A vitória acachapante de Donald Trump demonstra o maior problema da esquerda, na atualidade: ela não consegue compreender o eleitor, e é completamente incapaz de se fazer ser ouvida por ele.
Decorridos alguns bons dias da esmagadora vitória de Donald Trump sobre Kamala Harris, já temos dados consolidados suficientes para nos dar a dimensão desse verdadeiro massacre. O Homem Laranja Mau conseguiu nada menos que 312 delegados — quase 100 a mais que Kamala Harris. Além disso, Trump venceu em todos os 7 "swing states", demonstrando de forma indiscutível a preferência do povo americano pelo candidato republicano — ou sua rejeição à candidata democrata, o que também é possível.
Sob vários aspectos, as eleições norte-americanas de 2024 já haviam se tornado históricas desde a campanha eleitoral. Joe Biden, confirmado como candidato à reeleição, demonstrou sua total incapacidade logo nos primeiros dias de campanha. Suas falas desencontradas, sua aparência senil e, especialmente, seu pífio desempenho nos debates levaram a um cenário drástico, embora inevitável e nada surpreendente. O tapete do Creepy Joe foi puxado em favor de sua vice, Kamala Harris.
Na verdade, os democratas não tinham alternativas reais. Se Kamala não fosse efetivada como candidata no lugar do atual presidente, o partido assumiria que o atual governo é um lixo completo. Qualquer candidato alternativo teria que carregar essa herança maldita — algo que representaria, na prática, uma vitória antecipada para Donald Trump. Kamala Harris foi o que restou para a esquerda norte-americana, mesmo com seus conhecidos problemas ideológicos, que agora se tornam ainda mais evidentes.
A campanha eleitoral também ficou marcada pelo atentado sofrido por Trump — algo que, por apenas alguns centímetros, não mudou de vez a história dos Estados Unidos. Contudo, embora o Homem Laranja Mau tenha saído fortalecido dessa história, ainda assim, praticamente todos os institutos de pesquisa eleitoral cravaram uma vitória tranquila para Kamala Harris. Pois é: mais uma vez, os institutos provaram seu conhecido desvio padrão à esquerda, fracassando completamente em suas previsões. Afinal de contas, Trump obteve, em todos os sentidos, uma vitória com V maiúsculo.
Mas por que isso aconteceu? Por que a vitória de Trump foi tão substancial e, principalmente, por que a esquerda e a grande mídia não conseguiram perceber essa tendência? Em primeiro lugar, precisamos reconhecer a tenacidade do próprio Donald Trump que, mesmo derrotado em 2020, prometeu, já naquela ocasião, retornar à disputa para ser presidente mais uma vez — algo que, como vimos, se concretizou. Na verdade, o que vimos foi, basicamente, uma repetição da campanha de 2016, quando o candidato azarão conseguiu derrotar Hillary Clinton, uma criatura do sistema.
Aliás, alguns afirmam, inclusive, que Donald Trump só entrou nessa onda de ser presidente dos Estados Unidos por causa de certa ocasião em que o então presidente, Barack Obama, o humilhou publicamente. Aquele showzinho mequetrefe de stand-up teria motivado Trump a fazer Obama morder a própria língua. E isso aconteceu: Obama terminou por passar a faixa presidencial para o Homem Laranja Mau.
No seu primeiro mandato, Trump teve que enfrentar toda a fúria do establishment — a grande mídia, as Big Techs e o próprio estado profundo, que agem na tentativa de expulsar qualquer corpo estranho do organismo estatal. Nós, inclusive, já falamos sobre a perseguição feita pelo Twitter a Trump na era pré-Elon Musk, no vídeo: “O CASO dos TWITTER FILES mostra a INTERFERÊNCIA do ESTADO nas REDES SOCIAIS” — link na descrição.
É certo que toda essa pressão, alimentada ainda mais pelo terror imposto à população por ocasião da crise sanitária, foi fundamental para garantir a derrota de Trump frente a Joe Biden, em 2020. Contudo, agora, em 2024, a coisa seria diferente. De lá pra cá, muita coisa aconteceu. Várias verdades inconvenientes a respeito da citada crise sanitária vieram à tona e ajudaram a confirmar diversos posicionamentos de Trump a esse respeito. Da mesma forma, tudo o que o laranjão falou a respeito de questões geopolíticas se concretizou. Hoje, com Joe Biden no poder, o mundo é um lugar muito mais perigoso e instável.
Porém, o que talvez tenha sido o fator decisivo nessa história foi mesmo a questão econômica. De maneira geral, o norte-americano sente a piora da economia no seu dia a dia. E, nesse caso, não é possível desvincular esse cenário das péssimas políticas adotadas pelo governo democrata. Some isso à crise de imigração e ao aumento da criminalidade nos centros urbanos, e a insatisfação popular deixa de ser uma simples possibilidade, se tornando uma verdadeira certeza. Dessa forma, o resultado das eleições deste ano não chega a surpreender.
Contudo, a esquerda — nos Estados Unidos e também no estrangeiro — não conseguiu perceber esse fenômeno. Como bem sabemos, essa gente esquerdista vive presa em sua própria bolha progressista. Estamos falando de gente como os artistas de Hollywood e diversos cantores de rock, que acreditam ser capazes de decidir os rumos de uma eleição tão importante. Estamos falando de ricaços esnobes que vivem tentando ditar regras para o trabalhador médio norte-americano, enquanto posam de preocupados com a sociedade e com o meio ambiente, em seus jatinhos e iates pagos a peso de ouro.
Enquanto isso, porém, os reais problemas do povo norte-americano foram deixados de lado. Donald Trump, por sua vez, foi muito efetivo em enumerar esses problemas e em fornecer propostas para combatê-los — coisas como economia, segurança, paz mundial e, é claro, liberdade. Esses são assuntos que, tipicamente, não agradam aos esquerdistas, mas que são muito valiosos para o povão — inclusive nos Estados Unidos.
A esquerda, ao invés de perceber esse fenômeno, preferiu chamar o trabalhador norte-americano de fascista, de negacionista e de antidemocrático. Isso, obviamente, atrapalhou a já fraca campanha de Kamala Harris — uma mulher cujas ideias extremistas foram varridas para debaixo do tapete, como se ninguém fosse se dar conta disso. O resultado veio nas urnas: a esquerda sofreu uma fragorosa derrota, que se estende também pelos estados e pelo Congresso dos Estados Unidos. E Donald Trump, por sua vez, saiu fortalecido dessa história — muito mais forte do que lá atrás, em 2016.
Com tudo isso em mente, não é possível ignorar a importância que a informação descentralizada e distribuída exerceu nas eleições norte-americanas deste ano. Kamala tinha a máquina estatal, a grande mídia e parte generosa das redes sociais ao seu lado. Quase todos os artistas e grande parte dos supostos influenciadores também fizeram o K com gosto. Ainda assim, isso não foi o suficiente. O eleitor americano, desta vez, preferiu tirar suas próprias conclusões, ao invés de ser influenciado pela opinião validada pelo establishment estatal.
Nesse sentido, o fato de Elon Musk estar no comando do antigo Twitter — agora X — fez toda a diferença. Por meio dessa plataforma, o debate político pôde ser realizado sem que o algoritmo fosse direcionado para a esquerda, como aconteceu no passado. O resultado prático disso foi que a hipocrisia e a incoerência de Kamala Harris foram escancaradas para que todos vissem. Inclusive, se torna cada vez mais claro o fato de que a esquerda, definitivamente, não sabe habitar, de forma orgânica, as redes sociais.
É importante frisar, neste momento, que não estamos afirmando que Donald Trump será a resposta correta para todos os problemas que hoje pesam sobre os Estados Unidos. Como sempre dizemos por aqui, a resposta para esses problemas não está no Estado — que é a grande causa de todo esse caos, num primeiro momento. A resposta está na liberdade, na sociedade que, deixada livre para agir, busca, de forma natural e orgânica, o seu progresso.
Contudo, é evidente que, dentre os políticos, existem aqueles que são piores. Como o tempo nos mostrou, um governo democrata é muito pior que um governo Trump. Com Kamala Harris, inclusive, a coisa seria ainda pior. Dentro das possibilidades, eleger Trump foi mais do que uma escolha — foi uma necessidade mesmo.
As eleições norte-americanas deste ano representam, na prática, mais um capítulo de um efeito que temos percebido bem, e que sempre mencionamos por aqui. A informação descentralizada e distribuída mudou para sempre a história da comunicação humana. Se antes uns poucos veículos de mídia eram capazes de moldar a opinião pública e direcionar uma eleição ao seu bel-prazer, hoje isso é simplesmente impossível. Mesmo tendo todo o sistema contra si, Donald Trump conseguiu atingir a aceitação da maior parte do eleitorado norte-americano, que foi formado não pela informação validada estatal, mas sim pela informação que circula, de forma abundante e livre, pela internet.
E o fato de a esquerda ainda ser incapaz de compreender essa tendência é uma ótima notícia para todos nós. A vitória de Trump, nos Estados Unidos, de Javier Milei, na Argentina, e de diversos candidatos de direita nas eleições municipais deste ano, no Brasil, nos dá certeza desse fato. Contra todas as expectativas, e contra o sistema, a informação descentralizada e distribuída se mostrou vencedora. No areópago da internet, o discurso ensaiado e engessado da esquerda não tem vez. E quanto mais essa gente progressista se fechar em seu mundinho idílico, mais distantes estarão da realidade do eleitor e menores serão suas chances políticas no futuro.
Kamala nunca teve chances reais:
https://oantagonista.com.br/mundo/kamala-nunca-teve-chance/
https://veja.abril.com.br/mundo/por-que-kamala-harris-perdeu-as-eleicoes-nos-eua
O CASO dos TWITTER FILES mostra a INTERFERÊNCIA do ESTADO nas REDES SOCIAIS:
https://youtu.be/1VroyaKZ8zI?si=ocUBFXKUjNNzdj_D