ao regime. Por ser estudante de medicina, Hans tinha acesso mais fácil a alguns materiais de escritório que eram muito usados na universidade, e talvez isso tenha viabilizado o projeto. Outra coisa que se sabe é que, apesar de que naquele regime ditatorial a busca por alta quantidade de papel e tinta era algo que levantaria suspeita, o fato de Hans e seus amigos serem universitários tornou essa busca menos estranha para as pessoas. Alexander, por ter boas condições financeiras, também ajudou na compra de insumos.

Enfim, os panfletos eram produzidos à noite, em locais discretos para não chamar a atenção de nenhum informante do regime ou de militares. Eles eram enviados por correio para acadêmicos, professores e intelectuais. Os membros do grupo Rosa Branca também gostavam de deixar esses folhetos em locais públicos como universidades e ruas movimentadas, para que as pessoas espalhassem a mensagem. Num regime totalitário, ainda mais num contexto de guerra de aniquilação, qualquer tipo de rebelião contra o governo era visto como traição ao povo e ao estado. Os membros da Rosa Branca sabiam que corriam risco de vida e que não podiam vacilar, mesmo assim, eles conseguiram distribuir vários panfletos e não desistiram de sua missão.

Foi em 18 de fevereiro de 1943, que os irmãos Hans e Sophie foram flagrados jogando panfletos no pátio da Universidade de Munique. Um homem que estava no local viu Sophie jogando os panfletos no andar de cima do pátio da Universidade de Munique, e denunciou os jovens para as autoridades. Eles foram levados pela polícia política, a Gestapo, para serem interrogados sobre suas atividades clandestinas, e foram forçados a delatar tudo o que sabiam. De qualquer forma, eles seriam condenados, pois essas atividades de oposição ao Terceiro Reich eram inaceitáveis, e os irmãos foram levados a julgamento no temido Tribunal do Povo. É claro que o Tribunal do Povo não era formado pelo povo, mas chama a atenção como esses psicopatas autoritários gostam de dar nome bonitos às suas perversões! Esse tribunal era presidido pelo infame inquisidor, o juiz Roland Freisler.

Fazendo um julgamento totalmente parcial e político, Freisler condenou os dois jovens à morte por guilhotina, e logo os outros membros do grupo Rosa Branca seriam capturados e julgados. A lei era determinada por Roland Freisler e ele estava a serviço dos criminosos do partidão. Parece até um seu juiz que conhecemos no Brasil, mas que não pode ser nomeado neste vídeo. Sabe né, esses juízes que fazem julgamento show, gravam videozinho em redes sociais, aparecem como denunciante, vítima, testemunha, investigador e juiz no mesmo processo? Isso sim é que é festa da democracia heim!

Durante o julgamento fake de Sophie Scholl pelo Tribunal do Povo, ela teria dito na cara do tirano: “O que nós escrevemos e dissemos, muitos pensam. Eles só não têm a coragem de expressar isso como nós fizemos”. Mesmo diante da morte, ela mostrou ter bravura e determinação para defender a verdade. Sophie seria executada, mas levaria consigo sua coragem e a capacidade de morrer pelo que vale a pena: a verdade!
De acordo com o seu carrasco, Johann Reichhart, além de outros presentes na prisão de Stadelheim, as últimas palavras da garota foram: “O sol ainda brilha”.

Quanto ao grupo Rosa Branca, os outros membros condenados à morte por guilhotina foram Christoph Probst, Alexander Schmorell, Kurt Huber, Willi Graf e Hans Leipelt, este último executado em 1945, sendo um herdeiro do movimento de resistência após a morte dos fundadores. Além deles, outros membros foram julgados e condenados a penas de prisão como Traude Lafrenz, Lilo Ramdohr e Falk Harnack.

Um tribunal político por si só já é uma farsa! Um julgamento que apresenta viés parcial, impede o direito à defesa e, portanto, descaracteriza todo o devido processo legal. O que o inquisidor do Terceiro Reich gostava de fazer era humilhar suas vítimas e insultá-las das piores formas possíveis, pois a sentença era fruto de seu desejo pessoal. Tudo aquilo era uma farsa, um teatro onde os julgamentos de Freisler eram encenados com o intuito de espalhar ódio e terror sobre suas vítimas e a todos que resistiam à tirania do regime.

No entanto, essas pessoas corajosas estavam dispostas a se sacrificar pelo que sabiam ser justo e correto, elas tinham princípios e sabiam que havia uma chance de derrotar o Terceiro Reich. O campo de batalha era o das ideias!

Óbvio que muitos alemães estavam insatisfeitos com o regime e não toleravam mais os horrores da guerra. Muitos pais perderam seus filhos e sabiam que aquela guerra criminosa não teria vencedores, pois era um conflito de aniquilação, com milhões de mortes para todos os lados. Mas foram os membros do grupo Rosa Branca que tiveram a iniciativa e a coragem de fazer o que muitos queriam, mas tinham medo de fazer. O principal poder de um regime tirânico e totalitário é o de manipular e espalhar o medo sobre a população, fazendo com que todos pensem que estão sozinhos e que ninguém irá ajudá-los nessa luta pela verdade. Toda ditadura é um império de mentiras que só consegue se manter intacto à medida que suas narrativas são aceitas pela maioria.

Além disso, todo regime busca destruir a liberdade de expressão e qualquer pensamento dissidente e ameaçador, além de desarmar as pessoas. Mas a história de Sophie e Hans Scholl e do grupo Rosa Branca nos revela que um pequeno grupo de pessoas corajosas e indignadas com a injustiça consegue fazer a diferença, mesmo num país destroçado pela guerra e pelo ódio.

Naquela época de tecnologia precária, transmitir ideias era um verdadeiro desafio! Imagina o que membros do grupo Rosa Branca não teriam feito se tivessem algo como a internet e as redes sociais? Teriam espalhado sua mensagem de forma mais rápida e teriam alcançado ainda mais pessoas! Também teriam atraído ainda mais a ira de tiranos. E é esse o momento histórico que vivemos, quando atos de bravura são mais que valiosos, são necessários!

O legado dos irmãos Scholl e de seus corajosos parceiros do grupo de resistência Rosa Branca ficou na eternidade, e não podemos nos esquecer desses atos de bravura diante da injustiça, da tirania e da mentira. A história deles nos traz importantes lições sobre a luta por algo maior: a liberdade e a justiça.

Nós brasileiros precisamos nos lembrar do legado do grupo Rosa Branca e ter a coragem de olhar de frente a tirania dos 11 inquisidores que se vestem de batman, postados na mais alta corte do país, mas que sistematicamente viola direitos humanos de inocentes, enquanto solta bandidos confessos.

Hoje, os comunistas totalitários do PT e seus aliados ameaçam nossa vida e nossos direitos individuais, como a propriedade privada e a liberdade de expressão. Esses criminosos vivem roubando nosso dinheiro para defender bandidos e assassinos e, agora que temos as melhores armas da história para divulgar a verdade, é nosso dever moral se rebelar contra essa tirania!

A luta que os grupos de resistência contra o totalitarismo nacional-socialista ainda continua de outras formas. Hoje temos a missão de nos opor contra todo tipo de tirania que ameaça nossos direitos naturais e universais. De fato existem verdades transcendentais pelas quais vale a pena morrer, como fez Sophie Scholl e seus amigos.

Referências:

https://www.ihu.unisinos.br/categorias/609140-sophie-scholl-a-rosa-branca-que-humilhou-hitler-e-inspirou-a-europa
https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-que-foi-o-movimento-rosa-branca-o-bravo-grupo-de-jovens-que-enfrentou-os-nazistas/?ref=busca