GOVERNO LULA promete GÁS PARA TODOS, mas vai PIORAR A VIDA DOS POBRES e PROMOVER FALCATRUAS

Mais uma vez, o governo Lula vai conseguir piorar o que já era ruim.

Alguns dias atrás, o governo Lula anunciou, com toda a pompa que se espera de um governo populista, seu mais novo projeto assistencialista, batizado, de forma nada modesta, de “Gás para Todos”. Como costuma acontecer nesses casos, não se trata exatamente de uma novidade. Na verdade, o Molusco está apenas reciclando um programa que já existe - o Auxílio Gás, - mais ou menos como foi feito no passado, quando da criação do famigerado Bolsa Família. Neste caso, contudo, o novo projeto vai piorar, e muito, o atual programa. Parabéns aos envolvidos!
Atualmente, o Auxílio Gás funciona, na prática, como um complemento ao citado Bolsa Família. Além do valor habitualmente recebido, as famílias contempladas por esse auxílio - cerca de 5,6 milhões, ou ¼ de todos os lares listados no Cadastro Único do governo - recebem um complemento de R$ 102. Esse valor, pago uma vez a cada 2 meses, corresponde a uma média nacional do preço do gás de cozinha - o famoso GLP, - estipulada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Isso significa, na prática, que o valor, supostamente destinado à compra de uma botija de gás, pode ser usado para qualquer outra finalidade.
Agora, com o Gás para Todos, a coisa vai ser diferente. Ao invés de pagar às famílias para que elas adquiram uma botija, o governo vai dar a botija para as famílias - de forma indireta, é claro. Pois é. Nesse novo arranjo, as distribuidoras de gás de cozinha precisarão se cadastrar junto à ANP, enquanto que os beneficiários precisarão instalar um aplicativo no celular, para gerenciar o benefício. A cada dois meses, o indivíduo será notificado a respeito do local onde poderá retirar sua botija de gás. Já as distribuidoras serão pagas diretamente pela Caixa Econômica Federal.
Segundo o Molusco, a mudança no programa pretende tornar o GLP mais acessível para todos, uma vez que os R$ 102 atualmente pagos não seriam suficientes para comprar uma botija de gás. Mas se é assim, por que então o governo simplesmente não aumenta o valor do benefício? Enfim, a verdade é que Alexandre Silveira, o ministro de Minas e Energia do atual governo, deixou escapar a verdade. Segundo o burocrata, as famílias estavam destinando a grana do auxílio para outras finalidades, que não a compra do gás. Que absurdo, não é mesmo? O pobre decidindo o que fazer com o próprio dinheiro!
Enfim. Além de mudar a sistemática do programa, o governo Lula também quer aumentar o número de beneficiários - abrangendo praticamente a totalidade dos recebedores do Bolsa Família, cerca de 20 milhões de pessoas. Por óbvio, isso vai representar um aumento do custo total do programa - que vai chegar a R$ 13,6 bilhões em 2026, um acréscimo de 267% em relação ao atual patamar. Sim, a ideia é fazer a transição entre os dois modelos ao longo do próximo ano. Por ser uma medida que envolve alteração nos gastos estatais, o “Gás para Todos” ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional.
Com esses detalhes expostos, fica bastante evidente o problema que esse novo programa petista representa - e os motivos para isso são variados. Em primeiro lugar, precisamos reforçar o ponto de que o assistencialismo estatal é uma praga para a sociedade. Nós já tratamos desse tema, de forma específica, em vídeos como: “O estado degradou a sociedade - e eu posso provar”. O link está na descrição deste vídeo.
Dito isso, vale a pena analisar a questão pelo ponto de vista utilitarista - ou econômico. A verdade é que, se for para existir um programa assistencialista estatal, com o objetivo de distribuir renda, o melhor é que ele se resuma a entregar dinheiro para as pessoas. Em outras palavras: é melhor que seja um Bolsa Família, ou um Auxílio Gás, nos moldes atuais. Dessa forma, você tem um programa pouco burocratizado, que não vai depender de licitações e custos logísticos para ser realizado: basta transferir o dinheiro para os beneficiários, e pronto.
Além disso, os recebedores podem decidir a melhor forma de gastar esse dinheiro. Cada família tem suas peculiaridades, suas necessidades e suas prioridades; concentrar a decisão sobre os gastos em um órgão centralizador burocrático é uma péssima ideia. Dar dinheiro para as famílias pobres é conceder, também, um pouco mais de liberdade - ainda que essas pessoas terminem gastando essa grana com o Jogo do Tigrinho. É com base nesse tipo de lógica que Milton Friedman, por exemplo, propôs o seu modelo de imposto de renda negativo.
Contudo, nós sabemos bem que a esquerda não consegue aceitar que o pobre faça suas próprias escolhas e decida como vai seguir a sua vida. Afinal de contas, se isso acontecer, existe um grande risco de que as pessoas se tornem inteligentes e passem a cuidar mais da própria vida, de forma livre e autônoma. Não: é preciso que o papai estado determine exatamente o que o pobre vai fazer, quando e em quais condições. Menos controle do que isso, nenhum político esquerdista pode aceitar!
Mas, e se a família precisar mais de roupas, ou talvez de livros, do que de gás de cozinha? Lembre-se de que estamos falando de 1 botija a cada dois meses. Para algumas famílias, essa quantidade pode ser excessiva; a grana direcionada pelo estado para 1 botija bimestral, nesses casos, poderia ser gasta, de forma mais eficiente, como alguma outra necessidade dessa família. Até então, era assim que a coisa funcionava. Agora, sob as novas regras, as necessidades particulares de cada lar que se danem!
Quer dizer: na prática, a teoria é outra. Ou, melhor dizendo: as coisas não vão acontecer exatamente assim. Isso porque o brasileiro é mestre na arte de superar desafios e se adaptar às inevitáveis mudanças no cenário econômico, causadas pelo estado. É bem provável, portanto, que o Gás para Todos se torne, basicamente, uma fonte de esquemas e de fraudes - como acontece com tantos outros programas estatais, diga-se de passagem.
Pense comigo: uma família que hoje recebe um Auxílio Gás de R$ 102 vai se ver obrigada, no futuro, a receber um botijão de gás do qual ela, eventualmente, não vai precisar. O que fazer, nesse caso? Simples: basta vender a botija, e problema resolvido! Grana no bolso. Na verdade, é bem provável que esse esquema seja feito diretamente com as distribuidoras, o que tornaria todo o esquema muito mais simples. 
Em tese, pelo menos no aplicativo, o beneficiário vai receber o gás da distribuidora cadastrada. Na prática, porém, ele não vai pegar a botija: vai apenas receber parte do valor que a Caixa vai reembolsar para o fornecedor. A diferença desse cenário para o atual modelo é, apenas, que o beneficiário vai ficar com menos dinheiro do que antes - uma vez que, agora, ele vai ter que rachar o valor do gás com a distribuidora. Esta, por sua vez, poderá vender, novamente, o mesmo botijão de gás - agora de verdade, para outro cliente.
Aliás, esse cenário hipotético leva em conta, apenas, os atuais beneficiários - que, eventualmente, podem, sim, utilizar a tal botija de gás. Agora pense que, pelos planos do governo, novos 14 milhões de indivíduos entrarão nesse programa - indivíduos que, hoje, nem contam com a ajuda do estado para comprar gás de cozinha. Você acha mesmo que todos esses novos beneficiários vão retirar uma botija a cada 2 meses numa distribuidora, ou vai ter muita gente fazendo uns acordos por baixo dos panos para levar uma boa grana?
Agora, se por algum motivo, você acredita que estamos indo longe demais, e que a coisa não vai seguir por esse rumo, lembre-se do que acontece em programas estatais semelhantes - como o Farmácia Popular. Por sinal, não é por acaso que mesmo páginas esquerdistas no Twitter já estão comparando o futuro Gás para Todos com esse programa farmacêutico. A lógica é bastante simples: tal como vai acontecer com as botijas, o Farmácia Popular não entrega grana para os beneficiários, mas sim remédios. Na sequência, as farmácias participantes são pagas diretamente pelo governo. Pois saiba que, em apenas 5 anos, pelos menos R$ 10 bilhões foram recebidos, de forma fraudulenta, por farmácias de todo o Brasil. Esse, provavelmente, também será o futuro do Gás para Todos.
As fraudes, contudo, não são o maior problema dessa história; nem mesmo a burocratização dos programas estatais - algo que representa uma clara piora na eficiência e um encarecimento desnecessário de todo o processo. O grande problema mesmo é o assistencialismo em si - que cresce, ano após ano, governo após governo, independentemente da ideologia adotada pelo mandatário. A praga assistencial amplia o rombo das contas públicas - algo que sempre se transforma em inflação, - torna as pessoas viciadas nas benesses estatais e divide, cada vez mais, a sociedade em 2 grupos: os pagadores, e os recebedores.
E é exatamente disso que o governo Lula gosta: de dividir para controlar, de crescer o aparato estatal e de gastar o dinheiro público, como se não houvesse o amanhã. É por isso, portanto, que programas como o Gás para Todos sempre serão criados, nos governos petistas. Eles são mal planejados, sujeitos a falhas e muito mais ineficientes que seus predecessores. Contudo, eles são muito mais vantajosos para a máquina estatal, que vende a imagem de preocupação com os pobres, enquanto aumenta seu poder cada vez mais, escravizando, justamente, a parcela mais pobre da população.

Referências:

https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2024/08/26/governo-vai-ampliar-vale-gas-para-20-milhoes-de-familias-diz-ministro.ghtml

https://x.com/govbr/status/1828805580313555265

https://www.poder360.com.br/poder-governo/gas-para-todos-tera-custo-267-maior-do-que-o-atual-auxilio-gas/

https://x.com/Analise2023/status/1828845504127459610

O estado degradou a sociedade - e eu posso provar:
https://www.youtube.com/watch?v=7d02kTrhST0