Lula quer afundar o Brasil em dívidas

Será que, se o Lula tivesse que usar o próprio dinheiro para fazer as loucuras que ele faz, ele realmente faria isso?

Recentemente, o presidente Lula defendeu a ideia de que se for necessário o Brasil se endividar para ter crescimento econômico, não haveria problema nisso. O molusco argumenta que o endividamento pode ser justificado se o objetivo for produzir o que ele denominou de forma genérica de "ativos produtivos" para o país, o que causou confusão aos ouvintes. Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o petista também mencionou a possibilidade de trabalhar durante o recesso de fim de ano para analisar as propostas. Como trabalha nosso excelentíssimo presidente! Vamos fingir que acreditamos nisso.

Hoje, questionaremos as práticas convencionais de intervenção estatal e expansão monetária adotadas pelo nosso governo, e iremos avaliá-las sob a lente crítica do libertarianismo. Portanto, este vídeo visa iluminar as nuances da política fiscal e econômica brasileira, desafiando a tradicional abordagem de financiamento estatal e estimulando um debate sobre alternativas sustentáveis e responsáveis que respeitem os direitos individuais.

Ao abordarmos a questão do aumento da dívida pública para fomentar o crescimento econômico, nos deparamos com um cenário complexo e multifacetado. É crucial entender que, enquanto o endividamento pode parecer uma solução rápida para impulsionar o desenvolvimento, ele carrega consigo repercussões de longo prazo que podem comprometer a saúde fiscal do país. O acúmulo de dívidas, especialmente quando utilizado para financiar despesas correntes, pode resultar em um ciclo vicioso de dependência financeira, no qual os recursos atuais são emprestados do futuro, criando um fardo para as gerações futuras. Isso é exatamente o que aconteceu com a economia argentina e, infelizmente, o Brasil está trilhando o mesmo caminho.

Além disso, o endividamento excessivo pode gerar desconfiança nos investidores, afetando a credibilidade do país e aumentando os custos de empréstimos futuros. Isso pode resultar em uma maior pressão sobre o orçamento, com uma parcela significativa da receita sendo destinada ao pagamento de juros, onerando os pagadores de impostos. A consequência é que a população mais pobre, que deixa de melhorar o padrão de vida para pagar altos impostos, será o grupo mais afetado, e sua qualidade de vida irá se deteriorar. Portanto, é imperativo questionar se o crescimento financiado pela dívida é realmente sustentável e pode melhorar a vida de alguém, ou apenas mascara problemas estruturais mais profundos.


O investimento em projetos que não geram retorno adequado ou que não são alinhados às necessidades reais da economia, irá criar distorções na oferta e demanda e desperdiçar o dinheiro dos pagadores de impostos. Cabe lembrar que os governos são os grandes campeões em investir em projetos desnecessários, frequentemente visando ajudar empreiteiras e ditaduras aliadas do exterior, ou ainda para desviar dinheiro para os bolsos de alguns. Não quer dizer apenas que os políticos sejam ignorantes ou ingênuos, mas sim porque nenhum deles é capaz de prever as demandas do mercado com exatidão atuando em cargos políticos.

Como já alertava o economista austríaco, Friedrich Hayek, o conhecimento está disperso na sociedade, e só as pessoas podem saber o que é melhor para suas vidas em um dado momento. Assim, a tarefa dos empreendedores é a de identificar as necessidades dos indivíduos e como podem melhorar suas vidas. De fato, não faz sentido acreditar que um grupo de políticos e burocratas, que não são punidos por seus erros e muito menos sofrem as consequências financeiras disso, terá os melhores incentivos para organizar a economia de forma eficiente. Nem mesmo se tivessem todas as informações necessárias para fazer isso, teriam êxito nessa tarefa.

Mas a estratégia que o PT tem para o Brasil não é nova. As políticas de endividamento frequentemente adotadas em diversas economias são fortemente influenciadas pelos princípios do Keynesianismo. Esta escola de pensamento econômico defende a intervenção do governo na economia, especialmente em períodos de recessão, por meio de gastos públicos financiados por dívidas. Keynesianos argumentam que tais medidas podem estimular a demanda agregada e reavivar a economia.

No entanto, são claros os riscos associados ao aumento da dívida pública. Embora possa haver benefícios a curto prazo, a longo prazo o endividamento excessivo pode levar a problemas como inflação, distorções no mercado e um fardo financeiro para as gerações futuras. A preocupação central é que, ao invés de criar um ciclo sustentável de crescimento econômico, o endividamento pode apenas adiar problemas estruturais, necessitando de mais intervenções no futuro.

Além disso, a abordagem keynesiana muitas vezes não leva em conta a eficiência na alocação de recursos pelo setor público, se é que o setor público tem esse incentivo como as empresas privadas têm. A crença de que o gasto do governo sempre gera crescimento econômico é uma ilusão, especialmente quando os fundos são direcionados para projetos que não geram retorno adequado ou não atendem às necessidades reais do mercado. Assim, ao avaliar as políticas keynesianas de endividamento, é importante considerar não apenas os benefícios imediatos, mas também as consequências a longo prazo e se o governo tem legitimidade para tal função.


Dado o endividamento desnecessário, muitas vezes, a expansão monetária é adotada como estratégia para estimular o crescimento econômico. Só que não! O que não se fala por aí, é que a expansão da base monetária possui impactos profundos e, por vezes, subestimados na economia. Quando o governo imprime mais dinheiro, a primeira consequência é o aumento da oferta monetária, o que pode parecer benéfico a curto prazo. No entanto, a longo prazo, essa prática pode levar à inflação, erodindo o poder de compra da população e prejudicando principalmente aqueles com renda fixa ou poupanças.

Outro aspecto crítico da expansão monetária é o risco de distorção nas sinalizações de mercado. Com mais dinheiro em circulação, os preços dos bens e serviços tendem a subir, o que pode levar a investimentos mal direcionados. Empresas e indivíduos podem interpretar esses preços inflacionados como sinais de demanda real, resultando em alocações ineficientes de recursos e potencialmente em bolhas econômicas que, quando estouram, causam recessões e desemprego. Assim como foi na famosa crise de 1929, que teve como consequência a falência de várias empresas, o desemprego e em enormes perdas financeiras para os investidores da bolsa de valores. Se quiser saber mais sobre esse período tão marcante e difícil da economia americana, deixamos como recomendação o vídeo: “A Grande Depressão Americana: um ponto final sobre a CRISE DE 1929”.


A percepção de uma política monetária instável leva à fuga de capitais e desvalorização da moeda nacional, prejudicando o comércio internacional e a estabilidade econômica do país. Portanto, é essencial considerar esses impactos ao ponderar sobre políticas de estímulo econômico, buscando soluções mais sustentáveis que respeitem os princípios de uma economia livre.

Ao avaliar a política fiscal brasileira sob uma perspectiva libertária, é necessário considerar não só os problemas das políticas intervencionistas, mas se os direitos individuais estão sendo violados. Em um sistema capitalista, a ênfase é colocada na ausência da intervenção estatal e na maximização da autonomia dos indivíduos e suas escolhas, pois eles têm os melhores incentivos para resolver problemas e alocar recursos. Mas a atual política fiscal brasileira, com seu significativo envolvimento governamental, pode ser vista como um desvio desses princípios.

Uma política fiscal que favorece altos impostos e regulamentações extensas pode inibir, assim como já está inibindo, o empreendedorismo e a criação de riqueza, além de nos manter escravos do governo. Em defesa da total liberdade econômica, as políticas que estimulam a concorrência e removem barreiras desnecessárias são cruciais para um ambiente econômico em crescimento, sendo a única solução ética e sustentável. Portanto, é preciso acabar com monopólios e oligopólios, privatizar empresas estatais, criar segurança jurídica para os negócios e, só assim, haverá de fato um estímulo à livre iniciativa e atração de capital estrangeiro. Só assim teremos de fato um ambiente que favoreça a inovação, o empreendedorismo e o investimento privado, trazendo ao povo brasileiro novas tecnologias, produtos e serviços a preços cada vez mais baratos.

No cenário econômico brasileiro recente, presenciamos uma virada significativa, com o governo federal alcançando um superavit primário de R$ 54,1 bilhões, em 2022. Este resultado representa não somente o fim de uma série de oito anos de déficits, mas também destaca a importância de políticas fiscais eficazes adotadas por pelo ministro da economia, Paulo Guedes. O controle rigoroso dos gastos públicos contribuiu decisivamente para essa conquista fiscal. Além disso, a arrecadação recorde, mesmo diante da redução de alguns tributos, reflete uma administração econômica que conseguiu equilibrar receitas e despesas de forma eficiente. Algo que nunca vimos antes nos governos anteriores ao Bolsonaro.

O superavit primário alcançado pelo Brasil sob a administração de Bolsonaro não apenas altera a trajetória fiscal recente do país, mas serve como um exemplo prático dos efeitos de uma gestão econômica disciplinada. Ao implementar medidas de contenção de gastos e otimizar a arrecadação, o governo demonstrou que é possível alcançar um equilíbrio fiscal sustentável, além de atrair investidores e facilitar o empreendedorismo. Esses resultados são particularmente notáveis considerando o contexto econômico desafiador, marcado por incertezas globais, pandemia e recessão do mercado internacional enfrentados nos últimos anos. Se fosse o Lula, teríamos estourado a dívida brasileira há muito tempo.

Em conclusão, uma abordagem sustentável e focada na liberdade econômica pode oferecer alternativas mais viáveis para o crescimento da economia a longo prazo, do que afundar o país em dívidas. Até parece que o Lula nunca utilizou um cartão de crédito, para saber a responsabilidade disso, mas como sabemos, é muito fácil torrar o dinheiro dos outros e jogar a crise para o próximo presidente. Ao ponderar sobre investimentos e dívidas, é essencial considerar não apenas as necessidades imediatas, mas também o impacto futuro dessas políticas, pois uma hora a conta chega. A única solução para construir uma economia sólida e alicerçada nas demandas reais dos indivíduos é deixar os agentes do mercado livres para tomarem decisões de forma autônoma, alocando os recursos da forma que melhor lhes convier.

Como o brilhante economista americano Thomas Sowell já nos alertava:
"Irresponsabilidade fiscal raramente oferece uma saída para a pobreza, seja para indivíduos, seja para nações."



Referências:

https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/12/12/se-for-necessario-esse-pais-fazer-o-endividamento-para-crescer-qual-e-o-problema-questiona-lula.ghtml

https://br.investing.com/news/economy/lula-defende-pais-se-endividar-para-gerar-crescimento-economico-1188075
Visão libertária - A Grande Depressão Americana: um ponto final sobre a CRISE DE 1929:
https://youtu.be/AcEF6UeM-_E