Professor na Irlanda é PRESO por não aceitar ideologia WOKE

A Irlanda, da mesma forma que o Canadá de Justin Trudeau, tem sido dominada pela nefasta ideologia woke e sua cartilha do politicamente correto. Agora a vítima foi um professor cristão que não quer ajoelhar para essa tirania.

Vários jornais repercutiram mais um absurdo na Irlanda. Enock Burke, um professor de história e alemão, foi preso pela terceira vez após ignorar uma ordem judicial pra lá de autoritária. Os problemas começaram para esse professor no ano de 2022, quando ele se recusou a usar pronomes de gênero neutro como o termo "They", para se referir a um aluno do sexo masculino que se identifica como mulher. O governo irlandês está obrigando os professores a usarem pronomes neutros e de gênero há alguns anos, porém, o professor Burke está, corretamente, rejeitando essa aberração. Não apenas essa é uma lei autoritária, já que ninguém deveria ser obrigado pelo governo a nada, mas também essa imposição vai contra os princípios cristãos que professor acredita. Ele não quis recuar e abaixar a cabeça em nenhum momento e tem mantido sua postura firme perante essa questão, afirmando também que, como tem liberdade religiosa e de expressão, está no seu direito em recusar usar os pronomes neutros. Por isso, ele se viu no direito de continuar a frequentar o campus da escola, em Westmeath, contrariando as ordens judiciais.

Até o momento ele continua preso e tem uma audiência marcada para o mês de outubro. Foi oferecida a ele, pelo juiz do Tribunal superior irlandês, a possibilidade de ser solto caso o professor prometa cumprir a ordem judicial de permanecer afastado da escola.
Em muitos países como os Estados Unidos e o Canadá, para além dos europeus, temos visto uma agenda não só autoritária, mas anticientífica e que ataca o bom senso, ser defendida nas academias e escolas. Para todos aqueles que têm bom senso e não abrem mão do uso da razão, está se tornando cada vez mais perigoso se opor à cartilha woke e suas pautas identitárias. Muitas pessoas preferiam se calar ou se enquadrar na nova narrativa sobre a realidade, para não perderem o emprego. Em escolas infantis do Canadá e dos Estados Unidos, alguns professores ensinam sobre transição de sexo para crianças e adotam discursos sobre mudança de sexo, que estão deixando os alunos cada vez mais confusos. Isso tudo com anuência das autoridades públicas responsáveis por políticas educacionais nos respectivos países.

O problema central aqui não é o "gênero" ao qual cada pessoa se identifica, mas sim a obrigatoriedade de usar determinadas palavras, como é o caso dos pronomes neutros. Esse canal defende a liberdade, portanto, cada pessoa tem o direito de fazer o que quiser com sua vida, desde que não agrida a propriedade dos outros. Somos inclusive a favor que as pessoas se identifiquem com o gênero que preferirem. Porém não apoiamos atitudes autoritárias para obrigar as pessoas a falarem determinados pronomes. Entenda: a opinião das outras pessoas sobre você pertence a elas e não a você. Não importa o seu gênero de nascimento, se as pessoas te chamarem de X e você se identifica como Y, não há nada que você possa fazer além de pedir com para que te tratem da maneira que deseja. Porém, se as pessoas não aceitam te chamar de Y, basta cortar relações com essas pessoas. Nada mais libertário que isso: boicote! No entanto, quando se tenta impor um tratamento de forma coercitiva como alguns governos tentam fazer, apenas o que se consegue é propagar mais violência e intolerância na sociedade, inclusive contra os transgêneros. Não é possível conseguir respeito por meio da tirania. Respeito se consegue por meio de relações voluntárias e benéficas entre os indivíduos.

O que tem acontecido nesses países ocidentais é uma política de duplo padrão que ataca pessoas com tradição cristã. Porém aí está a grande hipocrisia da coisa: os progressistas estão sempre defendendo seguidores do islamismo que têm práticas bastante autoritárias. O que tem acontecido é que essas políticas de gênero e toda a cartilha do politicamente correto são usadas como uma ferramenta de perseguição e censura. Não há como negar isso. Quando é conveniente multar e calar conservadores e cristãos, as autoridades políticas assim o fazem. Talvez, se um político hipócrita de esquerda falasse algo que viola o politicamente correto desse pessoal, como ofender alguma mulher ou transexual, eles apenas dissessem que foi uma gafe e nada mais. Prova disso é que praticamente todos os dias vemos Lula cometendo uma gafe nova e suas falas são ignoradas por toda a mídia brasileira e seus fiéis militantes socialistas.

Vamos pegar um exemplo do que aconteceu no Brasil recentemente para entendermos como essa agenda de gênero e o politicamente correto já se infiltraram no direito brasileiro. A comentarista política brasileira, Madeleine Lackso, foi condenada por se referir a um transsexual como “cara”, em 2023. A jornalista, que é colunista do portal UOL, teve que indenizar uma pessoa que se identifica como mulher por falas nas redes sociais consideradas transfóbicas pela justiça brasileira. Na verdade, a ação foi movida inicialmente pela Madeleine após ser chamada de transfóbica no Twitter pela transsexual, considerada pela justiça como mulher. Em primeira instância a ré chegou a ser condenada ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de 3 mil reais, porque o magistrado entendeu que a postagem da transexual violou os limites do direito de se expressar e manifestar livremente.

Pouco tempo depois, a sentença foi reformada em parte pelo Colégio Recursal que entendeu que a jornalista Madeleine deveria indenizar o transexual por ter se dirigido a essa pessoa usando pronomes masculinos, ao utilizar a expressão “cara”. Os juristas decidiram em sua maioria por condenar a jornalista ao pagamento de indenização por danos morais de 3 mil reais e reduzir a reparação a ser paga pela referida mulher trans para 1,5 mil reais. Segundo o relator do caso, o juiz Filipe Mascarenhas Tavares, o fato de a jornalista ter usado pronome masculino para se referir à transgênero em questão viola os direitos da personalidade da recorrente, o que teria resultado em sua humilhação perante os demais usuários das redes sociais. Enfim, deu para entender como os nossos juristas pensam sobre a questão e como essa política de gênero teve êxito em se infiltrar na sociedade brasileira, que tem sido usada por pessoas politicamente corretas para censurar suas desavenças.
A verdade é que os esquerdistas, como fiéis seguidores da cartilha de Karl Marx, querem destruir a família e toda verdade objetiva. O inimigo número 1 da esquerda é a família e o patriarcado, por isso, eles adotaram esse discurso de que o “gênero” da pessoa, que sempre foi considerado como o sexo de nascimento, é uma construção social. Ou seja, não existe mulher, você não nasce mulher, mas pode se tornar quando quiser. Como decorrência dessa mentalidade idiota, muitos homens têm se identificado como mulheres seja para entrar em banheiros e escolher suas vítimas, ou praticar esportes femininos e roubar os troféus que deveriam ser de mulheres. A esquerda defende isso e ainda alega que são os representantes das mulheres. Essas mulheres, infelizmente, estão sendo humilhadas e perdendo seus espaços por homens que não aceitam a realidade e querem fingir ser mulheres.

Essas políticas de gênero têm se mostrado pra lá de deletérias para o tecido social, além de serem aberrações que violam o mínimo do bom senso. Infelizmente, a sociedade ocidental, pelo menos em parte, parece ter escolhido o caminho da autodestruição. Não é de hoje que nossas instituições, incluindo aí a mídia, os políticos, burocratas, intelectuais e professores estão escolhendo o caminho da mentira e do conforto em nome de narrativas. O que essas pessoas querem é cargo, poder, dinheiro e se dar bem, desde que não sejam atingidas por esse mostro que estão criando. A elite política sempre vai usar leis e termos subjetivos para perseguir pessoas que apresentam algum tipo de ameaça ao regime no poder. Tudo isso de acordo com a conveniência, jamais com a justiça ou algum padrão ético. Tanto é que cada vez menos gente tem levado a sério a mídia, que se tornou uma imprensa extremista e vendida.
Devemos aprender com o famoso escritor e dissidente do regime soviético, Alexander Soljenítsin, quando ele disse “não vivam por mentiras”. Para ele, essas mentiras implicam nas ideologias tanto propagadas pelo status quo em vários países, como o marxismo, que destruiu a terra dos russos e inúmeros povos do leste europeu. Soljenítsin explica que a ideologia da mentira “é a ilusão defendida por tantos de que a natureza humana e a sociedade podem ser remodeladas para especificações predeterminadas”.
A primeira vítima de todo regime totalitário é a verdade, por isso eles defendem tanto a censura e a perseguição de vozes dissidentes e premiam os bajuladores. Segundo o psicólogo Mattias Desmet, “o coletivo entoa e defende as regras, não importa quão insanas ou ineficazes sirvam para alcançar seu suposto objetivo. O totalitarismo é a indefinição entre fato e ficção, mas com uma intolerância agressiva a opiniões divergentes. É preciso cumprir as regras”. Aqueles que leram a obra 1984 de George Orwell estão acostumado com esse modus operandi de controle das ideias e da imprensa; e a distorção de termos como liberdade, paz, verdade, que se tornam exatamente o oposto do que significam.
A ideologia woke e tudo que deriva desse novo comunismo tem se tornado um fetiche de rico e de políticos de bem com a vida. Por isso, essa elite de pessoas orgulhosas está cada vez mais desconectada da realidade e dos problemas da população, sobretudo da parcela mais pobre. O esquerdismo está sendo defendido principalmente por artistas, intelectuais, jornalistas e empresários, os quais ou são contratados e beneficiados por governos, ou são ricos demais para se preocuparem com problemas concretos.
Enfim, o caso do professor Enoch Burck apenas nos comprova que se continuarmos nesse caminho, nossa sociedade como conhecemos até então estará condenada e o que nos espera é um futuro sombrio. Alguns podem defender que o professor que já tinha sido demitido da escola e não deveria continuar a frequentar o espaço, mas sabemos que tudo isso foi consequência de leis tirânicas. O governo não deveria ter o poder de impor o que toda escola do país deve ou não fazer. As pessoas que pagam impostos e financiam esses hospícios chamados de “escolas públicas” deveriam, no mínimo, serem as primeiras a decidir sobre isso, e não os políticos. Todo espaço e escola deveria ser privatizado e os proprietários deveriam ser livres para adotar suas regras internas sem interferência do estado. Enquanto o estado decidir o que podemos dizer ou fazer com nossos corpos, seremos meros servos controlados por uma elite que vive no luxo com nosso próprio dinheiro. O que devemos defender, se quisermos sair desse hospício que está sendo erguido ao nosso redor, é a verdade objetiva e o direito natural de sermos proprietários de nós mesmos, não meros escravos pagadores de impostos. Só assim teremos um argumento sólido para combater os relativistas que negam a realidade.

Referências:

https://www.conjur.com.br/2023-mai-31/jornalista-condenada-referir-mulher-trans-cara/
https://radio93.com.br/noticias/giro-cristao/professor-cristao-permanece-preso-por-se-opor-a-ideologia-de-genero/
https://www.acidigital.com/noticia/59061/irlandes-e-preso-pela-terceira-vez-em-caso-sobre-pronomes-de-genero