Aumento de tarifa de ônibus em SP: uma facada no bolso do trabalhador

Não bastasse a taxação do Haddad, com toda a sua sanha arrecadatória, ainda temos humilhação do aumento na passagem de ônibus.

Essa sensação de humilhação é compartilhada por milhões de paulistanos ao saberem que, em janeiro de 2025, a tarifa de ônibus pode saltar para, no mínimo, R$ 5,00. Enquanto isso, a qualidade do transporte público continua deixando a desejar. Lotação excessiva, atrasos e veículos em péssimo estado são a realidade de quem depende do sistema para sobreviver. O aumento da tarifa, justificado pela SPTrans como uma necessidade para equilibrar as contas do setor devido à inflação nos últimos anos, é mais uma demonstração de como o Estado trabalha contra o cidadão. Isso porque além da inflação ser causada pela classe política no poder, quando surgem iniciativas descentralizadas de aplicativos de transporte, logo vem o governo querer regular e impedir a concorrência de oferecer soluções melhores.
A história se repete. Nos idos de 2013, milhões de brasileiros foram às ruas para protestar contra os aumentos tarifários menores que esse. Na época, o Movimento Passe Livre mobilizou pessoas de todas as classes sociais, protestando contra a ineficiência do transporte público e a exploração do trabalhador. Hoje, o cenário é ainda mais grave: o custo de vida disparou, o Real perdeu valor frente ao dólar, e a inflação segue corroendo o poder de compra. E, no entanto, a reação parece ser de resignação. O que aconteceu com aquele espírito de indignação? Está adormecido e cada vez mais enfraquecido pela cultura WOKE, lacração, censura e o politicamente correto. Vemos hoje projetos de governança e propagandas do regime que deixam todos cada vez mais mansos ante os desmandos dos políticos.
Enquanto o prefeito Ricardo Nunes tenta justificar o aumento com argumentos técnicos, como a alta do diesel e o dólar elevado, ele convenientemente ignora a raiz do problema: o próprio modelo econômico cartelizado que perpetua a ineficiência e a corrupção. A SPTrans, como gestora do transporte público, é um exemplo clássico de monopólio estatal. Não há muita concorrência, não há incentivo para melhorar e, além disso, o transporte é cartelizado e recebe subsídio do governo. O cidadão não tem escolha: ou paga o que o governo exige, ou fica sem transporte. Isso não é liberdade; isso é coerção disfarçada de serviço público.
O aumento da tarifa é vendido como inevitável. A SPTrans alega que o custo do sistema de transporte público chegou a R$ 11,4 bilhões em 2024, enquanto a arrecadação foi de R$ 11,3 bilhões. Quase R$ 6,7 bilhões desse total vieram de subsídios pagos pela prefeitura, ou seja, pelo contribuinte. Mas onde está o retorno desse investimento? Por que a qualidade do transporte não melhora? A resposta é simples: o modelo estatal não tem compromisso com a eficiência e qualidade, mas sim com a arrecadação e a manutenção de uma reserva de mercado para certas empresas.
A inflação acumulada desde o último reajuste tarifário foi de 32,77%, mas a SPTrans propõe um aumento máximo de 13,6%, segundo o portal de notícia Metrópoles. Parece razoável à primeira vista, mas isso ignora o impacto real da inflação no dia a dia. Cada centavo adicional na passagem representa menos dinheiro para alimentos, remédios e outras necessidades básicas. O trabalhador, que já paga impostos exorbitantes, agora terá que destinar uma parcela maior de seu salário para um serviço precário. É o ciclo vicioso da exploração estatal: o governo inflaciona sua moeda, aumenta impostos em vários outros produtos e serviços, e depois a conta chega por meio dos reajustes. Infelizmente, a pobreza no Brasil não é algo natural, mas sim um projeto de poder político que visa manter a população cada vez mais dependente do estado.
E por falar em inflação, é preciso deixar claro: ela não é um fenômeno natural ou culpa exclusiva do mercado internacional. A inflação é o resultado direto do aumento da base monetária pelo governo. O Banco Central imprime dinheiro para financiar déficits e políticas populistas, desvalorizando a moeda e empobrecendo a população. O Real, que já foi uma moeda relativamente estável, agora está em queda livre frente ao dólar, ampliando os custos de insumos importados como peças e combustíveis. E quem paga a conta? O cidadão comum, que é penalizado por erros que não cometeu.
O desmonte do poder de compra da nossa moeda tem efeitos que vão muito além do transporte público. Alimentos, medicamentos e bens de consumo ficam mais caros, e as pessoas, cada vez mais endividadas. Pequenos empreendedores, que dependem de importações ou insumos dolarizados, veem seus negócios ameaçados. É um efeito dominó que começa com políticas econômicas irresponsáveis e termina com o brasileiro comum pagando o preço. E, como sempre, o governo se coloca como "salvador", oferecendo soluções paliativas que só aumentam sua influência sobre a vida das pessoas, que as fazem depender cada vez mais de políticas públicas.
Já não bastassem as dificuldades impostas pela inflação e a constante desvalorização do Real, o brasileiro ainda precisa lidar com o roubo mascarado no aumento de tarifas. Os impostos, que já estamos acostumados a ver sendo aumentados sem qualquer consulta popular, ao menos possuem a franqueza de não fingirem ser algo consensual. Já as tarifas, por outro lado, representam um roubo diferenciado: um contrato forçado entre o público e o particular. Em teoria, as taxas deveriam ser voluntárias, um reflexo de um acordo entre partes iguais. Na prática, é como se você fosse obrigado a apertar a mão do ladrão enquanto ele rouba sua carteira. A sensação é a mesma de ver seus impostos sendo subtraídos, mas com o agravante de que, nesse caso, você também precisa assinar o roubo. Essa realidade só reforça o quanto a liberdade sofre nas mãos do aparato estatal, que transforma qualquer tentativa de escapar de suas amarras em um exercício de pura frustração.
A dependência no governo para gerir serviços essenciais, como o transporte público, não só perpetua a ineficiência como também centraliza o poder de forma perigosa. No modelo atual, não há transparência, e o cidadão é apenas um financiador compulsório de um sistema falido e corrompido. O monopólio estatal elimina qualquer possibilidade de inovação ou competição, deixando milhões à mercê de decisões políticas e econômicas que só favorecem quem está no poder. Por isso, vemos com frequência decisões judiciais criando restrições ao Buser e outros sistemas inovadores e concorrentes. Tudo isso para proteger os poderosos cartéis de empresas de ônibus.
Para a nossa felicidade, alternativas ao desvalorizado dinheiro estatal como o querido Bitcoin continuam ganhando força. Essa criptomoeda descentralizada, com sua oferta limitada e imunidade à manipulação estatal, apresenta-se como uma forma de resistência contra a tirania econômica - trata-se do verdadeiro espírito libertário. Cada vez mais brasileiros têm usado o Bitcoin não apenas como reserva de valor, mas como uma declaração de independência financeira. Ele não é a solução definitiva para todos os problemas, mas representa um primeiro passo na luta contra a centralização do poder e a dependência das moedas fiduciárias e um verdadeiro tapa na cara dos funças.
A tarifa de ônibus, assim como a taxação sobre qualquer serviço essencial, é apenas mais uma camada do fardo colocado sobre os ombros do trabalhador. É o reflexo de um sistema que prioriza a arrecadação de impostos em detrimento da qualidade de vida. Quem depende do transporte público, em sua maioria, são pessoas de baixa renda, que já vivem no limite financeiro, pois sequer têm carros. O aumento da tarifa não é apenas um golpe econômico; é, em outras palavras, uma violação do princípio básico de justiça social que o Estado tanto proclama defender. Enquanto a elite recebe privilégios, mordomias, penduricalhos e aumentos todos os anos, o pobre recebe a conta mais alta. Isso é justiça?
Não bastasse o peso da inflação, os brasileiros ainda enfrentam o ímpeto arrecadatório de figuras como Fernando Haddad, um marxista radical que segue ampliando a taxação. A cada nova medida, o trabalhador perde um pouco mais de sua renda para sustentar uma máquina estatal inchada e ineficiente, que humilha diariamente os pagadores de impostos e tenta dividir a sociedade. E, como se isso não bastasse, o aumento da tarifa de ônibus surge como mais um golpe. Imposto é roubo, e tarifa é roubo com contrato. Não há como defender um modelo que cobra caro e entrega pouco, e não permite que a concorrência nos traga novas soluções com serviços superiores e mais baratos.
A lógica do monopólio estatal no transporte não defere de outros setores dominados pelo governo. Educação, saúde e até mesmo segurança sofrem do mesmo mal: falta de concorrência e prestação de contas. Imagine se houvesse liberdade para empresas concorrerem no transporte urbano? Linhas seriam mais eficientes, preços seriam ajustados pela demanda, e o serviço seria verdadeiramente voltado para atender as pessoas, não para servir de palanque eleitoral.
Outra questão que não pode ser ignorada é a politização desses aumentos. Governantes frequentemente congelam tarifas em anos eleitorais apenas para jogar o custo de sua “bondade” nas costas do próximo político a assumir o poder. Isso é um reflexo de um sistema que premia populismo e penaliza o planejamento de longo prazo. O resultado é o que vemos: uma explosão de custos atrasados que acaba no colo do cidadão.
Não é possível ignorar que o trabalhador brasileiro é explorado de forma constante, não apenas nos impostos diretos, mas também nos indiretos e nas tarifas públicas. O aumento da tarifa de transporte público não afeta apenas o bolso do cidadão, mas também sua dignidade, ao forçá-lo a aceitar um serviço precário enquanto financia um sistema que beneficia poucos.
O Estado não entrega o que promete, e a população sofre as consequências dessa negligência. O transporte deveria ser uma solução para a mobilidade urbana, mas, no Brasil, tornou-se mais um exemplo de como o modelo centralizado falha. Isso nos prova que qualquer parceria entre o governo e empresas poderosas só tem como objetivo beneficiar essas duas partes em detrimento do povo.
A indignação que levou milhões às ruas em 2013 não deveria ser esquecida. Naquele momento, mostramos que o povo tem voz e poder. Hoje, em um contexto ainda mais dramático, é necessário resgatar essa força. Não para exigir migalhas do governo, mas para questionar todo o modelo. Por que continuar aceitando que o governo nos roube sob o pretexto de nos proteger?
Enfim, o aumento da tarifa não é apenas um número; é um reflexo de um sistema que não funciona e está cada vez mais decadente. É a prova de que dependência estatal leva à exploração e à miséria crônica. Para mudar essa realidade, precisamos de liberdade, concorrência e responsabilidade individual - precisamos de retirar o poder do estado e trazer ele para cada indivíduo. Somente assim poderemos construir uma sociedade onde o transporte, a economia e a própria vida sejam livres do controle coercitivo do governo. O brasileiro tem que se lembrar de que quem abre mão da liberdade por segurança, seja ela física, financeira ou qualquer outra, acaba ficando sem os dois e nas mãos do leviatã estatal.


Referências:

https://exame.com/future-of-money/o-bitcoin-realmente-pode-ser-um-ativo-de-protecao-contra-a-inflacao
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/12/17/nunes-preve-aumento-preco-de-onibus-em-sao-paulo-e-a-9-mais-alto-do-pais.htm
https://br.cointelegraph.com/news/bitcoin-reserve-regulation-inflation-and-drex-brazilian-experts-evaluate-trumps-cryptocurrency-policies