A queda nos índices de inflação, na Argentina, surpreendeu até mesmo os globalistas do FMI.
A Argentina de Javier Milei tem surpreendido cada vez mais, especialmente em matéria econômica - de forma positiva, é claro. Talvez ainda seja cedo para afirmar que o país dos hermanos vive um verdadeiro 'milagre'. Contudo, é inegável que muitas mudanças estão ocorrendo por lá, e para melhor. E não é apenas o senso comum dos libertários que têm algum entendimento de economia que aponta para esse fato. Até órgãos econômicos globalistas, como o FMI, precisam admitir: Javier Milei está realmente tirando leite de pedra na Argentina.
Desta vez, quem teceu elogios ao governo do presidente libertário foi ninguém menos que a própria diretora-geral do citado fundo, Kristalina Georgieva. Essa bruxa globalista afirmou, poucos dias atrás, que a inflação na Argentina tem diminuído num ritmo mais rápido do que o originalmente esperado. De acordo com suas próprias palavras: “O país, que durante muito tempo foi visto como atrasado de um ponto de vista de reformas, agora está avançando rapidamente no ajuste de gastos. A inflação está caindo um pouco mais rápido do que esperávamos inicialmente”.
Na verdade, esse foi o segundo elogio seguido, recebido por Javier Milei. Ainda no começo de abril, a própria Kristalina já havia afirmado que o plano do presidente argentino para o país estava apresentando um “progresso impressionante”. E, de fato, se tem algo que o pacote de mudanças proposto - e levado a cabo - pelo presidente libertário é, é impressionante.
Apenas para ficarmos no âmbito da inflação, podemos fazer um retrospecto dos últimos dados disponíveis, para a economia argentina. No mês de dezembro - período em que houve a transição do antigo governo para o atual, - a Argentina sofreu com uma inflação de 25%. Já no mês seguinte, esse índice caiu para pouco mais de 20%, sendo reduzido, na sequência, para 13%, em fevereiro, e para 11%, em março. Ou seja: os preços, de forma geral, ainda sobem por lá - só que num ritmo muito menor, rumo à estabilidade.
É claro que ainda estamos lidando com uma escalada de preços muito alta - especialmente se compararmos o cenário argentino com a situação atual no Brasil. Afinal, até a menor das taxas de inflação mencionadas na Argentina seria considerada uma catástrofe se aplicada ao longo de um ano aqui no Brasil! Você se lembra de quando o Bolsonaro, durante a campanha eleitoral, previu que a taxa de inflação mensal na Argentina seria equivalente à inflação anual no Brasil? Parece que ele estava sendo otimista...
Para prosseguir nesse tema, precisamos, antes, colocar alguns pingos nos is. Em primeiro lugar, é necessário definir o que é inflação, à luz da mais sólida teoria econômica de que dispomos. Ao contrário do que a grande mídia e o seu professor de História fazem crer, inflação não é o aumento de preços na economia. A inflação é, na verdade, a expansão da base monetária - ou seja, o aumento da quantidade de dinheiro em circulação na economia. E quanto mais dinheiro é impresso pelo governo, mais desvalorizada fica a moeda. É a lei da oferta e da demanda, funcionando para o dinheiro: se a oferta de dinheiro cresce acima da produtividade, então esse dinheiro vale cada vez menos.
Em função disso, os preços tendem a subir, se cotados por essa moeda. Esse fenômeno nada mais é do que um ajuste natural, por parte do mercado, à nova base monetária. É por isso que, geralmente, os efeitos da inflação são medidos com base no aumento dos preços, de forma contínua, na economia. Contudo, precisamos reafirmar: esse aumento de preços não é a inflação. Ele é, apenas, o efeito mais visível de uma inflação que já aconteceu.
Pois bem: é justamente aí que reside a explicação para o atual problema argentino. O governo anterior, capitaneado pela anta do Alberto Fernandez, imprimiu dinheiro, de forma descontrolada, para bancar os crescentes gastos estatais. Na verdade, em seu discurso de Ano Novo, Javier Milei afirmou que o governo anterior imprimiu o equivalente a 20% do PIB em moeda - o que representa um desastre, sob todos os aspectos. Obviamente, esse excesso de dinheiro de mentirinha estava fazendo os preços subirem. Por isso, o governo kirchnerista resolveu agir - da forma errada, é claro.
O governo argentino passou a controlar os preços por meio da concessão de subsídios aos comerciantes e empresários, de forma geral. Em outras palavras: o governo pagava para os comerciantes terem prejuízo, vendendo produtos artificialmente baratos. É claro que, como o governo já estava sem dinheiro, esses subsídios foram pagos com dinheiro impresso do nada - agravando ainda mais esse cenário. Era uma bola de neve que foi se acumulando, mês após mês, semana após semana.
Portanto, quando Milei assumiu seu cargo, já sabendo qual era a real causa do problema argentino, sua proposta foi, justamente, cortar o mal pela raiz. Assim, todos os subsídios foram imediatamente encerrados, e os preços foram liberados. Isso, naturalmente, fez os preços subirem - uma vez que, como dito, eles estavam represados por uma danosa política de subsídios. O que está acontecendo na Argentina, agora, é apenas uma natural correção: o mercado está adequando os preços à base monetária herdada por Milei, mas que não é culpa dele. Por isso, a atual inflação argentina se deve ao antecessor do presidente libertário - embora isso não seja tão claro assim, para todos.
A tendência é que os preços continuem, sim, subindo - porém, apenas até chegar a um patamar de estabilidade, uma vez que Javier Milei tem enxugado a máquina pública, para fazer cessar a impressão de dinheiro. Quando isso acontecer, então a inflação argentina vai descer a níveis invejáveis para muitos países latino-americanos - sendo que, provavelmente, isso vai tornar a tão sonhada dolarização da economia muito mais factível. Olhando para os números da inflação argentina, nos últimos meses, podemos perceber que o país, de fato, se encaminha para esse cenário. A correção continua acontecendo; mas seu ritmo é cada vez menor. Em breve, é provável que vejamos essa situação plenamente estabilizada.
Por isso, o caso do sucesso argentino nos deixa duas importantes lições. A primeira delas é, naturalmente, o quão difícil é corrigir os problemas causados pelo socialismo. Medidas populistas e expansionistas tendem a encher os olhos - e os bolsos - de todos, num primeiro momento. É a farra do dinheiro fácil! Contudo, os resultados de médio e longo prazos são cruéis. A inflação dispara, a economia perde sua estabilidade, e as pessoas terminam por se tornar mais pobres. É por isso mesmo que os índices de pobreza na Argentina estão disparando. A culpa, é claro, é do governo anterior.
Já a segunda lição nos ensina que sim, é possível fazer muita coisa boa, se houver alguém disposto a assumir essa bronca. Estamos falando, principalmente, de reduzir o tamanho do estado - algo que é, definitivamente, a melhor decisão a se tomar. Conforme o estado reduz o seu tamanho, os gastos ineficientes também são reduzidos, e a base monetária deixa de ser pressionada. Os preços se estabilizam, e o dinheiro deixa de ser direcionado para a dívida pública, para circular pela iniciativa privada. Como complemento a esse cenário favorável, a redução da máquina estatal reduz também as regulamentações e amarras burocráticas, fazendo com que a iniciativa privada tenha mais liberdade para empreender e prosperar.
Veja, portanto, que Milei está fazendo o certo - algo que, por sinal, é o exato oposto do que a maior parte do mundo civilizado está fazendo. Na verdade, a comparação entre a Argentina de Milei e o Brasil do Lula é um grande estudo de caso. Dois países da América do Sul muito semelhantes, mas com governos completamente distintos, são colocados lado a lado. É desnecessário dizer quem está caminhando para o lado certo, nessa história.
Javier Milei cortou na carne estatal, reduzindo pela metade o seu gabinete de ministros, demitindo funcionários públicos, eliminando subsídios e dando liberdade econômica para a sociedade. Os bons resultados já começam a aparecer: o governo obteve superávits fiscais inéditos, e a inflação vem sendo reduzida, mês após mês. E resultados ainda mais positivos vão aparecer, muito em breve. Por outro lado, o governo Lula segue gastando mais do que deveria, por conta de uma política expansionista fracassada. Por conta disso, o Real está perdendo seu valor, a inflação começa a incomodar e o investidor segue perdendo a fé no Brasil.
O que vemos, portanto, na Argentina de Milei, é uma novidade total, em matéria de governo, e de gestão econômica. Tudo o que os libertários mais sonhadores um dia imaginaram fazer, se estivessem à frente de um país, Javier Milei tem feito - e com maestria. Enquanto os bons resultados começam a surgir, e conforme ele mostra sua resiliência, frente aos inimigos de dentro do estado, a coisa começa a ficar feia para a esquerda mundial. Agora, suas ideias econômicas estapafúrdias começam a ser confrontadas com as medidas adotadas, de forma corajosa, por um presidente que realmente entende de economia. E, principalmente, que entende que a melhor coisa que o estado pode fazer, é não atrapalhar a iniciativa privada.
https://www.poder360.com.br/internacional/argentina-demonstra-progresso-impressionante-na-economia-diz-fmi/
https://www.infomoney.com.br/economia/inflacao-na-argentina-em-janeiro-desacelera-para-206-mas-acumula-2542-em-12-meses/
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/12/em-mensagem-de-fim-de-ano-milei-fala-em-catastrofe-biblica-e-diz-que-nunca-prometeu-caminho-de-rosas.shtml