O Censo mais recente do IBGE mostrou na prática o fracasso das ideias socialistas. Tal qual um grande laboratório, o Brasil serviu pra provar como a esquerda é sinônimo de pobreza
Há certos momentos em que a realidade se impõe com tanta força, que nem mesmo os mais habilidosos contorcionistas intelectuais da esquerda conseguem manter a mentira. O mais recente levantamento do IBGE é um desses momentos. Os dados do censo referente a 2022, mas divulgados somente agora em 2025, revelam algo que qualquer pessoa com o cérebro minimamente funcional já sabia — mas que, agora, é confirmado pela estatística: os estados governados pela direita concentram os melhores salários do Brasil, enquanto os comandados pela esquerda seguem atolados em pobreza, burocracia e atraso.
Segundo o levantamento, nove dos dez estados com os trabalhadores mais bem pagos do país estão sob governos de direita. A lista dos 10 estados e maior renda é didática, uma aula prática de economia aplicada: Distrito Federal (R$ 4.715), São Paulo (R$ 3.460), Santa Catarina (R$ 3.391), Mato Grosso (R$ 3.262), Paraná (R$ 3.152), Rio de Janeiro (R$ 3.107), Rio Grande do Sul (R$ 3.077), Mato Grosso do Sul (R$ 2.930), Goiás (R$ 2.859) e Espírito Santo (R$ 2.718). A única exceção no grupo é o estado do Espírito Santo que elegeu um governador de partido de esquerda, Renato Casagrande do PSB, e ironicamente é o único dentre os 10 estados que está abaixo da média salarial do Brasil. Também vale a menção honrosa ao Distrito Federal, que só está em primeiro lugar porque é o antro dos parasitas que recebem infinitas vezes mais no setor público do que receberiam no setor privado, graças ao Estado.
Do outro lado da tabela — no porão econômico da federação — os 10 estados com piores salários são Amazonas (R$2.212), Pernambuco (R$ 2.174), Sergipe (R$ 2.129), Pará (R$ 2066), Paraíba (R$ 2.062), Alagoas (R$ 2.033), Ceará(R$ 1.917), Bahia (R$ 1945), Piauí (R$ 1.905) e na lanterna Maranhão (R$ 1.855). Destes 10, os 8 piores são governados pela esquerda, o segundo melhor dentre os piores, Pernambuco, é governado pela política de centro Raquel Lyra, e o melhor dentro os 10 piores, o Amazonas, é governado pela direita. Veja que até entre os piores colocados, quanto mais o estado se afasta da esquerda, mais a média salarial aumenta. Não tem como ser mais didático que isso, até uma criança de 3 anos consegue enxergar o padrão aqui.
O contraste é tão gritante que fica impossível não admitir a grande disparidade entre regiões e que os salários médios mais elevados se concentram em estados onde a população tem maior tendência a votar em políticos de direita. Ou seja, onde há mais Estado, há mais miséria.
Mas é claro que, diante desse retrato tão inconveniente, a esquerda já prepara sua resposta padrão — aquela ladainha ensaiada que surge sempre que a realidade desmente suas teses. Dirão, como sempre dizem, que esses estados não são verdadeiramente socialistas, que “deturparam Marx”, e que, na verdade, o Brasil é um país “de direita”, “neoliberal” e “fascista”. Conhecendo a cara de pau da esquerda, é capaz até de culparem Bolsonaro.
A retórica é previsível porque, tal qual suas ideias, suas desculpas são velhas. A esquerda brasileira é uma máquina de justificar o fracasso: quando governam, é culpa do capitalismo; quando não governam, é culpa do golpe. Quando o IBGE mostra que seus estados estão na miséria, o argumento vira “mas é que o Nordeste foi historicamente explorado”. Nunca é culpa das políticas que perpetuam o atraso, da mentalidade estatista, da dependência de Brasília, da destruição da educação. É sempre culpa de algum inimigo invisível, de preferência um liberal ou um “ultra-neo-super-hyper-mega-power-plus-liberal” qualquer.
O problema é que os números não se dobram à ideologia. São Paulo, governado por Tarcísio de Freitas, lidera a geração de riqueza privada e a produtividade nacional. Já a Bahia, feudo do PT há quase duas décadas, ostenta uma das piores médias salariais do Brasil — e, por coincidência, uma das mais altas taxas de analfabetismo. Coincidência, claro.
O padrão se repete: o Maranhão, governado por Carlos Brandão (PSB), é o retrato mais cristalino do fracasso esquerdista. O estado amarga os piores índices de renda per capita e de qualidade educacional do país. Décadas de discursos sobre “justiça social” e “inclusão” produziram uma população empobrecida, dependente e presa ao cabresto eleitoral. O que se prometia como libertação virou cativeiro disfarçado de programa social.
E há uma razão para isso. A primeira medida que um governo de esquerda costuma tomar, ao assumir o poder, é desmontar o sistema educacional — não no sentido de acabar com escolas, mas de esvaziar sua função essencial: ensinar. Substituem a busca pelo conhecimento por catequese ideológica. Transformam salas de aula em laboratórios de doutrinação. É por isso que, em estados governados há décadas pelo PT e seus partidos satélites, as pessoas simplesmente não conseguem compreender o que está acontecendo com elas. Foram treinadas para não entender. A burrice se tornou política pública.
E não é coincidência que justamente esses estados, onde a população é menos escolarizada e mais dependente do estado, continuem votando nos mesmos políticos. É a perpetuação perfeita da servidão: primeiro, empobrece-se o cidadão; depois, oferece-se a ele uma esmola estatal e se pede o voto como gratidão. Assim, o socialismo se perpetua como ciclo de dependência. O pobre se torna o combustível da máquina que o mantém pobre.
Enquanto isso, nos estados mais livres — onde há menos intervenção, mais abertura e alguma confiança no setor produtivo — a prosperidade floresce. Santa Catarina, por exemplo, é governada por Jorginho Mello (PL), e tem um dos maiores PIBs per capita do país, com forte presença de pequenas e médias empresas que funcionam sem depender de favores do governo. O Paraná, sob Ratinho Júnior, que apesar de ser mais um político de centro do que de esquerda, mas que deixa a economia ao menos respirar e ter certa liberdade, segue o mesmo caminho, com indústria pujante e agricultura eficiente. Nenhum desses lugares precisa de “plano quinquenal”, “comitês populares” ou “conselhos participativos” para gerar riqueza. Basta deixarem o povo trabalhar.
Mas, como sempre, os socialistas insistem. As ideias que deveriam ter caído junto com o Muro de Berlim seguem sendo empurradas, recicladas, travestidas de novas palavras. Hoje, chamam de “justiça climática”, “transição energética”, “economia solidária” ou qualquer outro rótulo agradável o bastante para mascarar o velho fetiche pelo controle. O sonho socialista é o mesmo de sempre: planejar, centralizar e mandar.
O problema é que o mundo em que essas ideias nasceram não existe mais. A economia global é dinâmica, descentralizada e digital. A internet dissolveu fronteiras, a inteligência artificial redefine o trabalho e a inovação se move na velocidade da luz. Nesse contexto, falar em “planejamento central” é como tentar forçar o uso de velas no lugar de lâmpadas, ou de carroças no lugar de carros. Nenhum comitê estatal consegue acompanhar a complexidade e a rapidez dos mercados modernos. E é justamente essa incapacidade que faz com que os governos de esquerda, quando assumem o poder, precisem recorrer àquilo que sabem fazer de melhor: criar obstáculos, regular, taxar e travar.
Cada nova regra, cada nova “política pública” é um tijolo a mais na parede que separa o Brasil da prosperidade. A esquerda não compreende — ou finge não compreender — que liberdade econômica não é uma escolha, é uma necessidade. É o oxigênio que permite à sociedade respirar. E quando o estado sufoca essa liberdade, o resultado é o que o IBGE acaba de comprovar: pobreza onde o governo é forte, riqueza onde o governo é fraco.
Mas a esquerda é mestre em negar o óbvio. Ao invés de reconhecer o fracasso de suas políticas, prefere reinterpretar a realidade. Quando confrontados com dados como esses do IBGE, seus porta-vozes vão correr às redes sociais para repetir o mantra: “mas o Brasil é um país capitalista”. Como se fosse possível chamar de capitalista uma nação em que metade da renda passa pelas mãos do estado, onde tudo depende de autorização burocrática, onde existem cidades com mais beneficiários do Bolsa Família do que com carteira assinada e onde empreender é quase um ato de rebeldia civil. No fundo, o que eles querem dizer é que o socialismo só funcionaria se tivesse ainda mais poder — mais impostos, mais controle, mais estado. O fracasso, para eles, é sempre falta de socialismo, nunca o seu excesso.
Entretanto, é justamente essa ânsia por controle que destrói a criatividade, a inovação e a prosperidade. Não se pode esperar que um país avance quando seus empreendedores são tratados como suspeitos e seus cidadãos como crianças que precisam de tutela estatal. A miséria não é fruto do acaso; é o resultado direto da interferência. O que o IBGE mostrou, com frieza estatística, é apenas a confirmação empírica do que os libertários afirmam há décadas: o estado é o grande obstáculo ao progresso.
E é por isso que a verdadeira solução para a pobreza não virá de programas sociais, decretos ou novos ministérios, mas de uma mudança profunda de mentalidade. É preciso se afastar do estado — não apenas como estrutura política, mas como ideia. É preciso caminhar em direção ao libertarianismo, essa filosofia que prega a total liberdade econômica, o respeito absoluto à propriedade e a não agressão como princípio moral. A ética libertária é simples e poderosa: ninguém tem o direito de iniciar violência contra outra pessoa. Isso vale para ladrões comuns e, principalmente, para ladrões de colarinho branco.
Deixar a economia fluir livremente é a única forma de permitir que o talento humano produza riqueza de forma natural. E quando isso acontece, não são necessários censos pra mostrar o resultado. A prosperidade se vê nas ruas, nas empresas, nas famílias e nas vidas que florescem sem precisar de favores políticos. A liberdade, afinal, é o melhor programa social que existe.
O novo censo apenas confirma aquilo que qualquer libertário já sabe: onde o estado se impõe, a miséria avança; onde o indivíduo se emancipa, a riqueza prospera. A diferença entre São Paulo e Maranhão, entre Santa Catarina e Bahia, não é geográfica — é filosófica. É a diferença entre acreditar na liberdade ou acreditar na coerção. E enquanto boa parte do Brasil ainda se ajoelha diante do altar do estado, os números continuam a pregar, em silêncio, o evangelho libertário da prosperidade.
Porque, no fim das contas, o IBGE apenas descreveu, em linguagem técnica, o que o bom senso já gritava: a esquerda fabrica pobres; a liberdade fabrica riqueza.
https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/direita-governa-9-dos-10-estados-mais-bem-pagos
https://g1.globo.com/economia/censo/noticia/2025/10/09/rendimentos-de-trabalhadores-do-norte-e-do-nordeste-ficam-abaixo-da-media-nacional-diz-ibge.ghtml