QUANTO SERÁ QUE PAGAMOS MESMO DE IMPOSTO NO BRASIL?
As mágicas contábeis estão cada vez mais descaradas aqui no nosso Brasil. Tira do lucro e bota no investimento. Tira do custo variável e bota no pagamento. Apresenta os dados contábeis antes de pagar os juros das dívidas, enfim, estão fazendo tanto malabarismo numérico e retórico que até a estocadora de vento já sente inveja.
E com a nova diretoria do IBGE agora, só podemos esperar que haverão também mágicas demográficas, econômicas e tantas outras quantas forem necessárias para pintar um Brasil cor-de-rosa, especialmente aos olhos internacionais. Porque o que importa mesmo é parecer bacana e descolado, posar de rico, voar em avião novo e pisotear a população.
Agora, para bancar todo esse luxo, sempre nos chamou a atenção a mágica de apresentar a famosa carga tributária brasileira na faixa dos 30%. Mas essa conta nunca fechou! Na verdade, essa é mais uma falácia contábil, que parte de burocratas, com o intuito de escaramuçar dados. Assim, o pobre intelecto mediano acredita que trabalha só até maio para pagar os impostos e saciar o leviatã Brazuca. No entanto, basta só olhar a equação que calcula a carga tributária para compreendermos melhor a natureza desse engodo.
A carga tributária é calculada dividindo-se o valor do PIB pelo valor dos impostos. No entanto, no cálculo do PIB já entram os impostos pilhados pelo governo, assim mascarando a magnitude dos impostos extorquidos da população.
Na verdade, o PIB nacional se calcula somando os gastos das famílias, os gastos das empresas e os gastos do governo. Mas espera aí, gastos do governo... Que tipo de sacanagem é essa? Os gastos do governo só são possíveis com o dinheiro que foi arrancado da população! Então na própria equação do PIB se desvela a natureza do estado: um sanguessuga que parasita a classe produtiva da sociedade.
Assim, um cálculo de carga tributária minimamente honesto, teria que desconsiderar os gastos do governo, dividindo o valor que foi gasto pela iniciativa privada pelo imposto roubado pelo governo.
No entanto, ninguém ficaria feliz em saber que mais da metade do que se produz no país é simplesmente tolhido de quem o produziu. Com uma simples consulta em sites do IBGE é possível observar que o PIB brasileiro em 2022 foi de 9,9 trilhões de reais. Mas o volume de impostos soma 2,9 trilhões de reais. Portanto, seria intelectualmente honesto afirmar que o estado sacou um terço da riqueza das pessoas para fazer suas sacanagens. Mas dentro da lógica da carga tributária, fazendo o cálculo desconsiderando os famosos gastos do governo, o valor seria de cerca de 42%.
Outra maneira de notar o tamanho do absurdo de quanto pagamos de imposto, é verificar quanto pagamos de imposto diretamente ao comprar produtos e serviços.
No site do impostômetro há uma relação de produtos e serviços com a respectiva alíquota que incide sobre cada um deles.
Mas calma que ainda tem aí uma pegadinha. Você já ouviu aquela história da porcentagem de dentro e porcentagem de fora? Pois é! Trata-se de mais um subterfúgio matemático para enganar o pobre cidadão médio brasileiro, que tem que morrer de trabalhar e não tem tempo de minimamente estudar matemática e verificar o quanto paga realmente de impostos.
Então, vamos logo falar de um produto genuinamente nacional: a boa e velha cachaça. Segundo o site do impostômetro incide 81,87% de impostos na nossa querida branquinha de estimação.
Mas calma meu estimado liberteen, essa é a porcentagem por fora. Se você considerar a porcentagem calculada por dentro, há que se pensar que apenas 18,13% do valor pago em um litro de cangibrina refere-se ao produto em si e todo o resto é apenas imposto! Portanto, o que acontece de verdade é que ao comprar um litro da marvada, você está dando 4 litros e meio de engasga-gato ao governo.
Bem que me disseram que um pinguço preside o país.
Mas de onde vem tanta sede? Pois é meu caro, o monstro tem sede e fome e devora tudo ao seu redor. A nós, meros mortais, só nos resta uma saída: manter-se o mais longe possível dessa fera incontrolável.
É o que chamamos de agorismo. São maneiras que se pode encontrar para pagar menos impostos, colaborando menos com o dono do chicote e mantendo seus recursos seguros sob seu controle.
A nós aqui do Visão Libertária, não interessa dar dinheiro para políticos resolverem problemas. Nós assumimos que cabe a cada um de nós tomar as rédeas da vida e tratar de resolver os problemas. Não queremos causar nem empurrar nossos problemas para ninguém. Queremos apenas viver e deixar viver, assumindo as responsabilidades que vêm com a liberdade.
Mas voltando aos dados, analisando a enorme lista de bens, produtos e serviços disponíveis no site do impostômetro, observa-se que, na média, incidem cerca de 40% de impostos. Quer dizer que ao comprar um produto, na verdade 60% daquele valor em média, é o produto em si. E os outros 40% são impostos. Portanto, é como se a cada cinco produtos que você compra, o governo fique com dois.
Incrível como isso é apenas matemática básica, mas nunca ouvimos falar desse tipo de análise.
Para uma apreciação um pouco mais apurada e baseada em estatística, pode-se concluir que, com um índice de confiança de 70%, o brasileiro paga entre 30 e 50% de impostos que incidem diretamente sobre cada produto ou serviço comprado.
Mas isso meu querido patriota é só a ponta do iceberg, porque você ainda tem que pagar imposto de renda, encargos trabalhistas e sofrer com a desvalorização anual da moeda. E o que já sabemos é que essas altas taxas de impostos ainda estão dentro de um manicômio tributário feito para te fisgar!
Veja como dentro dessa estrutura feita para mentir, feita para te fazer acreditar que a coisa não é tão ruim assim, é difícil para uma pessoa comum saber quanto pagamos de imposto. Na verdade, os economistas da UNICAMP divergem sobre o valor de imposto pago e, realmente, os impostos que cada um pagam varia de acordo com seu estilo de vida e varia também ao longo da vida.
Então sempre é muito bom pensar em novas formas de agorismo, em maneiras como podemos fazer para pagar menos imposto. O pessoal fez o L aí e estamos cada vez mais fundo nesse poço, sem saber se na verdade ele tem um fundo.
Então, olhando a lista de incidência de imposto em produtos e serviços, acaba sendo tentador observar aqueles que incidem as menores taxas. Assim, podemos focar nesses produtos mais baratos e viver exatamente disso, e mandar menos dinheiro para as gangues encasteladas em Brasília.
E, olha que maravilha, batata é o produto no qual incide a menor taxa de imposto! Apenas 11,22%, seguido de frutas com 11,78%. Além de natural e saudável, não alimenta o monstro engolidor de mundos, nem o monstro engolidor de manguaça.
Outros produtos com menor imposto e dos quais gostamos muito em nossa cultura são: cebola, macarrão, café, queijo, verduras, pão, arroz, feijão e farinha de trigo, todos abaixo de 20%. Ou seja, a cada 5 unidades compradas, uma vai para o estado.
E, para presentear políticos e burocratas em Brasília, podemos mandar um prato de grama, já que incide sobre ela apenas 13,44% de impostos. E que pastem à vontade!
Para continuar sobre esse assunto, veja agora o vídeo: “Fizeram o L? Partiu AGORISMO!”, o link segue na descrição.
https://youtu.be/OHIlGqvEYNA